Fiat 500 L Wagon 1.6 Multijet – Ensaio Teste

By on 31 Janeiro, 2019

Fiat 500 L Wagon 1.6 Multijet 120 Urban

Texto: José Manuel Costa ([email protected])

Improvável sete lugares

Venham mais sete, duma assentada que o 500 aguenta, grandes ou pequenos, se o mais velho não gostar, leva o mais novo, se tem má pinta põe-no a andar, mas não me obriguem a vira para a rua gritar… que é tempo de encher a mala com a trouxa e zarpar! E a Fiat dá uma ajuda pois vende este 500L Wagon com cinco mais dois lugares com motor turbodiesel com 120 CV por 29.217 euros, qualquer coisa como 332,35 euros por mês, com pagamento final de 8.768,10 euros, caso não dê nenhuma entrada.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Habitabilidade 5 lugares / Bagageira / Ambiente

 

 

Menos:

Performance / Consumos / Sete lugares eventuais apenas

Exterior

6/10

Diferente sem dúvida! Charmoso o suficiente para “esconder” um estilo que não é fácil de catalogar. Porque é que o estilo é difícil de catalogar? Acham que é fácil pegar no 500, pequenino, irreverente e delicioso na sua veste revivalista, e fazer este matulão com 4,3 metros de comprimento dando-lhe um ar de família? Acham?! Recordo que o 500 não vai além dos 3,5 metros, tem 1,6 metros de largura e 1,5 metros de altura. O 500L Wagon tem 1,78 metros de largura e 1,7 metros de altura. Então, ainda acha que é fácil esticar o 500? Poderia fazer a piada fácil do “querida estiquei o miúdo”, mas não me parece que seja adequado. E depois, se a VW fez um Carocha com motor à frente, tração à frente e motor diesel e a Mini criou o Countryman que cresce a cada nova geração, porque não pode a Fiat fazer crescer o 500? Portanto, goste-se menos ou mais, é assim porque tem um propósito bem definido. Não está a perceber qual? Eu explico.

O 500 é um carro pequenino, acanhado no interior que continua a seduzir os mais velhotes como eu que gostam de coisas revivalistas e os mais novos que olham para a compacidade do modelo e entendem ser uma boa ideia. Enfim, há mais uma mão cheia de outros que compram porque sim.

De fora destes compradores do 500 ficaram as mães jovens, os casais que gostam de ter a casa cheia de catraios e aqueles que gostam de ter espaço a mais porque “pode sempre ser preciso”. É um bocadinho o raciocínio da Porsche; porque razão adeptos do fora de estrada e famílias não podem conduzir um Porsche?! Nasceram Cayenne e Panamera que são os modelos mais vendidos da casa de Zuffenhausen.

Pontuação 6/10

Interior

7/10

Voltemos ao 500L Wagon para olhar para o interior, afinal aquilo que é mais importante num carro que oferece sete lugares. Não é surpresa a Fiat fazer “milagres” no que toca ao espaço interior. No passado fê-lo com alguns carros que até foram carro do ano internacional (Fiat Tipo) e com este 500 L conseguiram enfiar sete lugares em pouco mais de 2,6 metros de distância entre eixos e oferecer espaço suficiente para os primeiros cinco lugares. Não há constrangimentos em altura e nem mesmo o tejadilho panorâmico impede que matulões de instalem a bordo. A generosa superfície vidrada aumenta a sensação de espaço, embora nos dias quentes, muito vidro á volta e por cima vá exigir muito do ar condicionado.

Interessa dizer que atrás há mesmo muito espaço e os bancos da segunda fila rebatem e fecham-se num único gesto e os dois bancos extras na bagageira soltam-se também com o simples gesto de puxar uma fita. Estes dois bancos servem, apenas, para crianças pois não há milagres e se quiser torturar algum amigo, que seja por pouco tempo pois terá de se sentar de lado. Para as crianças serve e a paródia é total como confirmou a minha filhota.

A ligação ao 500 é evidente no tabliê, painel de instrumentos e muitos outros detalhes, numa relação interessante e bem pensada. E porque a Fiat anda muito atrevida, há 333 opções de personalização, duas delas deliciosas. A primeira é um sistema de som desenhado pela Dr.Dre, a segunda é uma máquina de café Lavazza que pode ser montada na consola central. Ou seja, pode sempre ir comprar o último grito em auscultadores da Dr.Dre (o que é capaz de não ser boa ideia pois não são nada baratos…) e já pode dizer que o seu carro… “até tira cafés!”.

Com os dois bancos extra guardados em “su sito” e a fila central de bancos puxada à frente, a mala tem 638 litros. Com os bancos colocados para maximizar o espaço para as pernas, sobram, ainda, 560 litros de espaço e se rebater os bancos, pode levar entre 1584 e 1704 litros (consoante o banco avance ou recue). Com sete lugares leva a escova de dentes mais a pasta…

Pontuação 7/10

Equipamento

7/10

O equipamento é completo com sensores de estacionamento, ar condicionado, o sistema Uconnect já conhecido de outros modelos da Fiat suportado por um ecrã flutuante de 7 polegadas, sensores de chuva e luz, enfim, uma série de equipamento muito interessante. O volante tem comandos do sistema áudio e do computador de bordo, ar condicionado automático, sensores de chuva e luz, apoio de braços dianteiro, entrada USB, retrovisores elétricos com rebatimento e aquecimento, telecomando de abertura de portas, quatro vidros elétricos, volante regulável em altura e profundidade, jantes de liga leve de 16 polegadas e faróis de nevoeiro.

A pintura metalizada custa 550 euros e se optar pela bicolor (tejafilho e carroçaria de cores diferentes) vai-lhe custar 990 euros. As jantes de 17 polegadas custam 450 euros. Os estofos em pele custam mil euros. Se quiser os sensores de estacionamento traseiros custam 350 euros. Mas há mais opcionais: apoio de braço traseiro e mesa retráctil nas costas do banco dianteiro (300 euros), banco do condutor e passageiro com regulação, lombar e ajuste em altura (150 euros), purificador de ar Mopar (50 euros), teto de abrir panorâmico Skydome (1100 euros) e travagem de emergência a baixa velocidade (350 euros).

Deois pode optar pelos pacotes de equipamento agrupados. O Pack City (câmara de estacionamento traseira, sensores de estacionamento atrás, espelhos retrovisores rebatíveis e luz de cortesia) custa 600 euros., O Pack Safety (espelho retrovisor interno eletrocromático e travagem de emergência a baixa velocidade) fica por 300 euros. Finalmente, o Pack Style Plus (vidros traseiros escurecidos e luz ambiente) custa 150 euros.

Pontuação 7/10

 

Consumos

/10

A Fiat diz que o motor 1.6 litros Multijet é muito poupadinho, reclamando uma média de 4,2 l/100 km. Naturalmente que falamos de valores impossíveis de alcançar. Mas a verdade é que o bloco é mesmo poupado. E se em cidade, com o carro carregado, é fácil chegar a valores acima dos 7 litros, em estrada as coisas são mais pacíficas com médias de 5,9 l/100 km. Como este está longe de ser um carro desportivo, a média final do ensaio ficou nos 6,7 l/100 km.

Pontuação 6/10

Ao Volante

6/10

O 500L Wagon não tem, naturalmente, a plataforma do 500, deitando mão a uma base derivada daquela que serve o Punto. Ou seja, não é modernaça e o eixo traseiro é de torção e as suspensões da frente do tipo MacPherson. O que estes palavrões todos querem dizer?

Bom, inesperadamente para um carro com esta plataforma e uma altura generosa, o controlo do movimento da carroçaria é muito bom e não anda ali a bambolear feito barata tonta. Pesando 1400 quilos, muda de direção de forma mais lenta que alguns rivais e não se atreva a pensar que vai ao volante de um 500 Abarth. O 500L Wagn é feito para a família e não para atrevidotes do volante.

Em cidade é perfeito, a direção tem o peso correto e existe o modo City que aumenta muito a assistência tornando a luta com o volante algo agradável, mas fora da cidade o 500L Wagon não é carro para aventuras. Está feito para ir do ponto A ao ponto B da forma mais confortável e capaz que é possível. Com os sete lugares, a Fiat quis mesmo que o carro fosse confortável e apesar de algumas lombas perturbarem esse conforto, a nota final é aceitável.

Pontuação 6/10

Motor

6/10

O motor 1,6 Multijet com 120 CV vem acoplado a uma caixa de seis velocidades que, passados todos estes anos, continua com o tato metálico e menos suave de sempre. É sempre preciso fazer alguma força na alavanca para as mudanças entrarem. Mas a caixa rima bem com o motor que é suficiente para mexer o 500L Wagon, mesmo quando carregado até à beirinha.

Pontuação 6/10

Balanço Final

6/10

Ao contrario do que sucede com a Mini, criticada pelo cada vez maior tamanho dos… Mini, a Fiat passa incólume a este crescimento desmesurado do 500. Provavelmente, porque o charme do 500 é outro e, com o disse logo no início, este é um carro charmoso. Não é bonito ou feio… é charmoso. Curiosamente, o carro deixou de se chamar Living para passar a Wagon e a Fiat não se atreve a chamar ao 500L um sete lugares. Primeiro porque a moda dos MPV está próxima da extrema unção e depois porque colocar sete lugares num carro deste tamanho pode fazer levantar a sobrancelha a alguns. Por isso, olhemos o 500L Wagon como um cinco lugares com uma mala gigantesca que, por acaso, tem lá dois banquinhos caso seja preciso. Por menos de 30 mil euros, é uma interessante proposta e os tempos dos materiais menores e problemas na montagem já lá vão. Não, não está ao nível dos melhores do segmento, mas ainda assim bem melhor do que a Fiat fez no passado. Enfim, espaçoso, com sete lugares (caso façam falta um dia) e com um ambiente a bordo agradável, o 500L Wagon pode ser uma boa ideia.

Pontuação 6/10

Concorrentes

Citroen Grand C4 SpaceTourer

1560 c.c. (turbodiesel); 130 CV; 300 Nm; 0-100 km/h em 11,3 seg,; 189 km/h; 3,8 l/100 km, 100 gr/km de CO2; 36.941€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Kia Carens

1685 c.c. (turbodiesel); 115 CV; 260 Nm; 0-100 km/h em nd; nd; 4,5 l/100 km, 125 gr/km de CO2; 32.060€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Renault Grand Scénic

1461 c.c. (turbodiesel); 110 CV; 260 Nm; 0-100 km/h em 12,4 seg,; 184 km/h; 4,0 l/100 km, 104 gr/km de CO2; nd

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbodiesel

Cilindrada (cm3): 1598

Diâmetro x Curso (mm): 79,5 x 80,5

Taxa de Compressão: 16,5

Potência máxima (CV/rpm): 120/3750

Binário máximo (Nm/rpm): 320/1750

Transmissão: dianteira, caixa manual de 6 vel.

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson; eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9

Velocidade máxima (km/h): 189

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,0/5,5/4,6

Emissões CO2 (gr/km): 120

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4425/1863/1652

Distância entre eixos (mm): 2702

Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1626

Peso (kg): 1400

Capacidade da bagageira (l): 560/630/1584/1704

Deposito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 205/55 R16

Mais/Menos


Mais

Habitabilidade 5 lugares / Bagageira / Ambiente

 

 

Menos

Performance / Consumos / Sete lugares eventuais apenas

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 29217€

Preço da versão base (Euros): 29217€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Diferente sem dúvida! Charmoso o suficiente para “esconder” um estilo que não é fácil de catalogar. Porque é que o estilo é difícil de catalogar? Acham que é fácil pegar no 500, pequenino, irreverente e delicioso na sua veste revivalista, e fazer este matulão com 4,3 metros de comprimento dando-lhe um ar de família? Acham?! Recordo que o 500 não vai além dos 3,5 metros, tem 1,6 metros de largura e 1,5 metros de altura. O 500L Wagon tem 1,78 metros de largura e 1,7 metros de altura. Então, ainda acha que é fácil esticar o 500? Poderia fazer a piada fácil do “querida estiquei o miúdo”, mas não me parece que seja adequado. E depois, se a VW fez um Carocha com motor à frente, tração à frente e motor diesel e a Mini criou o Countryman que cresce a cada nova geração, porque não pode a Fiat fazer crescer o 500? Portanto, goste-se menos ou mais, é assim porque tem um propósito bem definido. Não está a perceber qual? Eu explico.

O 500 é um carro pequenino, acanhado no interior que continua a seduzir os mais velhotes como eu que gostam de coisas revivalistas e os mais novos que olham para a compacidade do modelo e entendem ser uma boa ideia. Enfim, há mais uma mão cheia de outros que compram porque sim.

De fora destes compradores do 500 ficaram as mães jovens, os casais que gostam de ter a casa cheia de catraios e aqueles que gostam de ter espaço a mais porque “pode sempre ser preciso”. É um bocadinho o raciocínio da Porsche; porque razão adeptos do fora de estrada e famílias não podem conduzir um Porsche?! Nasceram Cayenne e Panamera que são os modelos mais vendidos da casa de Zuffenhausen.

Pontuação 6/10

Interior

Voltemos ao 500L Wagon para olhar para o interior, afinal aquilo que é mais importante num carro que oferece sete lugares. Não é surpresa a Fiat fazer “milagres” no que toca ao espaço interior. No passado fê-lo com alguns carros que até foram carro do ano internacional (Fiat Tipo) e com este 500 L conseguiram enfiar sete lugares em pouco mais de 2,6 metros de distância entre eixos e oferecer espaço suficiente para os primeiros cinco lugares. Não há constrangimentos em altura e nem mesmo o tejadilho panorâmico impede que matulões de instalem a bordo. A generosa superfície vidrada aumenta a sensação de espaço, embora nos dias quentes, muito vidro á volta e por cima vá exigir muito do ar condicionado.

Interessa dizer que atrás há mesmo muito espaço e os bancos da segunda fila rebatem e fecham-se num único gesto e os dois bancos extras na bagageira soltam-se também com o simples gesto de puxar uma fita. Estes dois bancos servem, apenas, para crianças pois não há milagres e se quiser torturar algum amigo, que seja por pouco tempo pois terá de se sentar de lado. Para as crianças serve e a paródia é total como confirmou a minha filhota.

A ligação ao 500 é evidente no tabliê, painel de instrumentos e muitos outros detalhes, numa relação interessante e bem pensada. E porque a Fiat anda muito atrevida, há 333 opções de personalização, duas delas deliciosas. A primeira é um sistema de som desenhado pela Dr.Dre, a segunda é uma máquina de café Lavazza que pode ser montada na consola central. Ou seja, pode sempre ir comprar o último grito em auscultadores da Dr.Dre (o que é capaz de não ser boa ideia pois não são nada baratos…) e já pode dizer que o seu carro… “até tira cafés!”.

Com os dois bancos extra guardados em “su sito” e a fila central de bancos puxada à frente, a mala tem 638 litros. Com os bancos colocados para maximizar o espaço para as pernas, sobram, ainda, 560 litros de espaço e se rebater os bancos, pode levar entre 1584 e 1704 litros (consoante o banco avance ou recue). Com sete lugares leva a escova de dentes mais a pasta…

Pontuação 7/10

Equipamento

O equipamento é completo com sensores de estacionamento, ar condicionado, o sistema Uconnect já conhecido de outros modelos da Fiat suportado por um ecrã flutuante de 7 polegadas, sensores de chuva e luz, enfim, uma série de equipamento muito interessante. O volante tem comandos do sistema áudio e do computador de bordo, ar condicionado automático, sensores de chuva e luz, apoio de braços dianteiro, entrada USB, retrovisores elétricos com rebatimento e aquecimento, telecomando de abertura de portas, quatro vidros elétricos, volante regulável em altura e profundidade, jantes de liga leve de 16 polegadas e faróis de nevoeiro.

A pintura metalizada custa 550 euros e se optar pela bicolor (tejafilho e carroçaria de cores diferentes) vai-lhe custar 990 euros. As jantes de 17 polegadas custam 450 euros. Os estofos em pele custam mil euros. Se quiser os sensores de estacionamento traseiros custam 350 euros. Mas há mais opcionais: apoio de braço traseiro e mesa retráctil nas costas do banco dianteiro (300 euros), banco do condutor e passageiro com regulação, lombar e ajuste em altura (150 euros), purificador de ar Mopar (50 euros), teto de abrir panorâmico Skydome (1100 euros) e travagem de emergência a baixa velocidade (350 euros).

Deois pode optar pelos pacotes de equipamento agrupados. O Pack City (câmara de estacionamento traseira, sensores de estacionamento atrás, espelhos retrovisores rebatíveis e luz de cortesia) custa 600 euros., O Pack Safety (espelho retrovisor interno eletrocromático e travagem de emergência a baixa velocidade) fica por 300 euros. Finalmente, o Pack Style Plus (vidros traseiros escurecidos e luz ambiente) custa 150 euros.

Pontuação 7/10

 

Consumos

A Fiat diz que o motor 1.6 litros Multijet é muito poupadinho, reclamando uma média de 4,2 l/100 km. Naturalmente que falamos de valores impossíveis de alcançar. Mas a verdade é que o bloco é mesmo poupado. E se em cidade, com o carro carregado, é fácil chegar a valores acima dos 7 litros, em estrada as coisas são mais pacíficas com médias de 5,9 l/100 km. Como este está longe de ser um carro desportivo, a média final do ensaio ficou nos 6,7 l/100 km.

Pontuação 6/10

Ao volante

O 500L Wagon não tem, naturalmente, a plataforma do 500, deitando mão a uma base derivada daquela que serve o Punto. Ou seja, não é modernaça e o eixo traseiro é de torção e as suspensões da frente do tipo MacPherson. O que estes palavrões todos querem dizer?

Bom, inesperadamente para um carro com esta plataforma e uma altura generosa, o controlo do movimento da carroçaria é muito bom e não anda ali a bambolear feito barata tonta. Pesando 1400 quilos, muda de direção de forma mais lenta que alguns rivais e não se atreva a pensar que vai ao volante de um 500 Abarth. O 500L Wagn é feito para a família e não para atrevidotes do volante.

Em cidade é perfeito, a direção tem o peso correto e existe o modo City que aumenta muito a assistência tornando a luta com o volante algo agradável, mas fora da cidade o 500L Wagon não é carro para aventuras. Está feito para ir do ponto A ao ponto B da forma mais confortável e capaz que é possível. Com os sete lugares, a Fiat quis mesmo que o carro fosse confortável e apesar de algumas lombas perturbarem esse conforto, a nota final é aceitável.

Pontuação 6/10

Concorrentes

Citroen Grand C4 SpaceTourer

1560 c.c. (turbodiesel); 130 CV; 300 Nm; 0-100 km/h em 11,3 seg,; 189 km/h; 3,8 l/100 km, 100 gr/km de CO2; 36.941€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Kia Carens

1685 c.c. (turbodiesel); 115 CV; 260 Nm; 0-100 km/h em nd; nd; 4,5 l/100 km, 125 gr/km de CO2; 32.060€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Renault Grand Scénic

1461 c.c. (turbodiesel); 110 CV; 260 Nm; 0-100 km/h em 12,4 seg,; 184 km/h; 4,0 l/100 km, 104 gr/km de CO2; nd

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

O motor 1,6 Multijet com 120 CV vem acoplado a uma caixa de seis velocidades que, passados todos estes anos, continua com o tato metálico e menos suave de sempre. É sempre preciso fazer alguma força na alavanca para as mudanças entrarem. Mas a caixa rima bem com o motor que é suficiente para mexer o 500L Wagon, mesmo quando carregado até à beirinha.

Pontuação 6/10

Balanço final

Ao contrario do que sucede com a Mini, criticada pelo cada vez maior tamanho dos… Mini, a Fiat passa incólume a este crescimento desmesurado do 500. Provavelmente, porque o charme do 500 é outro e, com o disse logo no início, este é um carro charmoso. Não é bonito ou feio… é charmoso. Curiosamente, o carro deixou de se chamar Living para passar a Wagon e a Fiat não se atreve a chamar ao 500L um sete lugares. Primeiro porque a moda dos MPV está próxima da extrema unção e depois porque colocar sete lugares num carro deste tamanho pode fazer levantar a sobrancelha a alguns. Por isso, olhemos o 500L Wagon como um cinco lugares com uma mala gigantesca que, por acaso, tem lá dois banquinhos caso seja preciso. Por menos de 30 mil euros, é uma interessante proposta e os tempos dos materiais menores e problemas na montagem já lá vão. Não, não está ao nível dos melhores do segmento, mas ainda assim bem melhor do que a Fiat fez no passado. Enfim, espaçoso, com sete lugares (caso façam falta um dia) e com um ambiente a bordo agradável, o 500L Wagon pode ser uma boa ideia.

Pontuação 6/10

Mais

Habitabilidade 5 lugares / Bagageira / Ambiente

 

 

Menos

Performance / Consumos / Sete lugares eventuais apenas

Ficha técnica

Motor

Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbodiesel

Cilindrada (cm3): 1598

Diâmetro x Curso (mm): 79,5 x 80,5

Taxa de Compressão: 16,5

Potência máxima (CV/rpm): 120/3750

Binário máximo (Nm/rpm): 320/1750

Transmissão: dianteira, caixa manual de 6 vel.

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson; eixo de torção

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9

Velocidade máxima (km/h): 189

Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,0/5,5/4,6

Emissões CO2 (gr/km): 120

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4425/1863/1652

Distância entre eixos (mm): 2702

Largura de vias (fr/tr mm): 1601/1626

Peso (kg): 1400

Capacidade da bagageira (l): 560/630/1584/1704

Deposito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 205/55 R16

Preço da versão ensaiada (Euros): 29217€
Preço da versão base (Euros): 29217€