Mitsubishi Eclipse Cross 2WD 1.5 – Ensaio Teste
Mitsubishi Eclipse Cross 2WD CVT Intense 1.5 163 CV
Texto: André Duarte ([email protected])
Um bom companheiro
O Mitsubishi Eclipse Cross chegou este ano ao mercado nacional. Uma proposta SUV de estilo coupé que tem na condução o seu maior trunfo. Todos os pormenores nas próximas linhas…
Motor / Suspensão / Prazer ao volante / Equipamento
Ecrã de 7” / Interior / Caixa /Visibilidade traseira
Exterior
Há inegavelmente um lado de desportivo neste modelo. Olhando no seu todo, marca pela personalidade que transmite ter. A frente destaca-se pela dupla grelha em alumínio e o difusor, que lhe conferem um lado agressivo. Na lateral sobressaem as bonitas jantes e o friso cinza na zona inferior, assim como as portas com design esculpido. Mas é na traseira onde encontramos o maior cunho diferenciador. Esta, de perfil reto, dá um toque distintivo a este SUV, destacando-se a luz de stop que atravessa o óculo, assim como o spoiler e o pára-choques com difusor cinza, num toque de imponência que geram agrado no conjunto.
Interior
No geral, o interior esteticamente não entusiasma, embora conte com alguma elegância, oriunda dos plásticos em preto brilhante que ornam a consola central, volante e painéis das portas junto dos puxadores, que contrastam com outros menos agradáveis ao toque e ao olhar, como no tablier, nas portas e porta-luvas. Há vários espaços de arrumação – portas, consola central, sob o apoio de braços – e uma boa sensação de espaço nos lugares dianteiros (que conta com bancos aquecidos) e traseiros, embora nestes últimos as costas dos bancos – principalmente no lugar do meio – sejam algo rijas e por isso pouco confortáveis. Os bancos rebatem na proporção 60:40, estendendo a bagageira dos 378l até aos 1122l.
O ecrã tátil com apenas 7” revela-se pequeno e deixa a desejar em termos de manuseamento, não sendo muito intuitivo e graficamente pouco apelativo. A ele podemos aceder também através de um touchpad, o qual requer alguma habituação. O ecrã tátil permite-nos aceder a aplicações, sistema de som, rádio, definições do veículo, telefone e bluetooth (com comando por voz).
Equipamento
A versão 1.5l com caixa automática CVT de 8 relações está disponível unicamente com o nível de equipamento Intense, o qual é bastante completo. Este inclui: head up display; cruise control adaptativo; sistema de mitigação de colisão frontal; sistema de alerta de desvio de faixa; sistema de arranque sem chave KOS;
sistema de deteção de ângulo morto; sistema de assistência à mudança de faixa; alerta de tráfego na traseira; câmara 360º; sistema de sinalização de travagem de emergência; sensores de estacionamento (8 pontos); sistema de monitorização da pressão dos pneus; ar condicionado automático bi-zona; máximos automáticos; luzes de circulação diurna; faróis de nevoeiro; limpa pára-brisas com sensor de chuva;
Consumos
Naturalmente que os 163 cv de potência se refletem neste particular. É possível fazer registos de 6,8l com muitos cuidados, mas é na casa dos 8,6l que uma condução normal, ainda que cumpridora, o posiciona.
Ao Volante
Em Portugal o Mitsubishi Eclipse Cross surge atualmente equipado exclusivamente com um bloco a gasolina 1.5 turbo com 163 cv. Para gerirmos a potência temos dois modos de condução, Eco e Normal. No primeiro caso a resposta é algo branda, cenário que muda de forma imediata e notória uma vez selecionada a segunda opção.
Aí a disponibilidade do bloco de quatro cilindros torna-se viva e pronta a ser explorada a todo o pisar. Para um condução diária, a caixa automática CVT de 8 velocidades – que equipava a versão ensaiada – é um bom aliado, ainda que de pendor algo lento na resposta. No entanto, para momentos em que queiramos conhecer a fundo as potencialidades do Eclipse Cross, a melhor opção mesmo é recorrermos às patilhas de volante – que pecam apenas por serem fixas à coluna de direção e não ao volante, e que, apesar de serem de dimensões consideráveis, por vezes ‘faltam-nos’ em determinadas posições do volante – com as quais rapidamente a alma do motor é colocada a nu.
Ao volante esta proposta da Mitsubishi transmite-nos sensações desportivas, para o que muito contribuem o bom chassis e suspensões, estas com uma taragem que garante um modelo devidamente agarrado ao asfalto e suprime devidamente e quase na totalidade o movimento de massas. Características que o tornam ágil em estrada e permitem-nos abordagens confiantes e muito prazerosas em curva, quase fazendo-nos por momentos esquecer que estamos ao volante de um SUV. No fundo, uma proposta que com comportamento muito intuitivo e perceptível.
Os travões revelam uma boa eficácia em todos os momentos e a direção age a rigor com as necessidades. No geral, fica a sensação de uma grande leveza do conjunto fruto de uma boa relação peso/potência.
Apesar do óculo traseiro bipartido ser um traço de personalidade do modelo, este merece reparo por penalizar a visão.
Motor
O Mitsubishi Eclipse Cross, de momento, está disponível no nosso país unicamente com o bloco 1.5 T-MIVEC – ou seja, motor turbo a gasolina – com 163 cv. Há sim opções em termos de caixa, automática CVT de 8 relações ou manual de 6 velocidades, e de transmissão, 2WD ou 4WD. Os níveis de equipamento dividem-se em Intense, para as versões 2WD, e Instyle, para a 2WD com caixa manual e para a 4WD, que só está disponível com caixa automática.
Balanço Final
O Mitsubishi Eclipse Cross é um SUV com uma veia desportiva. Com os seus 163 cv e um conjunto chassis/suspensão a rigor, permite-nos ter momentos de diversão ao volante. A condução agrada, mas o espaço interior não se fica atrás. Porém, pelas suas características, será uma opção ideal para uma utilização em que se procure momentos vivos ao volante com regularidade, já que se revela naturalmente gastador em termos de consumos, o que não convida a uma utilização diária. Será o SUV ideal para as férias ou passeios aos fim de semana, com a sensação de que chegaremos sempre rápido e com um sorriso na cara.
Concorrentes
À luz das características do Mitsubishi do presente ensaio – SUV médio, motor 1.5 turbo a gasolina, 163 cv, caixa automática CVT de 8 velocidades – concorrência com as mesmas características, de facto, não existe. Ainda assim, em termos aproximados, ainda que com notórias diferenças, há a considerar:
Ford Kuga 1.5 EcoBoost com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades por 31.725€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Mokka X 1.4 Turbo Ecotec com 140 cv e caixa automática de 6 velocidades por 28.590€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen T-Roc Style 1.5 TSI com 150 cv e caixa manual automática DSG de 7 velocidades por 29.934€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo – gasolina, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1499
Diâmetro x curso (mm) – 75,0 x 84,8
Taxa de compressão – 10,0:1
Potência máxima (cv/rpm) – 163/5500
Binário máximo (Nm/rpm) – 250/1800-4500
Transmissão e direcção – dianteira, caixa manual de 6 velocidades; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – McPherson e Multi-link
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 9,3s
Velocidade máxima (km/h) – 200 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 6,0/8,0/6,7
Emissões de CO2 (g/km) – 154
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4405/1805/1685
Distância entre eixos (mm) – 3210
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1545/1545
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos
Peso (kg) – 1490
Capacidade da bagageira (l) – 378l (1122l com bancos rebatidos)
Capacidade do depósito (l) – 63
Pneus (fr/tr) – 225/55 R18
Mais/Menos
Mais
Motor / Suspensão / Prazer ao volante / Equipamento
Menos
Ecrã de 7” / Interior / Caixa /Visibilidade traseira
Exterior
Há inegavelmente um lado de desportivo neste modelo. Olhando no seu todo, marca pela personalidade que transmite ter. A frente destaca-se pela dupla grelha em alumínio e o difusor, que lhe conferem um lado agressivo. Na lateral sobressaem as bonitas jantes e o friso cinza na zona inferior, assim como as portas com design esculpido. Mas é na traseira onde encontramos o maior cunho diferenciador. Esta, de perfil reto, dá um toque distintivo a este SUV, destacando-se a luz de stop que atravessa o óculo, assim como o spoiler e o pára-choques com difusor cinza, num toque de imponência que geram agrado no conjunto.
Interior
No geral, o interior esteticamente não entusiasma, embora conte com alguma elegância, oriunda dos plásticos em preto brilhante que ornam a consola central, volante e painéis das portas junto dos puxadores, que contrastam com outros menos agradáveis ao toque e ao olhar, como no tablier, nas portas e porta-luvas. Há vários espaços de arrumação – portas, consola central, sob o apoio de braços – e uma boa sensação de espaço nos lugares dianteiros (que conta com bancos aquecidos) e traseiros, embora nestes últimos as costas dos bancos – principalmente no lugar do meio – sejam algo rijas e por isso pouco confortáveis. Os bancos rebatem na proporção 60:40, estendendo a bagageira dos 378l até aos 1122l.
O ecrã tátil com apenas 7” revela-se pequeno e deixa a desejar em termos de manuseamento, não sendo muito intuitivo e graficamente pouco apelativo. A ele podemos aceder também através de um touchpad, o qual requer alguma habituação. O ecrã tátil permite-nos aceder a aplicações, sistema de som, rádio, definições do veículo, telefone e bluetooth (com comando por voz).
Equipamento
A versão 1.5l com caixa automática CVT de 8 relações está disponível unicamente com o nível de equipamento Intense, o qual é bastante completo. Este inclui: head up display; cruise control adaptativo; sistema de mitigação de colisão frontal; sistema de alerta de desvio de faixa; sistema de arranque sem chave KOS;
sistema de deteção de ângulo morto; sistema de assistência à mudança de faixa; alerta de tráfego na traseira; câmara 360º; sistema de sinalização de travagem de emergência; sensores de estacionamento (8 pontos); sistema de monitorização da pressão dos pneus; ar condicionado automático bi-zona; máximos automáticos; luzes de circulação diurna; faróis de nevoeiro; limpa pára-brisas com sensor de chuva;
Consumos
Naturalmente que os 163 cv de potência se refletem neste particular. É possível fazer registos de 6,8l com muitos cuidados, mas é na casa dos 8,6l que uma condução normal, ainda que cumpridora, o posiciona.
Ao volante
Em Portugal o Mitsubishi Eclipse Cross surge atualmente equipado exclusivamente com um bloco a gasolina 1.5 turbo com 163 cv. Para gerirmos a potência temos dois modos de condução, Eco e Normal. No primeiro caso a resposta é algo branda, cenário que muda de forma imediata e notória uma vez selecionada a segunda opção.
Aí a disponibilidade do bloco de quatro cilindros torna-se viva e pronta a ser explorada a todo o pisar. Para um condução diária, a caixa automática CVT de 8 velocidades – que equipava a versão ensaiada – é um bom aliado, ainda que de pendor algo lento na resposta. No entanto, para momentos em que queiramos conhecer a fundo as potencialidades do Eclipse Cross, a melhor opção mesmo é recorrermos às patilhas de volante – que pecam apenas por serem fixas à coluna de direção e não ao volante, e que, apesar de serem de dimensões consideráveis, por vezes ‘faltam-nos’ em determinadas posições do volante – com as quais rapidamente a alma do motor é colocada a nu.
Ao volante esta proposta da Mitsubishi transmite-nos sensações desportivas, para o que muito contribuem o bom chassis e suspensões, estas com uma taragem que garante um modelo devidamente agarrado ao asfalto e suprime devidamente e quase na totalidade o movimento de massas. Características que o tornam ágil em estrada e permitem-nos abordagens confiantes e muito prazerosas em curva, quase fazendo-nos por momentos esquecer que estamos ao volante de um SUV. No fundo, uma proposta que com comportamento muito intuitivo e perceptível.
Os travões revelam uma boa eficácia em todos os momentos e a direção age a rigor com as necessidades. No geral, fica a sensação de uma grande leveza do conjunto fruto de uma boa relação peso/potência.
Apesar do óculo traseiro bipartido ser um traço de personalidade do modelo, este merece reparo por penalizar a visão.
Concorrentes
À luz das características do Mitsubishi do presente ensaio – SUV médio, motor 1.5 turbo a gasolina, 163 cv, caixa automática CVT de 8 velocidades – concorrência com as mesmas características, de facto, não existe. Ainda assim, em termos aproximados, ainda que com notórias diferenças, há a considerar:
Ford Kuga 1.5 EcoBoost com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades por 31.725€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Mokka X 1.4 Turbo Ecotec com 140 cv e caixa automática de 6 velocidades por 28.590€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen T-Roc Style 1.5 TSI com 150 cv e caixa manual automática DSG de 7 velocidades por 29.934€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
O Mitsubishi Eclipse Cross, de momento, está disponível no nosso país unicamente com o bloco 1.5 T-MIVEC – ou seja, motor turbo a gasolina – com 163 cv. Há sim opções em termos de caixa, automática CVT de 8 relações ou manual de 6 velocidades, e de transmissão, 2WD ou 4WD. Os níveis de equipamento dividem-se em Intense, para as versões 2WD, e Instyle, para a 2WD com caixa manual e para a 4WD, que só está disponível com caixa automática.
Balanço final
O Mitsubishi Eclipse Cross é um SUV com uma veia desportiva. Com os seus 163 cv e um conjunto chassis/suspensão a rigor, permite-nos ter momentos de diversão ao volante. A condução agrada, mas o espaço interior não se fica atrás. Porém, pelas suas características, será uma opção ideal para uma utilização em que se procure momentos vivos ao volante com regularidade, já que se revela naturalmente gastador em termos de consumos, o que não convida a uma utilização diária. Será o SUV ideal para as férias ou passeios aos fim de semana, com a sensação de que chegaremos sempre rápido e com um sorriso na cara.
Motor / Suspensão / Prazer ao volante / Equipamento
Menos
Ecrã de 7” / Interior / Caixa /Visibilidade traseira
Ficha técnica
Motor
Tipo – gasolina, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1499
Diâmetro x curso (mm) – 75,0 x 84,8
Taxa de compressão – 10,0:1
Potência máxima (cv/rpm) – 163/5500
Binário máximo (Nm/rpm) – 250/1800-4500
Transmissão e direcção – dianteira, caixa manual de 6 velocidades; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – McPherson e Multi-link
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 9,3s
Velocidade máxima (km/h) – 200 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 6,0/8,0/6,7
Emissões de CO2 (g/km) – 154
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4405/1805/1685
Distância entre eixos (mm) – 3210
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1545/1545
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos
Peso (kg) – 1490
Capacidade da bagageira (l) – 378l (1122l com bancos rebatidos)
Capacidade do depósito (l) – 63
Pneus (fr/tr) – 225/55 R18
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