BMW i3s – Ensaio Teste
BMW i3s 94Ah + Comfort Package Advanced
Texto: Francisco Cruz
Vitamina S
Aproveitando aquela que é a primeira actualização do seu ainda único modelo 100% elétrico, a BMW dá a conhecer versão mais “desportiva” e vitaminada do i3, que, com mais 14 cv e 20 Nm, promete ainda mais diversão e emoção ao volante. Resta saber se o consegue…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Prestações / Agilidade / Qualidade de construção e materiais
Autonomia / Acesso aos lugares traseiros / Conforto em mau piso
Exterior
Surgida precisamente na altura em que o conhecido modelo elétrico recebe a sua primeira actualização, a versão mais desportiva BMW i3S aproveita todas as benesses resultantes desse facto. Mas que também o tornam mais fácil de distinguir da versão pré-restyling, do que propriamente do “irmão” menos potente.
A contribuir para esta impressão, o facto de ambos exibirem o mesmo pára-choques redesenhado, ainda que, no caso do i3S, com a parte inferior em preto e com uma pequena barra em cor contrastante, além de uma iluminação dianteira, a partir de agora, em Full LED, de série.
Já na lateral, novidade (comum) são os pilares A em preto e a linha do tejadilho em preto mate, a juntar, no caso do i3S, as cavas das rodas com rebordo também em preto mate, a envolver jantes de 20″ com pneus mais largos, e uma suspensão 10 mm mais baixa.
Finalmente, na traseira, um novo pára-choques idêntico para ambas as versões, a somar a uma espécie de barra horizontal a destacar a maior largura – +40 mm.
Resumidamente, uma imagem geral que, embora vanguardista e atraente, não ajuda à diferenciação entre o novo i3, e a versão mais espevitada, i3S…
Interior
Modelo já conhecido pelas portas de abertura antagónica – solução mais apreciada pela originalidade, do propriamente pelo acesso aos lugares traseiros e à necessidade de abrir a porta da frente, para conseguir abrir a de trás – e pela habitabilidade limitada a apenas quatro ocupantes (o quinto, não está previsto), o novo BMW i3S acresce a estas particularidades um interior de imagem irreverente e high-tech, evoluído com novos revestimentos de óptima qualidade, além de dois ecrãs digitais a cores: o já conhecido painel de instrumentos, no qual só não se compreende o pouco aproveitamento da dimensão exterior generosa deste componente, e o ainda maior ecrã do sistema de infotainment, colocado em posição destacada, ao centro do tablier, além de personalizável na apresentação e com novas funções – reconhecimento de voz melhorado, Apple CarPlay e Ajuda ao estacionamento. Sem esquecer a presença do tradicional botão rotativo colocado entre os bancos da frente, até porque, mesmo numa proposta que se assume vanguardista, este último ecrã continua não sendo táctil.
Especialmente para o condutor, uma posição de condução um pouco elevada, a procurar facilitar não só a visibilidade, como também o acesso a comandos (só é pena os comandos dos vidros na porta estarem tão recuados…), a partir de um banco a que, embora revestido a couro e de design futurista, falta apoio lateral. Apresentando, tal como volante, cativante ao olhar, personalizado, com óptima pega e comandos funcionais, todas as regulações imprescindíveis.
Ainda assim, estranho, ao princípio, a forma acentuadamente destacada como o volante fica sempre do tablier, além da concentração do manípulo da caixa, do botão Start e da função Park, tudo numa generosa “torre” lateral. Ainda assim, de mais fácil habituação que, por exemplo, a visibilidade traseira – demasiado dependente dos sistemas electrónicos de ajuda ao estacionamento.
Não deixando de oferecer elevada ergonomia e funcionalidade, muito por culpa dos espaços de arrumação abertos, nomeadamente, no original tablier ondulado, a que se somam depois os comandos acessíveis e intuitivos do rádio e ar condicionado, integrados e em posição frontal, a obrigação de falar igualmente na capacidade apenas mediana da bagageira (26 litros), ainda que com bom acesso, plano de carga e possibilidade de rebatimento 50:50 das costas dos bancos traseiros. Garantindo, dessa forma, a continuação na horizontal do piso da mala e o aumento da capacidade para uns bem mais substanciais 1.100 litros.
Alçapões escondidos, só mesmo debaixo do capot dianteiro (tranca na chave), embora seja também aí que se guardam os cabos para carregamento das baterias.
Equipamento
Único modelo 100% elétrico na oferta da BMW, o i3 não deixa de, mesmo nesta versão mais desportiva, seguir os princípios basilares de qualquer modelo da marca bávara. Assumindo a clara aposta não apenas na personalização, mas também na configuração de um carro à medida das posses do condutor.
Assim, de fábrica, apenas elementos como os pernos de segurança nas rodas, sistema de monitorização da pressão dos pneus e kit de reparação de pneus, fecho automático das portas em andamento, eCall inteligente, serviços ConnectedDrive e Remote, e a possibilidade de carregamento rápido AC e DC.
Sendo que, dos quase 60 mil euros que custa a unidade por nós testada, em tudo idêntica à das fotos, fazem já parte opcionais como o Pack Comfort Advanced, sinónimo de volante multifunções, pack de espelhos exterior e interior, suporte de copos, apoio de braços frontal, pack de arrumação, sensor de chuva e luz, ar condicionado automático e Cruise Control com função de travagem; BMW Service Inclusive 5 Anos/100 000 km; Protecção exterio;r e BMW i Add-on Mobility 2 Anos/10 dias ano.
No entanto e para ter um carro exactamente igual ao das imagens, é ainda preciso acrescentar a pintura exterior Vermelho Melbourne com acabamentos em Cinza Frozen metálico (556,91€), as jantes em liga leve de 20″ com pneus mistos em Preto Jet (130€), cintos de segurança em azul BMW i (85,37€), design interior BMW i Suite com frisos em madeira nobre Oak (2.430,89€), sistema de som Harman Kardon (672,36€), conectividade para aparelhos móveis, Bluetooth e USB (420,33€) e sistema de navegação Professional (840,65€). Tudo, de resto, já incluído no valor atrás citado…
Consumos
Embora equipado com o mesmo motor elétrico e bateria de iões de lítio de 33 kWh, colocada no piso, entre os eixos, o BMW i3S diferencia-se da versão standard por um acréscimo não só de 14 cv/10 kW de potência, que assim passa a fixar-se nos 184 cv/135 kW, como também de 20 Nm no binário, o qual passa a ser de 270 Nm. Duas subidas que resultam, desde logo, numa melhoria das performances, com a versão mais potente a anunciar uma aceleração até aos 100 km/h em apenas 6,9s, ou seja, menos 0,4s que a variante de “apenas” 170 cv. Além de uma velocidade máxima limitada electronicamente a 160 km/h.
Equipado ainda com uma transmissão automática de velocidade única a ajudar a uma resposta pronta e rápida desde o primeiro instante, a certeza, resultante de quatro dias de utilização intensiva, de uma autonomia a rondar os 180 quilómetros, ou seja, ligeiramente abaixo dos 200 km anunciados pelo construtor. Ainda que, também aqui, jogando obrigatoriamente com os quatro modos de condução e, preferencialmente, com o Eco Pro+, cujo aspecto mais negativo é o facto de limitar a velocidade máxima a 90 km/h…
Quanto ao carregamento das baterias, recuperar 80% da capacidade das baterias, em tomada doméstica de 10 Amperes ou 240V, significa cerca de 11 horas ligado à corrente; numa Wallbox BMW de 3.7 kW/16A que pode ser instalada em casa, “apenas” 7h30m. Já num posto de carga rápida como aqueles que existem na cidade de Lisboa, bastam pouco mais de 30 minutos.
Ao Volante
Pequeno e leve, mas também com um centro de gravidade alto e pouca distância entre eixos, além de com uma suspensão rebaixada em 10 mm, amortecedores e molas exclusivos, barras estabilizadoras mais rígidas e eixo traseiro alargado em 40 mm, o BMW i3S surge, assim, melhor preparado que o seu “irmão”, para oferecer uma condução mais desportiva e reactiva. O que, no entanto, não quer dizer consiga; numa condução mais aplicada e por trajectos mais sinuosos, torna-se impossível não percepcionar as forças aerodinâmicas que actuam sobre a carroçaria. Convidando, mesmo, a um levantar do pé direito, até para repor a sensação de segurança junto dos restantes passageiros.
Mesmo com um invulgar modo Sport a garantir resposta ainda mais rápida ao acelerador e melhores sensações da parte da direcção, é em recta, e principalmente nos “confrontos” dos sinais luminosos, que a capacidade aumentada de aceleração do elétrico alemão mais se destaca e surpreende. Provocando-nos mesmo um sorriso pela forma despachada como deixa para trás grande parte dos “adversários”, ao mesmo tempo que nos comprime contra o banco.
Aliás e no que ao conforto diz respeito, este não será o melhor dos elétricos. Culpa não apenas de bancos em pele que primam pela firmeza, como também de uma suspensão que não lhes fica atrás na rigidez. E que se sente particularmente desconfortável em mau piso.
Por outro lado e se quisermos esquecer quaisquer preocupações com autonomias, o melhor mesmo é evitar fazer dos tais confrontos, um hábito, e optar preferencialmente por modos de condução mais poupados – como o Eco Pro ou até mesmo o Eco Pro+. Que só desagradam pelo facto de limitarem a velocidade máxima a 120 km/h, no caso do primeiro, e a 90 km/h, o último. Velocidades que, ainda assim, não deixam de mostrar-se suficientes, nomeadamente, em cidade, onde, apesar da elogiável agilidade do i3S, o pára-arranca consegue ser ainda mais limitativo.
Balanço Final
Mesmo com uma imagem pouco diferente do “irmão” menos potente, o novo BMW i3S consegue fazer-se sobressair, principalmente, por uma capacidade de aceleração que agrada qualquer apreciador de maiores doses de adrenalina ao volante. É certo que dificilmente compete com verdadeiros desportivos, a não ser, talvez, no preço; mas o acréscimo de “vitamina” que recebeu, é, sem dúvida, bem-vinda!
Concorrentes
BMW i3 94Ah + Comfort Package Advanced, 125 kWh, 170 cv, 290 – 300 km autonomia, a partir de 46.410,00€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Renault ZOE Z.E. 40 Life, 43 kWh, 88 cv, 280 km autonomia, a partir de 33.610,00€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: eléctrico, de corrente contínua
Bateria: de iões de lítio, com uma capacidade de 33,2 kWh
Tempo de carga (horas): 10h em tomada doméstica
Potência máxima combinada (cv): 184 cv
Binário máximo (Nm/rpm): 270 Nm
Transmissão e direcção: Traseira, automática; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações
Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,9
Velocidade máxima (km/h): 160 km/h
Consumos: 12,6 kWh/100 km
Autonomia (km): 280 (ciclo NEDC)
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,006/1,791/1.590
Distância entre eixos (mm): 2,570
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.571/1.596
Peso máximo (kg): 1.620
Capacidade da bagageira (l): 260/1100
Pneus (fr/tr): 175/55 R20/195/50 R20
Mais/Menos
Mais
Prestações / Agilidade / Qualidade de construção e materiais
Menos
Autonomia / Acesso aos lugares traseiros / Conforto em mau piso
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 57526€
Preço da versão base (Euros): 50180€
Exterior
Surgida precisamente na altura em que o conhecido modelo elétrico recebe a sua primeira actualização, a versão mais desportiva BMW i3S aproveita todas as benesses resultantes desse facto. Mas que também o tornam mais fácil de distinguir da versão pré-restyling, do que propriamente do “irmão” menos potente.
A contribuir para esta impressão, o facto de ambos exibirem o mesmo pára-choques redesenhado, ainda que, no caso do i3S, com a parte inferior em preto e com uma pequena barra em cor contrastante, além de uma iluminação dianteira, a partir de agora, em Full LED, de série.
Já na lateral, novidade (comum) são os pilares A em preto e a linha do tejadilho em preto mate, a juntar, no caso do i3S, as cavas das rodas com rebordo também em preto mate, a envolver jantes de 20″ com pneus mais largos, e uma suspensão 10 mm mais baixa.
Finalmente, na traseira, um novo pára-choques idêntico para ambas as versões, a somar a uma espécie de barra horizontal a destacar a maior largura – +40 mm.
Resumidamente, uma imagem geral que, embora vanguardista e atraente, não ajuda à diferenciação entre o novo i3, e a versão mais espevitada, i3S…
Interior
Modelo já conhecido pelas portas de abertura antagónica – solução mais apreciada pela originalidade, do propriamente pelo acesso aos lugares traseiros e à necessidade de abrir a porta da frente, para conseguir abrir a de trás – e pela habitabilidade limitada a apenas quatro ocupantes (o quinto, não está previsto), o novo BMW i3S acresce a estas particularidades um interior de imagem irreverente e high-tech, evoluído com novos revestimentos de óptima qualidade, além de dois ecrãs digitais a cores: o já conhecido painel de instrumentos, no qual só não se compreende o pouco aproveitamento da dimensão exterior generosa deste componente, e o ainda maior ecrã do sistema de infotainment, colocado em posição destacada, ao centro do tablier, além de personalizável na apresentação e com novas funções – reconhecimento de voz melhorado, Apple CarPlay e Ajuda ao estacionamento. Sem esquecer a presença do tradicional botão rotativo colocado entre os bancos da frente, até porque, mesmo numa proposta que se assume vanguardista, este último ecrã continua não sendo táctil.
Especialmente para o condutor, uma posição de condução um pouco elevada, a procurar facilitar não só a visibilidade, como também o acesso a comandos (só é pena os comandos dos vidros na porta estarem tão recuados…), a partir de um banco a que, embora revestido a couro e de design futurista, falta apoio lateral. Apresentando, tal como volante, cativante ao olhar, personalizado, com óptima pega e comandos funcionais, todas as regulações imprescindíveis.
Ainda assim, estranho, ao princípio, a forma acentuadamente destacada como o volante fica sempre do tablier, além da concentração do manípulo da caixa, do botão Start e da função Park, tudo numa generosa “torre” lateral. Ainda assim, de mais fácil habituação que, por exemplo, a visibilidade traseira – demasiado dependente dos sistemas electrónicos de ajuda ao estacionamento.
Não deixando de oferecer elevada ergonomia e funcionalidade, muito por culpa dos espaços de arrumação abertos, nomeadamente, no original tablier ondulado, a que se somam depois os comandos acessíveis e intuitivos do rádio e ar condicionado, integrados e em posição frontal, a obrigação de falar igualmente na capacidade apenas mediana da bagageira (26 litros), ainda que com bom acesso, plano de carga e possibilidade de rebatimento 50:50 das costas dos bancos traseiros. Garantindo, dessa forma, a continuação na horizontal do piso da mala e o aumento da capacidade para uns bem mais substanciais 1.100 litros.
Alçapões escondidos, só mesmo debaixo do capot dianteiro (tranca na chave), embora seja também aí que se guardam os cabos para carregamento das baterias.
Equipamento
Único modelo 100% elétrico na oferta da BMW, o i3 não deixa de, mesmo nesta versão mais desportiva, seguir os princípios basilares de qualquer modelo da marca bávara. Assumindo a clara aposta não apenas na personalização, mas também na configuração de um carro à medida das posses do condutor.
Assim, de fábrica, apenas elementos como os pernos de segurança nas rodas, sistema de monitorização da pressão dos pneus e kit de reparação de pneus, fecho automático das portas em andamento, eCall inteligente, serviços ConnectedDrive e Remote, e a possibilidade de carregamento rápido AC e DC.
Sendo que, dos quase 60 mil euros que custa a unidade por nós testada, em tudo idêntica à das fotos, fazem já parte opcionais como o Pack Comfort Advanced, sinónimo de volante multifunções, pack de espelhos exterior e interior, suporte de copos, apoio de braços frontal, pack de arrumação, sensor de chuva e luz, ar condicionado automático e Cruise Control com função de travagem; BMW Service Inclusive 5 Anos/100 000 km; Protecção exterio;r e BMW i Add-on Mobility 2 Anos/10 dias ano.
No entanto e para ter um carro exactamente igual ao das imagens, é ainda preciso acrescentar a pintura exterior Vermelho Melbourne com acabamentos em Cinza Frozen metálico (556,91€), as jantes em liga leve de 20″ com pneus mistos em Preto Jet (130€), cintos de segurança em azul BMW i (85,37€), design interior BMW i Suite com frisos em madeira nobre Oak (2.430,89€), sistema de som Harman Kardon (672,36€), conectividade para aparelhos móveis, Bluetooth e USB (420,33€) e sistema de navegação Professional (840,65€). Tudo, de resto, já incluído no valor atrás citado…
Consumos
Embora equipado com o mesmo motor elétrico e bateria de iões de lítio de 33 kWh, colocada no piso, entre os eixos, o BMW i3S diferencia-se da versão standard por um acréscimo não só de 14 cv/10 kW de potência, que assim passa a fixar-se nos 184 cv/135 kW, como também de 20 Nm no binário, o qual passa a ser de 270 Nm. Duas subidas que resultam, desde logo, numa melhoria das performances, com a versão mais potente a anunciar uma aceleração até aos 100 km/h em apenas 6,9s, ou seja, menos 0,4s que a variante de “apenas” 170 cv. Além de uma velocidade máxima limitada electronicamente a 160 km/h.
Equipado ainda com uma transmissão automática de velocidade única a ajudar a uma resposta pronta e rápida desde o primeiro instante, a certeza, resultante de quatro dias de utilização intensiva, de uma autonomia a rondar os 180 quilómetros, ou seja, ligeiramente abaixo dos 200 km anunciados pelo construtor. Ainda que, também aqui, jogando obrigatoriamente com os quatro modos de condução e, preferencialmente, com o Eco Pro+, cujo aspecto mais negativo é o facto de limitar a velocidade máxima a 90 km/h…
Quanto ao carregamento das baterias, recuperar 80% da capacidade das baterias, em tomada doméstica de 10 Amperes ou 240V, significa cerca de 11 horas ligado à corrente; numa Wallbox BMW de 3.7 kW/16A que pode ser instalada em casa, “apenas” 7h30m. Já num posto de carga rápida como aqueles que existem na cidade de Lisboa, bastam pouco mais de 30 minutos.
Ao volante
Pequeno e leve, mas também com um centro de gravidade alto e pouca distância entre eixos, além de com uma suspensão rebaixada em 10 mm, amortecedores e molas exclusivos, barras estabilizadoras mais rígidas e eixo traseiro alargado em 40 mm, o BMW i3S surge, assim, melhor preparado que o seu “irmão”, para oferecer uma condução mais desportiva e reactiva. O que, no entanto, não quer dizer consiga; numa condução mais aplicada e por trajectos mais sinuosos, torna-se impossível não percepcionar as forças aerodinâmicas que actuam sobre a carroçaria. Convidando, mesmo, a um levantar do pé direito, até para repor a sensação de segurança junto dos restantes passageiros.
Mesmo com um invulgar modo Sport a garantir resposta ainda mais rápida ao acelerador e melhores sensações da parte da direcção, é em recta, e principalmente nos “confrontos” dos sinais luminosos, que a capacidade aumentada de aceleração do elétrico alemão mais se destaca e surpreende. Provocando-nos mesmo um sorriso pela forma despachada como deixa para trás grande parte dos “adversários”, ao mesmo tempo que nos comprime contra o banco.
Aliás e no que ao conforto diz respeito, este não será o melhor dos elétricos. Culpa não apenas de bancos em pele que primam pela firmeza, como também de uma suspensão que não lhes fica atrás na rigidez. E que se sente particularmente desconfortável em mau piso.
Por outro lado e se quisermos esquecer quaisquer preocupações com autonomias, o melhor mesmo é evitar fazer dos tais confrontos, um hábito, e optar preferencialmente por modos de condução mais poupados – como o Eco Pro ou até mesmo o Eco Pro+. Que só desagradam pelo facto de limitarem a velocidade máxima a 120 km/h, no caso do primeiro, e a 90 km/h, o último. Velocidades que, ainda assim, não deixam de mostrar-se suficientes, nomeadamente, em cidade, onde, apesar da elogiável agilidade do i3S, o pára-arranca consegue ser ainda mais limitativo.
Concorrentes
BMW i3 94Ah + Comfort Package Advanced, 125 kWh, 170 cv, 290 – 300 km autonomia, a partir de 46.410,00€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Renault ZOE Z.E. 40 Life, 43 kWh, 88 cv, 280 km autonomia, a partir de 33.610,00€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Balanço final
Mesmo com uma imagem pouco diferente do “irmão” menos potente, o novo BMW i3S consegue fazer-se sobressair, principalmente, por uma capacidade de aceleração que agrada qualquer apreciador de maiores doses de adrenalina ao volante. É certo que dificilmente compete com verdadeiros desportivos, a não ser, talvez, no preço; mas o acréscimo de “vitamina” que recebeu, é, sem dúvida, bem-vinda!
Prestações / Agilidade / Qualidade de construção e materiais
Menos
Autonomia / Acesso aos lugares traseiros / Conforto em mau piso
Ficha técnica
Motor
Tipo: eléctrico, de corrente contínua
Bateria: de iões de lítio, com uma capacidade de 33,2 kWh
Tempo de carga (horas): 10h em tomada doméstica
Potência máxima combinada (cv): 184 cv
Binário máximo (Nm/rpm): 270 Nm
Transmissão e direcção: Traseira, automática; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson; Eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações
Aceleração: 0-100 km/h (s): 6,9
Velocidade máxima (km/h): 160 km/h
Consumos: 12,6 kWh/100 km
Autonomia (km): 280 (ciclo NEDC)
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,006/1,791/1.590
Distância entre eixos (mm): 2,570
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.571/1.596
Peso máximo (kg): 1.620
Capacidade da bagageira (l): 260/1100
Pneus (fr/tr): 175/55 R20/195/50 R20
Preço da versão base (Euros): 50180€
0 comentários