Jaguar F-Pace 2.0d R-Sport 180 cv – Ensaio Teste
Jaguar F-Pace 2.0d R-Sport 180 cv
Texto: André Duarte ([email protected])
Competente
Os SUV são uma tendência cimentada no mercado automóvel e nenhuma marca quer ficar para trás. No caso da Jaguar, em 2016 o F-Pace inaugurou a representação da marca neste particular. Fomos para a estrada com a proposta 2.0 diesel com 180 cv na sugestiva versão R-Sport.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Prazer ao volante / Suspensão / Chassis / Comportamento Dinâmico
Preço / Espaço lugar central traseiro / Visibilidade traseira / Localização dos botões para os vidros na dianteira
Exterior
O Jaguar F-Pace é um modelo que não deixa ninguém indiferente. Além da marca, um natural chamariz de atenções, neste caso, também pelas dimensões que este SUV apresenta: 4,73 m de comprimento; 2,87 m de distância entre eixos; 1,93 m de largura; 1,65 m de altura.
Medidas que são ainda mais sugestivas na versão do presente ensaio, R-Sport, que orna o F-Pace de condimentos visuais, ao mesmo tempo, subtis e distintivos: pára-choques dianteiro e traseiro R-Sport, este último com cantos na cor da carroçaria; acabamentos das portas R-Sport na cor da carroçaria com frisos Grained Black; proteções das embaladeiras metálicas com logótipo R-Sport; grelhas laterais Satin Chrome com logótipo R-Sport; farolins traseiros em LED; jantes em liga leve de 19″; e faróis Bi-Xénon com luzes diurnas em LED com formato “J”. Pormenores que dão um cunho mais arrojado e conferem uma imagem mais imponente a um conjunto já de si expressivo.
Interior
No habitáculo temos um interior com materiais de qualidade, agradáveis ao toque, ainda que este seja talvez sóbrio e conservador em demasia, carecendo de pormenores mais entusiasmantes e também alusivos à versão R-Sport.
A destacar temos: consola central com compartimento lateral; moldura do ecrã táctil Satin Chrome; proteções das embaladeiras metálicas iluminadas com anagrama Jaguar; tapetes premium; pedais sport brilhantes; dois suportes para copos dianteiros com tampa; cinco tomadas de 12V; porta-luvas com tranca; apoio de braço traseiro com dois suportes para copos; ar condicionado automático de duas zonas; iluminação interior ambiente; JaguarSense com iluminação da consola superior.
O espaço é agradável nos lugares dianteiros, enquanto nos traseiros o lugar do meio é muito penalizado pelo túnel da transmissão, que faz com que tenhamos de ter as pernas exageradamente abertas, condicionando muito a vida a bordo, tanto para esse passageiro, como, em consequência, para os outros dois.
Já a bagageira é um grande argumento deste modelo, com os seus 650l que se estendem até aos 1740l com os bancos traseiros rebatidos (proporção 40:20:40). Esta conta com proteção metálica da soleira, rede divisória, sistema de retenção de bagagem, suportes para sacos de compras e barras no piso.
No capítulo da conectividade e infoentretenimento, através do ecrã tátil de 10” na consola central, temos acesso a rádio, climatização, dados ecológicos de condução, câmaras, InControl Apps, InControl Pro Services, navegador web, contactos, bluetooth, computador de bordo e controlo dinâmico de volume (DVC).
Equipamento
Falando da versão R-Sport, equipamento não falta: câmara traseira de estacionamento; reconhecimento de sinais de trânsito; limitador de velocidade adaptativo; travagem autónoma de emergência; função para parqueamento; travagem assistida de emergência; controlo dinâmico de estabilidade; controlo de tração; alarme perimétrico e sistema de imobilização; bloqueios elétricos das portas para segurança das crianças; monitor da condição do condutor; assistência à manutenção na faixa de rodagem; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; All Surface Progress Control; vidro traseiro aquecido com temporizador; limpa-pára-brisas com sensores de chuva; vidros elétricos dianteiros e traseiros com abertura/fecho de um toque e sistema de anti-entalamento; iluminação de aproximação (automática via controlo remoto) e função Follow Me Home Lighting; limpa pára-brisas com sensor de chuva e faróis automáticos; espelhos aquecidos com recolha elétrica e iluminação de aproximação; sistema de reparação de pneus; sistema de monitorização da pressão dos pneus; bancos desportivos em Couro Grained e Technical Mesh; espelho retrovisor interior com anti-encandeamento automático.
Consumos
Numa condução cuidada e no modo Eco é possível obter-se registos de 6,5l. No entanto, ainda que cumprindo os limites de velocidades, no dia a dia, e sem grandes preocupações, é na casa dos 7l os registos mais naturais.
Ao Volante
De imediato o posto de condução naturalmente elevado coloca-nos num patamar de conquista do asfalto, para o que contribuem os bancos desportivos multireguláveis (altura, extensão, enchimento das costas) que nos prendam com um apoio lombar de nota.
Antes de premirmos o Star & Stop, até podemos pensar que os 180 cv oriundos do bloco de 4 cilindros 2.0 diesel, que estimulam a tração traseira, escasseiam para os seus 1795 kg de peso. Mas numa proposta que avança uma aceleração de 8,5s dos 0 aos 100 km/h e 430 Nm de binário máximo entre as 1750 e as 2500 rpm, percebemos que há motivos para ficar expectante.
A consola central é muito intuitiva e rapidamente nos deixa familiarizados com os quatro modos de condução – Dynamic, Normal, Eco, Neve/Chuva/Gelo – e com a possibilidade de engrenarmos facilmente a marcha, em duas variantes, D (caixa de velocidades em modo normal), S (caixa em modo desportivo), além da marcha-atrás, R, e ponto morto, N.
Em estrada rapidamente deixamos o modo Eco de lado, dada a resposta pouco expedita fruto de uma parametrização focada nos consumos, ironicamente, levar-nos a exigir mais do pedal do acelerador para compensar a potência mais regrada e a não ser tão poupados quanto isso.
Daí que o modo Normal seja o eleito para o quotidiano. O que se ganha em disponibilidade de potência, mesmo que este possa residualmente fazer subir os consumos, compensa a opção face ao modo Eco.
Independentemente do percurso escolhido, a grandeza das suas proporções é de fácil percepção, aliada a uma sensação de segurança permanente. É neste contexto que somos convidados a conhecê-lo melhor e com mais intempestividade. Para tal, selecionamos o modo Dynamic e passamos a caixa de 8 velocidades para o modo Sport, optando por recorrer às patilhas para o efeito.
O som do bloco diesel torna-se uma presença constante nas subidas de regime e as relações sucedem-se sem darmos conta, enquanto os 180 cv fazem-se sentir no eixo traseiro, que nos garante uma tração de nota e nos revela uma potência que surpreende, atendendo às proporções e peso do veículo. Dá gosto explorar o bloco diesel principalmente em regimes médios e altos, situações em que temos de ter maiores cuidados, porque o bem estar a bordo facilmente nos pode desvirtuar da velocidade a que circulamos.
O movimento de massas é bem suportado pelo chassis/suspensão, permitindo-nos abordagens confiantes, mesmo em percursos mais sinuosos e por isso não tão naturais para este modelo, em que facilmente com uma abaixo, através das patilhas, temos sempre a potência e a tração necessárias. Mas é em estrada aberta e curvas de maior amplitude que o F-Pace se sente mais à vontade, moldando-se muito bem em cada trajeto, com um comportamento muito límpido e eficaz.
Os travões reagem bem e apenas a direção podia ser mais informativa, principalmente no modo Dynamic. Nota também para a visibilidade traseira, algo reduzida.
O F-Pace também permite incursões fora de estrada. No caso do presente ensaio circulámos até um máximo de 100 km/h em piso de terra esburacado, sempre sem problema, e sem que o corpo ‘o percebesse’.
Motor
O Jaguar F-Pace está disponível com motores a diesel e gasolina. No primeiro caso temos o bloco 2.0l com 163 cv e transmissão traseira e 180 cv e tração traseira ou integral. As demais propostas surgem todas com transmissão integral. Ainda no capítulo diesel, o bloco 2.0l está também disponível numa versão com 240 cv. O topo é o bloco 3.0l com 300 cv.
A gasolina há três motorizações: 2.0l de 250 cv, 3.0l com 300 cv e a proposta de topo, 5.0l com 550 cv. Excepto a versão mais potente, que é vendida unicamente com uma linha de equipamento, para todas as outras há quatro opções: Pure, Prestige, R-Sport e Portfolio.
Balanço Final
O Jaguar F-Pace 2.0d R-Sport é um modelo de proporções generosas que tem no comportamento um grande trunfo. Ainda que o motor 2.0l represente a entrada de gama no capítulo diesel e por isso não seja aquele que transmite mais alma, é o mais racional para uma utilização regular, atendendo aos consumos que permite realizar.
Claro que a linha de equipamento R-Sport acresce 10.927€ à fatura face à versão base, estabelecendo o preço final nos 75.523€. Um valor mais elevado que a concorrência e também pelo qual já é possível adquirir-se propostas mais vigorosas do próprio F-Pace, como as versões de tração integral a gasolina, 2.0 e 3.0, com 240 cv e 300 cv, respetivamente. No entanto, tudo depende do gosto e propósito de utilização de cada um. Agora, uma coisa é certa, independentemente da motorização, esta é uma proposta em que se sente estar-se num SUV premium e uma boa opção para viagens em família, seja de fim de semana ou para ‘aquelas’ férias, já que, seja pelo espaço ou prestações, irá sempre agradar.
Concorrentes
Este é um capítulo em que o F-Pace, pelo peso da marca que carrega, acaba por sair em desvantagem face à concorrência, fruto do preço mais elevado em que o Jaguar se coloca. Entre os concorrentes, sejam eles mais ou menos diretos em termos de características, cabe destacar:
Alfa Romeo Stelvio 2.2 Diesel com tração traseira, 180 cv e caixa automática de 8 velocidades, versão Super, por 55.300€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW X3 xDrive 2.0d com 190 cv e transmissão automática de 8 velocidades, versão desportiva M, por 65.707€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Range Rover Velar com transmissão integral, 180 cv e caixa automática de 8 velocidades, versão S-Dynamic, por 75.702€
(Veja o ensaio AQUI)
Volvo XC60 D4 com transmissão integral, 190cv e caixa automática Geartronic de 8 velocidades, versão R-Design, por 62.564€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo – gasóleo, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo com geometría variável, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1999
Diâmetro x curso (mm) – 83,0 x 92,35
Taxa de compressão – 15,5:1
Potência máxima (cv/rpm) – 180/4000
Binário máximo (Nm/rpm) – 430/1750-2500
Transmissão e direcção – traseira, transmissão automática de 8 velocidades; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Eixo Multibraços com molas helicoidais
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 8,5s
Velocidade máxima (km/h) – 208 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,8/6,7/5,1
Emissões de CO2 (g/km) – 134
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4731/1936/1654
Distância entre eixos (mm) – 2874
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1641/1587
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos
Peso (kg) – 1795
Capacidade da bagageira (l) – 650 até 1740 (c/ bancos traseiros rebatidos)
Capacidade do depósito (l) – 60
Pneus (fr/tr) – 255/55 R19
Mais/Menos
Mais
Prazer ao volante / Suspensão / Chassis / Comportamento Dinâmico
Menos
Preço / Espaço lugar central traseiro / Visibilidade traseira / Localização dos botões para os vidros na dianteira
Exterior
O Jaguar F-Pace é um modelo que não deixa ninguém indiferente. Além da marca, um natural chamariz de atenções, neste caso, também pelas dimensões que este SUV apresenta: 4,73 m de comprimento; 2,87 m de distância entre eixos; 1,93 m de largura; 1,65 m de altura.
Medidas que são ainda mais sugestivas na versão do presente ensaio, R-Sport, que orna o F-Pace de condimentos visuais, ao mesmo tempo, subtis e distintivos: pára-choques dianteiro e traseiro R-Sport, este último com cantos na cor da carroçaria; acabamentos das portas R-Sport na cor da carroçaria com frisos Grained Black; proteções das embaladeiras metálicas com logótipo R-Sport; grelhas laterais Satin Chrome com logótipo R-Sport; farolins traseiros em LED; jantes em liga leve de 19″; e faróis Bi-Xénon com luzes diurnas em LED com formato “J”. Pormenores que dão um cunho mais arrojado e conferem uma imagem mais imponente a um conjunto já de si expressivo.
Interior
No habitáculo temos um interior com materiais de qualidade, agradáveis ao toque, ainda que este seja talvez sóbrio e conservador em demasia, carecendo de pormenores mais entusiasmantes e também alusivos à versão R-Sport.
A destacar temos: consola central com compartimento lateral; moldura do ecrã táctil Satin Chrome; proteções das embaladeiras metálicas iluminadas com anagrama Jaguar; tapetes premium; pedais sport brilhantes; dois suportes para copos dianteiros com tampa; cinco tomadas de 12V; porta-luvas com tranca; apoio de braço traseiro com dois suportes para copos; ar condicionado automático de duas zonas; iluminação interior ambiente; JaguarSense com iluminação da consola superior.
O espaço é agradável nos lugares dianteiros, enquanto nos traseiros o lugar do meio é muito penalizado pelo túnel da transmissão, que faz com que tenhamos de ter as pernas exageradamente abertas, condicionando muito a vida a bordo, tanto para esse passageiro, como, em consequência, para os outros dois.
Já a bagageira é um grande argumento deste modelo, com os seus 650l que se estendem até aos 1740l com os bancos traseiros rebatidos (proporção 40:20:40). Esta conta com proteção metálica da soleira, rede divisória, sistema de retenção de bagagem, suportes para sacos de compras e barras no piso.
No capítulo da conectividade e infoentretenimento, através do ecrã tátil de 10” na consola central, temos acesso a rádio, climatização, dados ecológicos de condução, câmaras, InControl Apps, InControl Pro Services, navegador web, contactos, bluetooth, computador de bordo e controlo dinâmico de volume (DVC).
Equipamento
Falando da versão R-Sport, equipamento não falta: câmara traseira de estacionamento; reconhecimento de sinais de trânsito; limitador de velocidade adaptativo; travagem autónoma de emergência; função para parqueamento; travagem assistida de emergência; controlo dinâmico de estabilidade; controlo de tração; alarme perimétrico e sistema de imobilização; bloqueios elétricos das portas para segurança das crianças; monitor da condição do condutor; assistência à manutenção na faixa de rodagem; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; All Surface Progress Control; vidro traseiro aquecido com temporizador; limpa-pára-brisas com sensores de chuva; vidros elétricos dianteiros e traseiros com abertura/fecho de um toque e sistema de anti-entalamento; iluminação de aproximação (automática via controlo remoto) e função Follow Me Home Lighting; limpa pára-brisas com sensor de chuva e faróis automáticos; espelhos aquecidos com recolha elétrica e iluminação de aproximação; sistema de reparação de pneus; sistema de monitorização da pressão dos pneus; bancos desportivos em Couro Grained e Technical Mesh; espelho retrovisor interior com anti-encandeamento automático.
Consumos
Numa condução cuidada e no modo Eco é possível obter-se registos de 6,5l. No entanto, ainda que cumprindo os limites de velocidades, no dia a dia, e sem grandes preocupações, é na casa dos 7l os registos mais naturais.
Ao volante
De imediato o posto de condução naturalmente elevado coloca-nos num patamar de conquista do asfalto, para o que contribuem os bancos desportivos multireguláveis (altura, extensão, enchimento das costas) que nos prendam com um apoio lombar de nota.
Antes de premirmos o Star & Stop, até podemos pensar que os 180 cv oriundos do bloco de 4 cilindros 2.0 diesel, que estimulam a tração traseira, escasseiam para os seus 1795 kg de peso. Mas numa proposta que avança uma aceleração de 8,5s dos 0 aos 100 km/h e 430 Nm de binário máximo entre as 1750 e as 2500 rpm, percebemos que há motivos para ficar expectante.
A consola central é muito intuitiva e rapidamente nos deixa familiarizados com os quatro modos de condução – Dynamic, Normal, Eco, Neve/Chuva/Gelo – e com a possibilidade de engrenarmos facilmente a marcha, em duas variantes, D (caixa de velocidades em modo normal), S (caixa em modo desportivo), além da marcha-atrás, R, e ponto morto, N.
Em estrada rapidamente deixamos o modo Eco de lado, dada a resposta pouco expedita fruto de uma parametrização focada nos consumos, ironicamente, levar-nos a exigir mais do pedal do acelerador para compensar a potência mais regrada e a não ser tão poupados quanto isso.
Daí que o modo Normal seja o eleito para o quotidiano. O que se ganha em disponibilidade de potência, mesmo que este possa residualmente fazer subir os consumos, compensa a opção face ao modo Eco.
Independentemente do percurso escolhido, a grandeza das suas proporções é de fácil percepção, aliada a uma sensação de segurança permanente. É neste contexto que somos convidados a conhecê-lo melhor e com mais intempestividade. Para tal, selecionamos o modo Dynamic e passamos a caixa de 8 velocidades para o modo Sport, optando por recorrer às patilhas para o efeito.
O som do bloco diesel torna-se uma presença constante nas subidas de regime e as relações sucedem-se sem darmos conta, enquanto os 180 cv fazem-se sentir no eixo traseiro, que nos garante uma tração de nota e nos revela uma potência que surpreende, atendendo às proporções e peso do veículo. Dá gosto explorar o bloco diesel principalmente em regimes médios e altos, situações em que temos de ter maiores cuidados, porque o bem estar a bordo facilmente nos pode desvirtuar da velocidade a que circulamos.
O movimento de massas é bem suportado pelo chassis/suspensão, permitindo-nos abordagens confiantes, mesmo em percursos mais sinuosos e por isso não tão naturais para este modelo, em que facilmente com uma abaixo, através das patilhas, temos sempre a potência e a tração necessárias. Mas é em estrada aberta e curvas de maior amplitude que o F-Pace se sente mais à vontade, moldando-se muito bem em cada trajeto, com um comportamento muito límpido e eficaz.
Os travões reagem bem e apenas a direção podia ser mais informativa, principalmente no modo Dynamic. Nota também para a visibilidade traseira, algo reduzida.
O F-Pace também permite incursões fora de estrada. No caso do presente ensaio circulámos até um máximo de 100 km/h em piso de terra esburacado, sempre sem problema, e sem que o corpo ‘o percebesse’.
Concorrentes
Este é um capítulo em que o F-Pace, pelo peso da marca que carrega, acaba por sair em desvantagem face à concorrência, fruto do preço mais elevado em que o Jaguar se coloca. Entre os concorrentes, sejam eles mais ou menos diretos em termos de características, cabe destacar:
Alfa Romeo Stelvio 2.2 Diesel com tração traseira, 180 cv e caixa automática de 8 velocidades, versão Super, por 55.300€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
BMW X3 xDrive 2.0d com 190 cv e transmissão automática de 8 velocidades, versão desportiva M, por 65.707€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Range Rover Velar com transmissão integral, 180 cv e caixa automática de 8 velocidades, versão S-Dynamic, por 75.702€
(Veja o ensaio AQUI)
Volvo XC60 D4 com transmissão integral, 190cv e caixa automática Geartronic de 8 velocidades, versão R-Design, por 62.564€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
O Jaguar F-Pace está disponível com motores a diesel e gasolina. No primeiro caso temos o bloco 2.0l com 163 cv e transmissão traseira e 180 cv e tração traseira ou integral. As demais propostas surgem todas com transmissão integral. Ainda no capítulo diesel, o bloco 2.0l está também disponível numa versão com 240 cv. O topo é o bloco 3.0l com 300 cv.
A gasolina há três motorizações: 2.0l de 250 cv, 3.0l com 300 cv e a proposta de topo, 5.0l com 550 cv. Excepto a versão mais potente, que é vendida unicamente com uma linha de equipamento, para todas as outras há quatro opções: Pure, Prestige, R-Sport e Portfolio.
Balanço final
O Jaguar F-Pace 2.0d R-Sport é um modelo de proporções generosas que tem no comportamento um grande trunfo. Ainda que o motor 2.0l represente a entrada de gama no capítulo diesel e por isso não seja aquele que transmite mais alma, é o mais racional para uma utilização regular, atendendo aos consumos que permite realizar.
Claro que a linha de equipamento R-Sport acresce 10.927€ à fatura face à versão base, estabelecendo o preço final nos 75.523€. Um valor mais elevado que a concorrência e também pelo qual já é possível adquirir-se propostas mais vigorosas do próprio F-Pace, como as versões de tração integral a gasolina, 2.0 e 3.0, com 240 cv e 300 cv, respetivamente. No entanto, tudo depende do gosto e propósito de utilização de cada um. Agora, uma coisa é certa, independentemente da motorização, esta é uma proposta em que se sente estar-se num SUV premium e uma boa opção para viagens em família, seja de fim de semana ou para ‘aquelas’ férias, já que, seja pelo espaço ou prestações, irá sempre agradar.
Prazer ao volante / Suspensão / Chassis / Comportamento Dinâmico
Menos
Preço / Espaço lugar central traseiro / Visibilidade traseira / Localização dos botões para os vidros na dianteira
Ficha técnica
Motor
Tipo – gasóleo, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo com geometría variável, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1999
Diâmetro x curso (mm) – 83,0 x 92,35
Taxa de compressão – 15,5:1
Potência máxima (cv/rpm) – 180/4000
Binário máximo (Nm/rpm) – 430/1750-2500
Transmissão e direcção – traseira, transmissão automática de 8 velocidades; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Eixo Multibraços com molas helicoidais
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 8,5s
Velocidade máxima (km/h) – 208 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,8/6,7/5,1
Emissões de CO2 (g/km) – 134
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4731/1936/1654
Distância entre eixos (mm) – 2874
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1641/1587
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos
Peso (kg) – 1795
Capacidade da bagageira (l) – 650 até 1740 (c/ bancos traseiros rebatidos)
Capacidade do depósito (l) – 60
Pneus (fr/tr) – 255/55 R19
0 comentários