Toyota Aygo 1.0 VVT-i x-cite – Ensaio Teste
Toyota Aygo 1.0 VVT-i x-cite 5 portas
Texto: Francisco Cruz
Sem dúvida, diferente!…
Materialização de uma união franco-nipónica que muitos já esqueceram, o pequeno Toyota Aygo promete, no entanto, fazer-se notar cada vez mais, especialmente, depois de um processo de rejuvenescimento que o deixou, sem dúvida, diferente. E, para melhor!…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Comportamento / Equipamento / Consumos
Insonorização do motor / Habitabilidade traseira / Bagageira
Exterior
Dado a conhecer, pela primeira vez, em 2005, na sequência de uma união de ocasião entre a nipónica Toyota e a francesa PSA, cujo objetivo era conceber um novo utilitário que pudesse ser comercializado, ao mesmo tempo, com o emblema da Citroën, Peugeot e Toyota, o Aygo veio ao mundo, acompanhado de mais dois irmãos: o Citroën C1 e o Peugeot 107.
Partilhando com estes todas as soluções técnicas e até muitas das opções estilísticas, a verdade é que, à medida que foi crescendo, o pequeno utilitário nipónico rapidamente começou a tentar afirmar-se com uma identidade muito própria e diferente. Que a segunda geração do modelo, desvendada em 2014, acabaria por definitivamente afirmar!
Entretanto, passados mais quatro anos, o Toyota Aygo recebe a respectiva actualização a meio do ciclo de vida, que, particularmente no que ao aspecto exterior diz respeito, veio acentuar ainda mais a diferença. Com o modelo a apostar num extremar daqueles que já eram os seus elementos verdadeiramente diferenciadores.
Assim e embora mantendo a já icónica assinatura frontal em “X”, o agora renovado Toyota Aygo passa a exibir esta solução já não numa perspectiva bidimensional, mas antes tridimensional, e com mais impacto.
A acentuar este esforço, novos faróis Keen Look com luzes diurnas integradas, a par de uma secção inferior onde surge enquadrada a grelha dianteira, procurando acentuar não apenas a largura do carro, mas também a fazer sobressair o já referido “X”. Algo para o qual, aliás, contribui igualmente a nova decoração posicionada logo abaixo dos faróis, e que, dependendo da versão, tanto pode ser em Negro, como em Negro Brilhante, ou Prata.
Observado de perfil, uma sensação de maior dinamismo e movimento, reforçada através de cavas das rodas salientes e jantes em liga leve pretas de 15″ (de série na versão por nós ensaiada, x-cite), para terminar numa traseira onde as novas guias de luz LED nos farolins procuram transmitir uma imagem de sofisticação. Ao mesmo tempo que o pára-choques ganhou dimensão, como forma de enfatizar a largura e a estabilidade do automóvel.
Finalmente, a emoldurar todas estas alterações, uma panóplia de oito cores exteriores, entre as quais duas novas – Rich Blue Metallic (exclusiva da versão x-clusiv) e Magenta Splash Metallic (exclusiva da versão x-cite) -, a última as quais, presente no “nosso” Aygo. E que – não há outra forma de a qualificar… – pouco menos é que, chocante à vista!…
Pontuação – 8/10
Interior
Irreverente no exterior, o Toyota Aygo transporta essa característica também para o interior do habitáculo. Nomeadamente, através da aplicação de revestimentos em plástico brilhante na mesma cor da carroçaria, em locais como as portas, as saídas de ar, ou na manche da caixa de velocidades.
Mantendo um nível de solidez agradável, ainda que não divergindo do segmento na opção pelo plástico rijo e não muito resistente como revestimento quase exclusivo para o habitáculo, da atualização realizada já este ano, fazem também parte não somente novos tecidos, inclusive, para os bancos, e uma nova cor de iluminação, assim como novos gráficos na instrumentação binocular, de efeito mais tridimensional.
Pelo contrário e quanto à habitabilidade, mantém-se o cenário já conhecido, com o citadino japonês a assumir-se, à partida, como uma proposta preferencialmente para condutor e “pendura”; mesmo se com o acréscimo de funcionalidade resultante da presença de portas atrás.
No entanto, bem mais apertadas que as da frente, estas portas acabam, em conjunto com a colocação dos bancos tipo anfiteatro, por dificultarem o acesso aos passageiros, os quais têm ainda de ter alguns cuidados para não baterem com a cabeça. Um desafio a que se segue a tentativa de se acomodarem num espaço bem mais acolhedor em altura, que no espaço para pernas.
Quanto ao condutor, não padecerá de espaço, tal como não poderá queixar-se do acesso à generalidade dos (poucos) comandos ou vários espaços de arrumação. Já não podendo dizer o mesmo da visibilidade traseira – claramente limitada, mesmo tendo por base uma posição de condução um pouco elevada, obtida através de um banco com bom apoio lateral e regulações, tanto em profundidade, como em altura.. Algo que, acrescente-se, o volante, de óptima pega, não possui, podendo ser ajustado apenas em altura… e pouco.
Finalmente e no que à bagageira diz respeito, sobressai a fraca capacidade (198 litros, à partida…), a par de um acesso alto, através de um portão em vidro, que, ao subir, leva consigo a chapeleira.
Quanto ao interior, é basicamente o que está à vista, com ganchos nas laterais, mas sem direito a iluminação. Sendo que, nem mesmo a possibilidade de rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros, através de accionamento de trancas no topo das costas, resulta numa verdadeira vantagem – não só as costas, uma vez rebatidas, ficam na perpendicular, como fazem um degrau face ao piso da mala.
Em resumo, citadino mais citadino, é difícil…
Pontuação – 7/10
Equipamento
Além da estética, também o equipamento do Toyota Aygo recebeu melhoramentos, com a atualização desvendada já este ano. Destacando-se, desde logo e para começar, a disponibilização do pacote de segurança activa Toyota Safety Sense, como parte do equipamento de série, não apenas nas versões de topo, como a x-cite ou a x-clusiv, mas desde a versão base X.
Assim, disponível a partir de agora em todos os Toyota Aygo, o Sistema de Segurança de Pré-Colisão (PCS), que procura evitar o embate no carro da frente, em caso de distracção do condutor, além do Sistema de Alerta à Mudança de Faixa de Rodagem (LDA), o qual tem por missão avisar o condutor, sempre que este, de forma inadvertida, começa a sair da sua faixa.
Já não presente em todas as versões, mas sim na x-cite que tivemos oportunidade de testar, luzes diurnas em LED, faróis de nevoeiro, jantes em liga leve Glossy Black de 15″, vidros escurecidos, espelhos retrovisores de regulação eléctrica e aquecidos, tejadilho preto e difusor preto. Além de e já a pensar na segurança, ABS, limitador de velocidade, luzes de travão traseiras em LED, Controlo de Estabilidade, câmara auxiliar de estacionamento, imobilizador, controlo de assistência ao arranque em subida, airbags frontais, laterais e de cortina, indicador de pressão baixa nos pneus e kit de reparação de pneus.
Finalmente, no interior do habitáculo, um ecrã multimédia de 7″, x-touch, conectividade para smartphone, USB, Aux-In, Bluetooth, ar condicionado manual, vidros elétricos dianteiros e comandos do áudio e do telefone no volante.
Pontuação – 8/10
Consumos
Anunciando apenas 72 cv de potência, com os quais tem de lidar com um peso que não será propriamente o de uma pluma (1.240 kg é o valor anunciado pelo fabricante…), a verdade é que o 1.0 VVT-i do Toyota Aygo não deixa de somar a um desempenho desenvolto, consumos suficientemente cativantes.
Partindo de um valor médio oficial de 4,1 l/100 km, o pequeno citadino japonês acaba por não ficar muito longe desta promessa, quando colocado à prova numa utilização do dia-a-dia. Tendo mesmo terminado, nas nossas mãos, com uma média real de 5,5 l/100 km; cerca de litro e meio acima do valor anunciado, mas, ainda assim, um óptimo valor!
Igualmente a ajudar a este resultado, conseguido sem grandes condicionalismos ou limitações auto-impostas à condução, um sistema Start&Stop, proposto de série, mas também agradável no funcionamento. Ou seja, discreto na intervenção.
Pontuação – 8/10
Ao Volante
Pequeno e ladino como qualquer citadino deve ser, é caso para dizer que o Toyota Aygo está agora uma proposta ainda mais agradável de conduzir. Conseguindo juntar à estabilidade e segurança melhoradas, fruto das alterações realizadas pelos engenheiros da marca nipónica ao nível das ligações ao solo, mas também culpa de um ESP atento e não desligável, uma agilidade digna de realce!
De resto e a contribuir igualmente para a alegria do condutor, não somente o carácter espevitado do motor e o óptimo contributo da convincente caixa manual de cinco velocidades, mas também uma direcção à imagem do modelo, com peso correto e suficiente feedback. Com os travões a responderem igualmente em bom plano, sempre que convocados.
De acordo com a Toyota, também outros aspectos relacionados com o conforto dos ocupantes, como é o caso da insonorização e redução do ruído que entra para o interior do habitáculo, terão sido alvo de melhorias, com este restyling. Única promessa que, diga-se, tivemos dificuldade em confirmar; pois, a verdade é que, principalmente o ruído do motor, continua a parecer-nos demasiado presente na zona dos passageiros. Restando, neste capítulo, pouco mais que o bom trabalho das suspensões e até do equipamento, para garantir um maior conforto a bordo.
Ainda que, também este aspecto, a ficar aquém, em termos de evolução, àquilo que foi conseguido em termos de agradabilidade na condução.
Pontuação – 9/10
Motor
Proposto, nesta versão x-cite, com uma única motorização, a gasolina, a escolha da Toyota acabou por recair num pequeno tricilíndrico à altura do Aygo: o já conhecido 1.0 VVT-i, mas agora e fruto das alterações técnicas operadas, a debitar 72 cv de potência e 93 Nm de binário às 4400 rpm. E que, conjugado com uma caixa manual de cinco velocidade não apenas bem posicionada e muito agradável no accionamento, mas também a procurar espicaçar o propulsor, garante andamentos mais despachados do que as prestações oficiais deixam antever…
Assim e embora com uma aceleração dos 0 aos 100 km/h que, segundo o fabricante, demora 13,8 segundos, além de uma velocidade máxima oficial fixada nos 160 km/h, elogie-se o facto deste 1.0 VVT-i não deixar de transmitir a ideia de uma subida de regime suficientemente célere, em particular, nos regimes intermédios. Mesmo se com uma insonorização insuficiente e especialmente notada, fruto também da sonoridade pouco agradável do tricilíndico.
Pontuação – 8/10
Balanço Final
Lançada no mercado em 2014, a atual geração do Toyota Aygo acaba de passar pelo “obrigatório” processo de rejuvenescimento a meio do ciclo de vida. O qual, no caso do utilitário japonês, resultou não apenas num visual mais marcante e equipamento renovado, mas também e principalmente, numa condução mais ágil e divertida!
Pontuação – 8 /10
Concorrentes
Renault Twingo SCe S&S Night&Day, 71 cv, 14,5s 0-100 km/h, 151 km/h, 4,2 l/100 km, 95 g/km, 11.240 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 108 VTi Active, 72 cv, 13,8s 0-100 km/h, 160 km/h, 4,1 l/100 km, 93 g/km, 12.720 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Nissan Micra 1.0G Visia, 73 cv, 15,1s 0-100 km/h, 161 km/h, 4,4 l/100 km, 103 g/km, 14.950 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Citigo 1.0 Style, 75 cv, 13,2s 0-100 km, 171 km/h, 4,7 l/100 km, 101 g/km, 13.511 euros
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: três cilindros em linha, injecção electrónica multiponto
Cilindrada (cm3): 998
Diâmetro x curso (mm): 71.0×84.0
Taxa compressão: 11.8:1
Potência máxima (cv/rpm): 72/6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 93/4.400
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de cinco velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Barra de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Tambor
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 13,8
Velocidade máxima (km/h): 160
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,6/4,8/4,1
Emissões de CO2 (g/km): 93
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3,465/1,615/1,460
Distância entre eixos (mm): 2,340
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.425/1.420
Peso (kg): 1.240
Capacidade da bagageira (l): 198/780
Depósito de combustível (l): 35
Pneus (fr/tr): 165/60 R15/165/60 R15
Mais/Menos
Mais
Comportamento / Equipamento / Consumos
Menos
Insonorização do motor / Habitabilidade traseira / Bagageira
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 15195€
Preço da versão base (Euros): 14765€
Exterior
Dado a conhecer, pela primeira vez, em 2005, na sequência de uma união de ocasião entre a nipónica Toyota e a francesa PSA, cujo objetivo era conceber um novo utilitário que pudesse ser comercializado, ao mesmo tempo, com o emblema da Citroën, Peugeot e Toyota, o Aygo veio ao mundo, acompanhado de mais dois irmãos: o Citroën C1 e o Peugeot 107.
Partilhando com estes todas as soluções técnicas e até muitas das opções estilísticas, a verdade é que, à medida que foi crescendo, o pequeno utilitário nipónico rapidamente começou a tentar afirmar-se com uma identidade muito própria e diferente. Que a segunda geração do modelo, desvendada em 2014, acabaria por definitivamente afirmar!
Entretanto, passados mais quatro anos, o Toyota Aygo recebe a respectiva actualização a meio do ciclo de vida, que, particularmente no que ao aspecto exterior diz respeito, veio acentuar ainda mais a diferença. Com o modelo a apostar num extremar daqueles que já eram os seus elementos verdadeiramente diferenciadores.
Assim e embora mantendo a já icónica assinatura frontal em “X”, o agora renovado Toyota Aygo passa a exibir esta solução já não numa perspectiva bidimensional, mas antes tridimensional, e com mais impacto.
A acentuar este esforço, novos faróis Keen Look com luzes diurnas integradas, a par de uma secção inferior onde surge enquadrada a grelha dianteira, procurando acentuar não apenas a largura do carro, mas também a fazer sobressair o já referido “X”. Algo para o qual, aliás, contribui igualmente a nova decoração posicionada logo abaixo dos faróis, e que, dependendo da versão, tanto pode ser em Negro, como em Negro Brilhante, ou Prata.
Observado de perfil, uma sensação de maior dinamismo e movimento, reforçada através de cavas das rodas salientes e jantes em liga leve pretas de 15″ (de série na versão por nós ensaiada, x-cite), para terminar numa traseira onde as novas guias de luz LED nos farolins procuram transmitir uma imagem de sofisticação. Ao mesmo tempo que o pára-choques ganhou dimensão, como forma de enfatizar a largura e a estabilidade do automóvel.
Finalmente, a emoldurar todas estas alterações, uma panóplia de oito cores exteriores, entre as quais duas novas – Rich Blue Metallic (exclusiva da versão x-clusiv) e Magenta Splash Metallic (exclusiva da versão x-cite) -, a última as quais, presente no “nosso” Aygo. E que – não há outra forma de a qualificar… – pouco menos é que, chocante à vista!…
Pontuação – 8/10
Interior
Irreverente no exterior, o Toyota Aygo transporta essa característica também para o interior do habitáculo. Nomeadamente, através da aplicação de revestimentos em plástico brilhante na mesma cor da carroçaria, em locais como as portas, as saídas de ar, ou na manche da caixa de velocidades.
Mantendo um nível de solidez agradável, ainda que não divergindo do segmento na opção pelo plástico rijo e não muito resistente como revestimento quase exclusivo para o habitáculo, da atualização realizada já este ano, fazem também parte não somente novos tecidos, inclusive, para os bancos, e uma nova cor de iluminação, assim como novos gráficos na instrumentação binocular, de efeito mais tridimensional.
Pelo contrário e quanto à habitabilidade, mantém-se o cenário já conhecido, com o citadino japonês a assumir-se, à partida, como uma proposta preferencialmente para condutor e “pendura”; mesmo se com o acréscimo de funcionalidade resultante da presença de portas atrás.
No entanto, bem mais apertadas que as da frente, estas portas acabam, em conjunto com a colocação dos bancos tipo anfiteatro, por dificultarem o acesso aos passageiros, os quais têm ainda de ter alguns cuidados para não baterem com a cabeça. Um desafio a que se segue a tentativa de se acomodarem num espaço bem mais acolhedor em altura, que no espaço para pernas.
Quanto ao condutor, não padecerá de espaço, tal como não poderá queixar-se do acesso à generalidade dos (poucos) comandos ou vários espaços de arrumação. Já não podendo dizer o mesmo da visibilidade traseira – claramente limitada, mesmo tendo por base uma posição de condução um pouco elevada, obtida através de um banco com bom apoio lateral e regulações, tanto em profundidade, como em altura.. Algo que, acrescente-se, o volante, de óptima pega, não possui, podendo ser ajustado apenas em altura… e pouco.
Finalmente e no que à bagageira diz respeito, sobressai a fraca capacidade (198 litros, à partida…), a par de um acesso alto, através de um portão em vidro, que, ao subir, leva consigo a chapeleira.
Quanto ao interior, é basicamente o que está à vista, com ganchos nas laterais, mas sem direito a iluminação. Sendo que, nem mesmo a possibilidade de rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros, através de accionamento de trancas no topo das costas, resulta numa verdadeira vantagem – não só as costas, uma vez rebatidas, ficam na perpendicular, como fazem um degrau face ao piso da mala.
Em resumo, citadino mais citadino, é difícil…
Pontuação – 7/10
Equipamento
Além da estética, também o equipamento do Toyota Aygo recebeu melhoramentos, com a atualização desvendada já este ano. Destacando-se, desde logo e para começar, a disponibilização do pacote de segurança activa Toyota Safety Sense, como parte do equipamento de série, não apenas nas versões de topo, como a x-cite ou a x-clusiv, mas desde a versão base X.
Assim, disponível a partir de agora em todos os Toyota Aygo, o Sistema de Segurança de Pré-Colisão (PCS), que procura evitar o embate no carro da frente, em caso de distracção do condutor, além do Sistema de Alerta à Mudança de Faixa de Rodagem (LDA), o qual tem por missão avisar o condutor, sempre que este, de forma inadvertida, começa a sair da sua faixa.
Já não presente em todas as versões, mas sim na x-cite que tivemos oportunidade de testar, luzes diurnas em LED, faróis de nevoeiro, jantes em liga leve Glossy Black de 15″, vidros escurecidos, espelhos retrovisores de regulação eléctrica e aquecidos, tejadilho preto e difusor preto. Além de e já a pensar na segurança, ABS, limitador de velocidade, luzes de travão traseiras em LED, Controlo de Estabilidade, câmara auxiliar de estacionamento, imobilizador, controlo de assistência ao arranque em subida, airbags frontais, laterais e de cortina, indicador de pressão baixa nos pneus e kit de reparação de pneus.
Finalmente, no interior do habitáculo, um ecrã multimédia de 7″, x-touch, conectividade para smartphone, USB, Aux-In, Bluetooth, ar condicionado manual, vidros elétricos dianteiros e comandos do áudio e do telefone no volante.
Pontuação – 8/10
Consumos
Anunciando apenas 72 cv de potência, com os quais tem de lidar com um peso que não será propriamente o de uma pluma (1.240 kg é o valor anunciado pelo fabricante…), a verdade é que o 1.0 VVT-i do Toyota Aygo não deixa de somar a um desempenho desenvolto, consumos suficientemente cativantes.
Partindo de um valor médio oficial de 4,1 l/100 km, o pequeno citadino japonês acaba por não ficar muito longe desta promessa, quando colocado à prova numa utilização do dia-a-dia. Tendo mesmo terminado, nas nossas mãos, com uma média real de 5,5 l/100 km; cerca de litro e meio acima do valor anunciado, mas, ainda assim, um óptimo valor!
Igualmente a ajudar a este resultado, conseguido sem grandes condicionalismos ou limitações auto-impostas à condução, um sistema Start&Stop, proposto de série, mas também agradável no funcionamento. Ou seja, discreto na intervenção.
Pontuação – 8/10
Ao volante
Pequeno e ladino como qualquer citadino deve ser, é caso para dizer que o Toyota Aygo está agora uma proposta ainda mais agradável de conduzir. Conseguindo juntar à estabilidade e segurança melhoradas, fruto das alterações realizadas pelos engenheiros da marca nipónica ao nível das ligações ao solo, mas também culpa de um ESP atento e não desligável, uma agilidade digna de realce!
De resto e a contribuir igualmente para a alegria do condutor, não somente o carácter espevitado do motor e o óptimo contributo da convincente caixa manual de cinco velocidades, mas também uma direcção à imagem do modelo, com peso correto e suficiente feedback. Com os travões a responderem igualmente em bom plano, sempre que convocados.
De acordo com a Toyota, também outros aspectos relacionados com o conforto dos ocupantes, como é o caso da insonorização e redução do ruído que entra para o interior do habitáculo, terão sido alvo de melhorias, com este restyling. Única promessa que, diga-se, tivemos dificuldade em confirmar; pois, a verdade é que, principalmente o ruído do motor, continua a parecer-nos demasiado presente na zona dos passageiros. Restando, neste capítulo, pouco mais que o bom trabalho das suspensões e até do equipamento, para garantir um maior conforto a bordo.
Ainda que, também este aspecto, a ficar aquém, em termos de evolução, àquilo que foi conseguido em termos de agradabilidade na condução.
Pontuação – 9/10
Concorrentes
Renault Twingo SCe S&S Night&Day, 71 cv, 14,5s 0-100 km/h, 151 km/h, 4,2 l/100 km, 95 g/km, 11.240 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 108 VTi Active, 72 cv, 13,8s 0-100 km/h, 160 km/h, 4,1 l/100 km, 93 g/km, 12.720 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Nissan Micra 1.0G Visia, 73 cv, 15,1s 0-100 km/h, 161 km/h, 4,4 l/100 km, 103 g/km, 14.950 euros
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Citigo 1.0 Style, 75 cv, 13,2s 0-100 km, 171 km/h, 4,7 l/100 km, 101 g/km, 13.511 euros
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Proposto, nesta versão x-cite, com uma única motorização, a gasolina, a escolha da Toyota acabou por recair num pequeno tricilíndrico à altura do Aygo: o já conhecido 1.0 VVT-i, mas agora e fruto das alterações técnicas operadas, a debitar 72 cv de potência e 93 Nm de binário às 4400 rpm. E que, conjugado com uma caixa manual de cinco velocidade não apenas bem posicionada e muito agradável no accionamento, mas também a procurar espicaçar o propulsor, garante andamentos mais despachados do que as prestações oficiais deixam antever…
Assim e embora com uma aceleração dos 0 aos 100 km/h que, segundo o fabricante, demora 13,8 segundos, além de uma velocidade máxima oficial fixada nos 160 km/h, elogie-se o facto deste 1.0 VVT-i não deixar de transmitir a ideia de uma subida de regime suficientemente célere, em particular, nos regimes intermédios. Mesmo se com uma insonorização insuficiente e especialmente notada, fruto também da sonoridade pouco agradável do tricilíndico.
Pontuação – 8/10
Balanço final
Lançada no mercado em 2014, a atual geração do Toyota Aygo acaba de passar pelo “obrigatório” processo de rejuvenescimento a meio do ciclo de vida. O qual, no caso do utilitário japonês, resultou não apenas num visual mais marcante e equipamento renovado, mas também e principalmente, numa condução mais ágil e divertida!
Pontuação – 8 /10
Comportamento / Equipamento / Consumos
Menos
Insonorização do motor / Habitabilidade traseira / Bagageira
Ficha técnica
Motor
Tipo: três cilindros em linha, injecção electrónica multiponto
Cilindrada (cm3): 998
Diâmetro x curso (mm): 71.0×84.0
Taxa compressão: 11.8:1
Potência máxima (cv/rpm): 72/6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 93/4.400
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de cinco velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Barra de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Tambor
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 13,8
Velocidade máxima (km/h): 160
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 3,6/4,8/4,1
Emissões de CO2 (g/km): 93
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3,465/1,615/1,460
Distância entre eixos (mm): 2,340
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.425/1.420
Peso (kg): 1.240
Capacidade da bagageira (l): 198/780
Depósito de combustível (l): 35
Pneus (fr/tr): 165/60 R15/165/60 R15
Preço da versão base (Euros): 14765€
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