Volkswagen continuará a produzir automóveis com motor de combustão
Afinal, a VW está a lançar a ofensiva elétrica com tudo aquilo que tem, mas continuará a produzir modelos com motores de combustão para lá de 2026.
O “bicho papão” começa a revelar-se um “tigre de papel” e depois de muitos dos construtores terem dito que iriam apostar tudo nos veículos elétricos terem mudado a estratégia e a linguagem para eletrificados (juntando no mesmo saco elétrico e híbridos nas suas mais diversas formas), a VW também “vira o bico ao prego”.
De acordo com o jornal alemão “Handelsblatt”, Frank Welsch, o patrão do departamento técnico anunciou que “o grupo VW continuará a produzir veículos com motores de combustão interna para lá de 2026.”
Esta afirmação é importante pois não há muito tempo, foi dito pelo grupo VW que depois dessa data não haveriam mais veículos com motor térmico. O responsável pela estratégia da Volkswagen, Michael Jost, deitou alguma água na fervura ao afirmar que os engenheiros da casa alemã “estão a trabalhar na última plataforma para veículo que não sejam CO2 neutros.” Segundo este responsável, “gradualmente iremos diminuindo os nossos motores térmicos ao mínimo absoluto e em 2026 iniciar-se-á a produção da última plataforma dedicada a modelo com motor de combustão interna.”
Curiosamente, Frank Welsch veio depois como que desmentir o responsável pela estratégia ao dizer que “não é correto dizer que vamos parara o desenvolvimento dos motores térmicos depois de 2026. O que se passa é que muitas pessoas falaram do ano 2040 como a data limite para se parar de vender modelo com motores de combustão interna na Europa e, naturalmente, começaram a fazer contas à data em que iria parar o desenvolvimento desses motores e o ano de 2026 é perfeitamente plausível. Porém, eu continuo a ver a VW a desenvolver mais e mais eficientes motores a gasolina e diesel bem antes desse ano de 2026.”
Ou seja, começa a fazer-se luz na mente dos responsáveis das marcas e se a ideia é que estes carros sejam disponibilizados em mercado emergentes que não têm estruturas para carregamento de veículos elétricos, a verdade é que vão surgir nos outros mercados, também. Até porque quando os Governos sentirem a diminuição de impostos, a perda de receita e a necessidade de investir numa rede de recarga, que exigirá capacidades extra de alimentação elétrica, irão recuar nos demandos que produziram até agora.
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