Diesel: lista de marcas e modelos que o vão abandonar
Tudo começou com o Dieselgate em setembro de 2015 e desde essa altura até hoje, muita água correu sobre a ponte e muito mudou o entendimento sobre qual a melhor solução para reduzir as emissões de gases poluentes.
Neste caminho, a Volkswagen gastou milhares de milhões de euros em multas, processos judiciais, indeminizações, enfim, tudo o que se pode imaginar face a um escândalo com epicentro nos EUA e que se espalhou a todo o mundo. As autoridades governamentais entraram em histeria e determinaram, de forma algo despropositada, guerra contra o gasóleo. Quem gere as homologações entendeu por bem mudar o protocolo do vetusto NEDC para o moderno, longo e dispendioso protocolo WLTP (clique aqui para ficar a saber tudo sobre o WLTP), o que provocou alguma perturbação nos construtores. Por exemplo, a Volkswagen vai começar o mês de setembro com apenas metade da gama disponível, por falta de homologações WLTP de muitas gamas. Entretanto, as associações ambientalistas já vieram gritar a plenos pulmões que os níveis de CO2 estão a subir muito devido ao galopante aumento das vendas de carros a gasolina.
Enfim, muito mudou e os construtores também mudaram e hoje a balança pende, claramente, para os motores a gasolina e por isso há vários modelos que vão desaparecer. Aqui fica a lista completa.
Honda CR-V
O renovado SUV da casa japonesa encerra várias alterações e além dos sete lugares e da motorização híbrida em estreia no modelo, não haverá, pela primeira vez, um motor diesel.
Kia Rio/Venga
Ainda foi apresentado com um motor diesel com 1.4 litros com 90 CV, mas já não há gasóleo na gama Rio pois as vendas dos modelos a gasolina são esmagadoras. No caso do Venga, a situação é, exatamente, a mesma com a preferência dos clientes a situar-se nos modelos a gasolina.
Mitsubishi ASX/Outlander
O modelo receberá, brevemente, nova remodelação com a Mitsubishi, agora confortavelmente instalada dentro da Aliança Renault Nissan, a abdicar dos motores diesel em favor dos blocos a gasolina e híbrido PlugIn semelhante ao do Outlander. Modelo que tem na versão híbrida – excelente, diga-se – o seu campeão de vendas, vai acabar, de vez, com o motor diesel que continua a perder vendas. A opção por um motor 2 litros para ocupar o velhinho motor diesel, não será a mais acertada.
Porsche Macan
O motor diesel na gama Porsche sempre foi uma oferta mais pela necessidade de buscar uma franja de clientes indefetíveis do gasóleo do que por um impacto significativo nas vendas. Mesmo do pequeno e muito bem sucedido Macan. Ora, como a Porsche enfrentou dificuldades na homologação do motor diesel sob o protocolo WLTP com valores de consumos e emissões razoáveis e a desaceleração das vendas do Macan diesel, empurrou a Porsche para a decisão de acabar com os motores a gasóleo na gama Macan. Fica por saber se haverá, ou não, uma variante híbrida mais poderosa.
Porsche Panamera
Na gama da berlina de topo da Porsche, o caso é ainda mais gritante. Sabe qual é a percentagem de vendas de motores diesel na gama Panamera? Se pensou 50% está redondamente enganado e se acha que são 30%, continua errado. Metade das vendas do Panamera são asseguradas pelo excelente 4 E-Hybrid (híbrido Plug In) e 35% são de modelos a gasolina. O Panamera Diesel responsabiliza-se por, apenas, 15% das vendas. Portanto e com a junção das dificuldades com o protocolo WLTP, foi fácil a Porsche acabar com o motor a gasóleo.
Seat Toledo
O Toledo é um carro que deixou de ter protagonismo na gama Seat, até porque o modelo foi desenhado em cima da anterior geração do Ibiza sendo semelhante ao Skoda Rapid. Ora, está a caminho de uma solução que pode acabar com o modelo ou fazer nascer um Toledo com base na plataforma MQB A0. Mas como as vendas são residuais, até que haja uma decisão para liquidá-lo ou dar-lhe nova vida, o Toledo não terá motores diesel.
Skoda Fabia
Já ofereceu uma gama diesel com 1.4 e 1.6 litros e até o Fabia vRS tinha motor a gasóleo. Com a remodelação que conheceu recentemente, os blocos diesel foram eliminados.
Subaru
Não se vende em Portugal, mas na Europa é um modelo com algum cartel, mesmo que as vendas não sejam fabulosas. Seja como for, a referência ao excelente motor 2.0 litros boxer turbodiesel, desapareceu e a gama Subaru na Europa resume-se aos blocos 2.0 e 2.5 litros a gasolina.
Suzuki
Nunca foram motores importantes para a Suzuki que é um dos maiores construtores mundiais, mas em todo o lado menos na Europa. E com reduções da percentagem de vendas dos motores diesel, também não foi difícil acabar com esses propulsores na gama Suzuki.
Toyota
A Toyota está numa fase de fazer regressar nomes míticos dentro da marca e depois do Corolla regressar para o lugar do Auris, o Avensis vai ser substituído pelo Camry. Como a Toyota já disse que, na Europa, tanto a Toyota como a Lexus vão deixar de oferecer motores diesel e apenas a gasolina e híbridos.
Opel Corsa
Já tinha sido anunciado que o Corsa não iria voltar a ter motores diesel, nomeadamente, o bloco 1.3 CDTi, sendo, para já, a única gama que recebeu mexidas nas motorizações, pois todas as outras gamas vão se manter como até agora.
Volvo
A marca sueca já tinha anunciado no início do ano que não iria produzir mais motores diesel depois do lançamento do V60. Assim, a seguir á excelente carrinha lançada este ano, todos os modelos serão a gasolina, híbridos ou elétricos. Os motores diesel vão sendo descontinuados à medida que os modelos forem sendo substituídos.
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