Mini Cooper S Cabrio 2.0 – Ensaio Teste
Mini Cooper S Cabrio 2.0
Texto: Francisco Cruz
Haja Verão todo o ano!
Tal como as versões de três e cinco portas, também o Mini Cabrio recebeu o Verão 2018, já actualizado e resplandecente. Tanto que, ajudado igualmente pelo excitante 2.0 litros de 192 cv, promete manter o calor e a alegria do Verão, durante todo o ano.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Comportamento / Prestações / Posição de condução
Consumos / Habitabilidade / Bagageira
Exterior
Depois da revolução que foi a introdução da actual geração, ainda em 2014, marcada por uma nova plataforma (UKL), novos motores, estética e tecnologia, a verdade é que, particularmente depois de conhecidas as alterações promovidas nas carroçarias de três e cinco portas, nem mesmo o facto de se tratar de uma actualização a meio do ciclo de vida do produto, fazia antever grandes alterações no ainda hoje fresco e jovem Mini Cabrio. Impressão, de resto, agora confirmada, desde logo, numa observação da estética exterior, onde, a par dos emblemas, a partir de agora bidimensionais, pouco mais do que as ópticas e o desenho das jantes, registam alterações.
Já na traseira, a novidade é a introdução do desenho da bandeira do Reino Unido, Union Jack, nos farolins, a somar a uma nova paleta de cores metalizadas para a carroçaria, entre as quais, o atraente Azul Starlight que a “nossa” unidade ostentava. E a que acrescentava as faixas para o capot e capas dos retrovisores em branco, uma opcional capota Mini Yours (487,80€) em preto , também com a Union Jack desenhada a cinzento, além de umas jantes de 18″ a custarem mais
560,98€, mas que também pode ser adquiridas através do nível de equipamento Chili. O qual, por 1.951,22€, acrescenta ainda pneus Runflat, faróis Full LED Matrix, luzes de nevoeiro em LED, a iluminação colorida do mostrador central Mini Excitement Package e os modos de condução Mini Driving Modes, entre outros aspectos.
Já sobre a capota, em lona, o não convencimento total quanto à insonorização, mas, sim, relativamente ao sistema de rebatimento totalmente automatizado. Exigindo apenas o simples pressionar de um botão, junto às luzes de leitura dianteiras, para, em não mais que 20 segundos e mesmo com o carro em andamento, ficarmos de cabelos ao vento…
Interior
Já no interior do Mini Cabrio, do qual faz parte a qualidade de construção e solidez já reconhecidas, um novo volante de três braços, a par de um sistema de som melhorado e integrado no já conhecido sistema de info-entretenimento Mini Connected. Marcado invariavelmente pelo o enorme mostrador redondo ao centro do tablier, ainda que com o ecrã táctil propriamente dito, acesso de novas funcionalidades (por exemplo, informação de tráfego em tempo real), a mostrar-se excessivamente pequeno, face ao espaço disponível.
De resto, uma observação mais atenta e demorada acaba fazendo surgir dúvidas quanto a qualidade dos plásticos que revestem a moldura do pára-brisas, o mesmo acontecendo relativamente a algumas particularidades que não deixam de causar, no mínimo, estranheza. É o caso da invariável pouca atenção dada aos espaços de arrumação (são todos pequenos e com pouca capacidade), já para não falar no acesso, e até mesmo espaço, disponibilizado nos lugares traseiros.
Apesar de ter crescido, face à anterior geração, quase 10 cm em comprimento, perto de 4,5 cm em largura, cerca de sete milímetros em altura e 2,8 cm na distância entre eixos, a verdade é que, tanto o acesso ao dois únicos lugares atrás, como depois o espaço disponível, continuam demasiado exíguos e mais propícios a serem utilizados por crianças. As quais, certamente, não lamentarão tanto, entre outros aspectos, o posicionamento demasiado direito das costas, a contribuírem para tornar qualquer viagem mais longa, particularmente desgastantes.
Aliás, nem só pelos exíguos bancos, o transporte de passageiros, nos lugares traseiros, deve ser algo a evitar. Também o “cubículo” a que o Mini Cabrio chama de bagageira, e onde é possível albergar não mais que 160 litros – 215 l, com as costas dos bancos rebatidos 50:50 na horizontal, embora ficando sempre mais altas que o piso da mala -, dificilmente admitirá mais do que os dois sacos de viagem dos ocupantes da frente…
Felizmente para os ocupantes, bem diferente é a realidade nos bancos da frente, com o condutor, por exemplo, a ser brindado com uma posição de condução baixa e perfeitamente integrada no cockpit, fruto de um banco desportivo com todas as regulações e bons apoios laterais, além de um volante de óptima pega e também ele ajustável em altura e profundidade. Com ambos a contribuírem para uma correcta visibilidade dos mostradores (ainda e sempre fixados na coluna de direcção) e acesso a comandos (inclusive, do botão rotativo do sistema de infotainment, entre os bancos), embora também incapazes de evitar que a visibilidade traseira reclame pelo apoio de sensores e câmara.
Equipamento
Mesmo tratando-se do Cabrio, equipado com o motor a gasolina mais potente (2,0 litros de 192 cv) e recheado com o nível de equipamento mais completo (Chili), a verdade é que, nem mesmo assim, o “nosso” Mini deixou de exigir um esforço financeiro extra, que lhe permitissem algumas incursões na lista de opcionais, capazes de lhe permitirem exibir um visual à altura do estatuto. A começar, desde logo, pelo já referido nível de equipamento Chili (1.9251,22€), acrescido o pack Always Open (sistema de acesso Comfort + deflector de vento + bancos dianteiros aquecidos), por 569,11€, e do Connected Navigation Plus 8,8″ (volante desportivo MINI Alloy em pele + apoio de braços frontal + serviços ConnectedDrive + informação de trânsito em tempo real + serviços Remote + preparação para Apple CarPlay + rádio Mini Visual Boost + Mini Connected XL + Bluetooth avançado + carregamento wireless + USB + MINI Navigation System), por 1.829,27€.
Extras, igualmente, o revestimento interior em pele Lounge Satellite Grey (829,27€), assim como a cor exterior Starlight Blue Metalizado (471,54€), ambos a contribuírem para o “acréscimo” final de 10 mil euros em opcionais, a juntar aos 35.550€ que custava o nosso Mini Cabrio; sem opcionais, entenda-se!
Consumos
Equipado com o mais potente – e emocionante! – dos blocos a gasolina disponíveis neste modelo, é caso para dizer que o Mini Cabrio Cooper S tem, precisamente, no quatro cilindros 2,0 litros de 192 cv e 280 Nm de binário, um dos melhores e mais justificados argumentos – pela óptima capacidade de aceleração e recuperações, em especial, acima das 3.000 rpm, com os 100 km/h a surgirem em apenas 7,1s; mas também pela sonoridade entusiasmante, em particular, com o modo Sport engrenado.
No entanto e porque todo o prazer acarreta custos, no caso do Mini Cabrio Cooper S, a factura é paga, como não poderia deixar de ser, em litros de gasolina. Com o descapotável britânico a revelar um apetite, por vezes, voraz, traduzido em médias acima dos 9 litros.
Demasiado, sem dúvida, para um carro tão pequeno…
Ao Volante
Expressão máxima das sensações “Go Kart”, ou da condução de um kart, aplicadas a um veículo do dia-a-dia, o Mini Cooper S exprime essa filosofia, desde logo, numa posição de condução particularmente baixa, a favorecer o envolvimento do condutor com o carro. Graças também à presença um quatro cilindros 2,0 litros turbo especialmente vigoroso e emocionante, cujos 192 cv às 5000 rpm e 280 Nm de binário a partir das 1250 rpm, são, também eles, uma das principais razões para as muitas horas de excitação, emoção e adrenalina ao volante!
No caso da unidade por nós testada, a acentuar o desejo de que o prazer nunca acabe, uma opcional caixa automática DCT de dupla embraiagem de sete velocidades, que, enquanto alternativa à caixa manual proposta de série, é, também ela, um primor – não só na forma rápida como responde ao mais pequeno toque nas patilhas do volante ou na manche, como também pela forma como gere a disponibilização da enorme potência e binário. Nunca deixando o Mini Cabrio sem fôlego.
Quanto ao condutor, tem ainda a possibilidade de optar por uma das três opções do sistema de Driving Modes – Normal, Green e Sport -, alterando, dessa forma, não só a resposta do motor, como também da caixa, suspensão, direcção e até a sonoridade emanada do propulsor. Com o modo Sport a ser aquele que melhor se adapta ao modelo, desde logo, pela forma como contribui para tornar a condução mais envolvente, mais pura, mais… orgânica.
Numa proposta que convida a explorar o prazer de conduzir, sem receios de uma substancial perda de rigidez torcional pelo simples facto de se tratar de um descapotável, em prol do conjunto, e da satisfação do condutor, uma direção de óptimo feedback e peso, a par de um sistema de travagem sem mácula visível. Contribuindo ambos para uma eficácia e agilidade que, não sem alguma surpresa, nunca deixam de olhar totalmente pelo conforto.
De resto, sem o mínimo sinal de transferências acentuadas de massas por parte da carroçaria, mas sempre imperturbavelmente estável e seguro, torna-se ainda mais presente a vontade de procurar os limites, com um sorriso no rosto. Fácil, aliás, de conseguir, desde logo, fruto de uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em não mais que 7,1 segundos, e a que se junta depois uma velocidade máxima anunciada de 230 km/h.
Ainda que não seja preciso ir tão longe e rápido, para, com a capota aberta, nos vermos obrigados a gritar, de forma a conseguir que o passageiro do lado nos oiça; na verdade, basta, tão só, ultrapassar os 120 km/h…
Balanço Final
Hoje em dia substancialmente maior nas dimensões e, como tal, cada vez mais distante do modelo original que o britânico Sir Alec Issigonis deu a conhecer em 1959, a verdade é que o Novo Mini continua sendo uma proposta diferente de tudo o resto. Ainda mais, nesta versão Cabrio, equipada com um emocionante motor a gasolina e superior caixa automática, garantia de prestações tão arrebatadoras quanto o comportamento. E muito mais que a habitabilidade, capacidade de carga ou insonorização – esta última, menos criticável, pelo prazer que é ouvir a melodia emitida pela dupla saída de escape…
Concorrentes
Abarth 595C Rivale, 1.4 T-JET 180 cv, Caixa Manual de 6 velocidades, 6,7s 0-100 km/h, 225 km/h, 6 l/100 km, 139 g/km, a partir de 33,550€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa, turbocompressor e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.998
Diâmetro x curso (mm): 82×94,6
Taxa compressão: 11:1
Potência máxima (cv/rpm): 192/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 280/1.250-4.600
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Independente do tipo McPherson; Eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 7,1
Velocidade máxima (km/h): 230
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 6,7/5,1/5,7
Emissões de CO2 (g/km): 129
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3,850/1,727/1,415
Distância entre eixos (mm): 2,495
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,485/1,485
Peso (kg): 1.390
Capacidade da bagageira (l): 160/215
Depósito de combustível (l): 44
Pneus (fr/tr): 195/55 R16 / 195/55 R16
Mais/Menos
Mais
Comportamento / Prestações / Posição de condução
Menos
Consumos / Habitabilidade / Bagageira
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 45420€
Preço da versão base (Euros): 35550€
Exterior
Depois da revolução que foi a introdução da actual geração, ainda em 2014, marcada por uma nova plataforma (UKL), novos motores, estética e tecnologia, a verdade é que, particularmente depois de conhecidas as alterações promovidas nas carroçarias de três e cinco portas, nem mesmo o facto de se tratar de uma actualização a meio do ciclo de vida do produto, fazia antever grandes alterações no ainda hoje fresco e jovem Mini Cabrio. Impressão, de resto, agora confirmada, desde logo, numa observação da estética exterior, onde, a par dos emblemas, a partir de agora bidimensionais, pouco mais do que as ópticas e o desenho das jantes, registam alterações.
Já na traseira, a novidade é a introdução do desenho da bandeira do Reino Unido, Union Jack, nos farolins, a somar a uma nova paleta de cores metalizadas para a carroçaria, entre as quais, o atraente Azul Starlight que a “nossa” unidade ostentava. E a que acrescentava as faixas para o capot e capas dos retrovisores em branco, uma opcional capota Mini Yours (487,80€) em preto , também com a Union Jack desenhada a cinzento, além de umas jantes de 18″ a custarem mais
560,98€, mas que também pode ser adquiridas através do nível de equipamento Chili. O qual, por 1.951,22€, acrescenta ainda pneus Runflat, faróis Full LED Matrix, luzes de nevoeiro em LED, a iluminação colorida do mostrador central Mini Excitement Package e os modos de condução Mini Driving Modes, entre outros aspectos.
Já sobre a capota, em lona, o não convencimento total quanto à insonorização, mas, sim, relativamente ao sistema de rebatimento totalmente automatizado. Exigindo apenas o simples pressionar de um botão, junto às luzes de leitura dianteiras, para, em não mais que 20 segundos e mesmo com o carro em andamento, ficarmos de cabelos ao vento…
Interior
Já no interior do Mini Cabrio, do qual faz parte a qualidade de construção e solidez já reconhecidas, um novo volante de três braços, a par de um sistema de som melhorado e integrado no já conhecido sistema de info-entretenimento Mini Connected. Marcado invariavelmente pelo o enorme mostrador redondo ao centro do tablier, ainda que com o ecrã táctil propriamente dito, acesso de novas funcionalidades (por exemplo, informação de tráfego em tempo real), a mostrar-se excessivamente pequeno, face ao espaço disponível.
De resto, uma observação mais atenta e demorada acaba fazendo surgir dúvidas quanto a qualidade dos plásticos que revestem a moldura do pára-brisas, o mesmo acontecendo relativamente a algumas particularidades que não deixam de causar, no mínimo, estranheza. É o caso da invariável pouca atenção dada aos espaços de arrumação (são todos pequenos e com pouca capacidade), já para não falar no acesso, e até mesmo espaço, disponibilizado nos lugares traseiros.
Apesar de ter crescido, face à anterior geração, quase 10 cm em comprimento, perto de 4,5 cm em largura, cerca de sete milímetros em altura e 2,8 cm na distância entre eixos, a verdade é que, tanto o acesso ao dois únicos lugares atrás, como depois o espaço disponível, continuam demasiado exíguos e mais propícios a serem utilizados por crianças. As quais, certamente, não lamentarão tanto, entre outros aspectos, o posicionamento demasiado direito das costas, a contribuírem para tornar qualquer viagem mais longa, particularmente desgastantes.
Aliás, nem só pelos exíguos bancos, o transporte de passageiros, nos lugares traseiros, deve ser algo a evitar. Também o “cubículo” a que o Mini Cabrio chama de bagageira, e onde é possível albergar não mais que 160 litros – 215 l, com as costas dos bancos rebatidos 50:50 na horizontal, embora ficando sempre mais altas que o piso da mala -, dificilmente admitirá mais do que os dois sacos de viagem dos ocupantes da frente…
Felizmente para os ocupantes, bem diferente é a realidade nos bancos da frente, com o condutor, por exemplo, a ser brindado com uma posição de condução baixa e perfeitamente integrada no cockpit, fruto de um banco desportivo com todas as regulações e bons apoios laterais, além de um volante de óptima pega e também ele ajustável em altura e profundidade. Com ambos a contribuírem para uma correcta visibilidade dos mostradores (ainda e sempre fixados na coluna de direcção) e acesso a comandos (inclusive, do botão rotativo do sistema de infotainment, entre os bancos), embora também incapazes de evitar que a visibilidade traseira reclame pelo apoio de sensores e câmara.
Equipamento
Mesmo tratando-se do Cabrio, equipado com o motor a gasolina mais potente (2,0 litros de 192 cv) e recheado com o nível de equipamento mais completo (Chili), a verdade é que, nem mesmo assim, o “nosso” Mini deixou de exigir um esforço financeiro extra, que lhe permitissem algumas incursões na lista de opcionais, capazes de lhe permitirem exibir um visual à altura do estatuto. A começar, desde logo, pelo já referido nível de equipamento Chili (1.9251,22€), acrescido o pack Always Open (sistema de acesso Comfort + deflector de vento + bancos dianteiros aquecidos), por 569,11€, e do Connected Navigation Plus 8,8″ (volante desportivo MINI Alloy em pele + apoio de braços frontal + serviços ConnectedDrive + informação de trânsito em tempo real + serviços Remote + preparação para Apple CarPlay + rádio Mini Visual Boost + Mini Connected XL + Bluetooth avançado + carregamento wireless + USB + MINI Navigation System), por 1.829,27€.
Extras, igualmente, o revestimento interior em pele Lounge Satellite Grey (829,27€), assim como a cor exterior Starlight Blue Metalizado (471,54€), ambos a contribuírem para o “acréscimo” final de 10 mil euros em opcionais, a juntar aos 35.550€ que custava o nosso Mini Cabrio; sem opcionais, entenda-se!
Consumos
Equipado com o mais potente – e emocionante! – dos blocos a gasolina disponíveis neste modelo, é caso para dizer que o Mini Cabrio Cooper S tem, precisamente, no quatro cilindros 2,0 litros de 192 cv e 280 Nm de binário, um dos melhores e mais justificados argumentos – pela óptima capacidade de aceleração e recuperações, em especial, acima das 3.000 rpm, com os 100 km/h a surgirem em apenas 7,1s; mas também pela sonoridade entusiasmante, em particular, com o modo Sport engrenado.
No entanto e porque todo o prazer acarreta custos, no caso do Mini Cabrio Cooper S, a factura é paga, como não poderia deixar de ser, em litros de gasolina. Com o descapotável britânico a revelar um apetite, por vezes, voraz, traduzido em médias acima dos 9 litros.
Demasiado, sem dúvida, para um carro tão pequeno…
Ao volante
Expressão máxima das sensações “Go Kart”, ou da condução de um kart, aplicadas a um veículo do dia-a-dia, o Mini Cooper S exprime essa filosofia, desde logo, numa posição de condução particularmente baixa, a favorecer o envolvimento do condutor com o carro. Graças também à presença um quatro cilindros 2,0 litros turbo especialmente vigoroso e emocionante, cujos 192 cv às 5000 rpm e 280 Nm de binário a partir das 1250 rpm, são, também eles, uma das principais razões para as muitas horas de excitação, emoção e adrenalina ao volante!
No caso da unidade por nós testada, a acentuar o desejo de que o prazer nunca acabe, uma opcional caixa automática DCT de dupla embraiagem de sete velocidades, que, enquanto alternativa à caixa manual proposta de série, é, também ela, um primor – não só na forma rápida como responde ao mais pequeno toque nas patilhas do volante ou na manche, como também pela forma como gere a disponibilização da enorme potência e binário. Nunca deixando o Mini Cabrio sem fôlego.
Quanto ao condutor, tem ainda a possibilidade de optar por uma das três opções do sistema de Driving Modes – Normal, Green e Sport -, alterando, dessa forma, não só a resposta do motor, como também da caixa, suspensão, direcção e até a sonoridade emanada do propulsor. Com o modo Sport a ser aquele que melhor se adapta ao modelo, desde logo, pela forma como contribui para tornar a condução mais envolvente, mais pura, mais… orgânica.
Numa proposta que convida a explorar o prazer de conduzir, sem receios de uma substancial perda de rigidez torcional pelo simples facto de se tratar de um descapotável, em prol do conjunto, e da satisfação do condutor, uma direção de óptimo feedback e peso, a par de um sistema de travagem sem mácula visível. Contribuindo ambos para uma eficácia e agilidade que, não sem alguma surpresa, nunca deixam de olhar totalmente pelo conforto.
De resto, sem o mínimo sinal de transferências acentuadas de massas por parte da carroçaria, mas sempre imperturbavelmente estável e seguro, torna-se ainda mais presente a vontade de procurar os limites, com um sorriso no rosto. Fácil, aliás, de conseguir, desde logo, fruto de uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em não mais que 7,1 segundos, e a que se junta depois uma velocidade máxima anunciada de 230 km/h.
Ainda que não seja preciso ir tão longe e rápido, para, com a capota aberta, nos vermos obrigados a gritar, de forma a conseguir que o passageiro do lado nos oiça; na verdade, basta, tão só, ultrapassar os 120 km/h…
Concorrentes
Abarth 595C Rivale, 1.4 T-JET 180 cv, Caixa Manual de 6 velocidades, 6,7s 0-100 km/h, 225 km/h, 6 l/100 km, 139 g/km, a partir de 33,550€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Balanço final
Hoje em dia substancialmente maior nas dimensões e, como tal, cada vez mais distante do modelo original que o britânico Sir Alec Issigonis deu a conhecer em 1959, a verdade é que o Novo Mini continua sendo uma proposta diferente de tudo o resto. Ainda mais, nesta versão Cabrio, equipada com um emocionante motor a gasolina e superior caixa automática, garantia de prestações tão arrebatadoras quanto o comportamento. E muito mais que a habitabilidade, capacidade de carga ou insonorização – esta última, menos criticável, pelo prazer que é ouvir a melodia emitida pela dupla saída de escape…
Comportamento / Prestações / Posição de condução
Menos
Consumos / Habitabilidade / Bagageira
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa, turbocompressor e intercooler
Cilindrada (cm3): 1.998
Diâmetro x curso (mm): 82×94,6
Taxa compressão: 11:1
Potência máxima (cv/rpm): 192/5.000-6.000
Binário máximo (Nm/rpm): 280/1.250-4.600
Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa automática de dupla embraiagem e sete velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Independente do tipo McPherson; Eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 7,1
Velocidade máxima (km/h): 230
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 6,7/5,1/5,7
Emissões de CO2 (g/km): 129
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3,850/1,727/1,415
Distância entre eixos (mm): 2,495
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,485/1,485
Peso (kg): 1.390
Capacidade da bagageira (l): 160/215
Depósito de combustível (l): 44
Pneus (fr/tr): 195/55 R16 / 195/55 R16
Preço da versão base (Euros): 35550€
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