Mercedes-Benz X 250d 4MATIC – Ensaio Teste
Mercedes-Benz X 250d 4MATIC
Texto: Francisco Cruz
Ao trabalho!
Com o mercado das pick-up em contínuo crescimento na Europa, a Mercedes-Benz tornou-se na primeira marca premium a arregaçar as mangas e a oferecer uma proposta de trabalho, com atributos de veículo mais exclusivo. Sentados ao volante da Mercedes-Benz X 250d 4MATIC, vamos ao trabalho!
Comportamento em alcatrão / Qualidade de construção e de materiais / Habitabilidade
Utilização em cidade / Escassez de espaços de arrumação / Consumos
Exterior
Primeira proposta do género na história da marca da estrela, a Mercedes-Benz Classe X é, no entanto, uma espécie de produto adaptado, que, embora a estética não o revele, tem por base a já bem conhecida Nissan Navara. Revista, no entanto, como forma de corresponder aos parâmetros e exigências impostas a qualquer modelo com a estrela na grelha frontal e no capot.
Resultado deste esforço, uma pick-up que, apesar da manutenção de pormenores como os puxadores das portas, poucos traços mantém da “irmã” que lhe concede praticamente toda a base técnica. Identificando-se bem mais e principalmente quando observada de frente, com os SUV Mercedes – esteticamente mais elaborados, igualmente sólidos, com os pormenores metalizados a remeterem para um universo mais estatutário.
Igualmente a contribuir para esta sensação, numa pick-up com mais de cinco metros de comprimento e disponível apenas na variante de cabine dupla, o nível de equipamento de topo, denominado Power (5.700€), a incluir soluções como a imponente grelha frontal metalizada, as ópticas em LED com sistema de luzes inteligente no design em tudo idênticas às dos SUV, as jantes em liga leve de 19″, os faróis de nevoeiro cromados, as barras no tejadilho anodizadas, iluminação das saídas do veículo, vidros escurecidos, retrovisores exteriores aquecidos, reguláveis e rebatíveis eletricamente, e com piscas integrados, além dos estribos laterais.
Globalmente, uma imagem bastante atraente, fruto também do Azul Canvasite Metalizado (630€) que a nossa unidade ostentava, e mesmo com uma caixa de carga que é também o aspecto mais notório da vocação laboral que a Classe X exibe – são 2.141 metros quadrados para acomodação de qualquer carga, com uma capacidade máxima de 1,1 de toneladas. E que pode receber um Hard-Top fixo, ou então, uma cobertura da caixa em plástico rígido ou enrolável.
Interior
Eis um dos parâmetros em que a Classe X mais se destaca da concorrência e, ao mesmo tempo, se aproxima dos SUV da marca da estrela. Desde logo, graças a uma boa qualidade de construção e principalmente de materiais, entre os quais, alguns pouco usuais neste tipo de propostas — alumínio escovado, pele e até madeira (opcional, com um custo acrescido de 275€), são apenas alguns exemplos.
Semelhanças com os SUV e crossovers da marca alemã surgem também no volante, comandos, botões e hastes, já para não falar no acesso sem chave Keyless Go ou do sistema de info-entretenimento mais evoluído Comand Online (2.740€), com joystick e ecrã digital a cores de dimensões maiores. Além de incluir sistema de navegação com imagens tridimensionais, reconhecimento por voz e 10GB para armazenamento de dados.
Com um design interior em muito idêntico à dos modelos de passageiros do construtor, a pick-up oferece ainda bancos dianteiros em pele castanha (1.096€) bastante confortáveis e reguláveis eletricamente, além de com ajuste lombar e aquecidos. No caso do do condutor, a garantir um posicionamento alto e com pouco apoio lateral, além de conjugado com um volante em pele de óptima pega e também ele de ajustável em altura e profundidade, assim como com um apoio de pé esquerdo a que apenas falta um pouco mais de firmeza.
Difícil, a visibilidade traseira, ainda que, no caso da Classe X, atenuada por mais uma solução importada dos veículos de passageiros: o sistema de câmaras 360º, de série na versão Power, e muito bem-vinda!
Disponível em versão de cabine dupla, elogios não apenas para um acesso fácil, graças à presença dos estribos, mas também para a habitabilidade proposta nos lugares traseiros, com bastante espaço em todos os sentidos para três adultos, mesmo com os bancos colocados tipo anfiteatro. Sendo que, para os momentos de maior calor, existe não apenas um sistema de ar condicionado automático Thermotronic, como outras soluções mais simples como os quatro vidros laterais de accionamento elétrico e janela no óculo traseiro, deslizante eletricamente.
Equipamento
Especialmente quando equipada com o nível mais elevado, Power, é caso para dizer que esta pick-up pouco fica a dever aos SUV da marca da estrela. Ostentando praticamente todas as mais-valias reconhecidas a propostas à partida menos vocacionadas para actividades de trabalho pesado.
A título de exemplo, também pela sua importância, recordamos, no domínio da segurança e apoio à condução, a presença do Active Brake Assist, sistema de monitorização da pressão dos pneus, sistema Parktronic, assistente de sinais de trânsito, assistente de faixa de rodagem, sensor de chuva, sistema de assistência no arranque, Cruise Control e regulação de velocidade em descida.
Opcionais, além dos já referidos, o bloqueio do diferencial traseiro (610€), caixa de velocidades automática de 7 velocidades (1.400€), equipamento elétrico de tomada de reboque (160€), Pacote Style (1.660€), Pacote Winter (420€) e pneu sobressalente com jante em liga leve (280€). Este último, uma imitação (dispensável!) daquilo que hoje em dia acontece nos SUV e crossovers.
Consumos
Equipada com as mesmas motorizações da “irmã” Nissan Navara, a Mercedes-Benz Classe X que tivemos oportunidade de testar exibia a versão mais potente do conhecido quatro cilindros 2.3 turbodiesel de origem Renault-Nissan, com 190 cv de potência. Neste caso, acoplado à mesma opcional caixa automática de variação contínua de sete relações existente na Navara.
Com força, disponibilidade desde os regimes mais baixos, mas também um pouco ruidoso, este 250d revela-se, contudo, um pouco guloso em demasia, ao exibir médias a rondar os 10 l/100 km. Valor, sem dúvida, elevado, ainda que conseguido com uma utilização naquele que será, à partida e até pelos olhares de admiração que o conjunto capta, o habitat mais improvável para esta Mercedes-Benz Classe X: a cidade.
Ao Volante
Mesmo com todos os condicionalismos decorrentes do facto de se tratar de um carro de trabalho, concebido para uma utilização nos terrenos mais difíceis e, muitas vezes, com elevadas cargas na caixa metálica, este foi, sem dúvida, um dos aspectos em que a Mercedes-Benz Classe X 250d 4MATIC mais impressionou. Porquê? Pela facilidade de condução, estabilidade e segurança, mesmo naquele que é, tradicionalmente, o piso menos adequado para este tipo de propostas: o alcatrão liso e perfeito.
Membro de uma família de modelos – as pick-ups – conhecidos pela instabilidade que revelam, da parte do eixo traseiro, quando a velocidades um pouco mais elevadas, em alcatrão, a verdade é que a Classe X desmistifica, por completo, tal ideia, mostrando-se, também aqui, mais próxima dos SUV. “Culpa”, sem dúvida, do trabalho feito pelos engenheiros da Mercedes ao nível das molas e amortecedores traseiros, os quais conseguem praticamente anular a falta de peso atrás, mantendo estável e segura uma traseira que teria tudo para “dançar” – em particular, sob chuva intensa, conforme tivemos oportunidade de constatar!
“Certinha” na forma como se entrega à estrada, fruto também da presença de um opcional bloqueio do diferencial traseiro (610€), a pick-up alemã conta ainda com uma direcção pesada e – essa, sim — muito à imagem de um carro de trabalho, a que se junta depois um sistema de travagem competente, a complementar um motor com chama, sempre disponível, mas também algo ruidoso. Mesmo com a caixa automática a procurar manter o ponteiro do conta-rotações distante do red-line, logo às 4.200 rpm, funcionando, inclusive, no modo semi-manual, com accionamento através da manche revestida a couro, de forma quase imperceptível e razoavelmente rápida.
Fora de estrada, o argumento não apenas da tracção integral 4×4 acoplável com redutoras, com engrenagem por botão, mas também de uns excelentes ângulos de ataque (30,1º), ventral (22º) e inclinação lateral (49,8º), além de na passagem a vau (600 mm), e que permitem à pick-up alemã exibir a mesma eficácia, já comprovada, da “irmã” Navara. Não lhe faltando sequer a mais-valia de tecnologias como é o caso da regulação da velocidade em descida, ou DSR, para enfrentar – e vencer! -, praticamente todos os obstáculos que lhe ponhamos à frente.
Balanço Final
Não prescindindo de todo e qualquer argumento que fazem deste tipo de propostas uma excelente proposta de trabalho, a Mercedes-Benz Classe X 250d 4MATIC junta-lhes a presença, a qualidade, a imagem de distinção que qualquer modelo da marca da estrela tradicionalmente ostenta. Confortável e bem equipada, só mesmo as questões relacionadas com a carteira, nomeadamente o valor de aquisição elevado e os custos de utilização, fazem pensar duas vezes; por exemplo, como amortizar rapidamente o investimento. Dito isto… vamos ao trabalho, e depressa!
Concorrentes
Nissan Navara 2.3 dCi 160 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 23.776€
(Veja o ensaio AQUI)
Ford Ranger Limited 2.2 TDCI 160 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 29.925€
(Veja o ensaio AQUI)
Mitsubishi L200 Strakar 2.4 DI-D 133 cv 4WD, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 31.650€
Volkswagen Amarok Highline Kingcab V6 3.0 TDI 224 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 39.565,68€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Toyota Hilux Lazer 2.4 D-4D 150 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 41.680€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 2.299
Diâmetro x curso (mm): 85×101,3
Taxa compressão: 15,4:1
Potência máxima (cv/rpm): 190/3.750
Binário máximo (Nm/rpm): 450/1.500-2.500
Transmissão e direcção: tracção integral comutável, com caixa automática de 7 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Independente, de travessas duplas/Independente, do tipo Multi-link
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 11,8
Velocidade máxima (km/h): 176
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 9,6/6,9/7,9
Emissões de CO2 (g/km): 207
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 5,340/1,920/1,819
Distância entre eixos (mm): 3,150
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.632/1.625
Peso (kg): 2.234
Depósito de combustível (l): –
Pneus (fr/tr): 255/55 R19 / 255/55 R19
Mais/Menos
Mais
Comportamento em alcatrão / Qualidade de construção e de materiais / Habitabilidade
Menos
Utilização em cidade / Escassez de espaços de arrumação / Consumos
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 68158€
Preço da versão base (Euros): €
Exterior
Primeira proposta do género na história da marca da estrela, a Mercedes-Benz Classe X é, no entanto, uma espécie de produto adaptado, que, embora a estética não o revele, tem por base a já bem conhecida Nissan Navara. Revista, no entanto, como forma de corresponder aos parâmetros e exigências impostas a qualquer modelo com a estrela na grelha frontal e no capot.
Resultado deste esforço, uma pick-up que, apesar da manutenção de pormenores como os puxadores das portas, poucos traços mantém da “irmã” que lhe concede praticamente toda a base técnica. Identificando-se bem mais e principalmente quando observada de frente, com os SUV Mercedes – esteticamente mais elaborados, igualmente sólidos, com os pormenores metalizados a remeterem para um universo mais estatutário.
Igualmente a contribuir para esta sensação, numa pick-up com mais de cinco metros de comprimento e disponível apenas na variante de cabine dupla, o nível de equipamento de topo, denominado Power (5.700€), a incluir soluções como a imponente grelha frontal metalizada, as ópticas em LED com sistema de luzes inteligente no design em tudo idênticas às dos SUV, as jantes em liga leve de 19″, os faróis de nevoeiro cromados, as barras no tejadilho anodizadas, iluminação das saídas do veículo, vidros escurecidos, retrovisores exteriores aquecidos, reguláveis e rebatíveis eletricamente, e com piscas integrados, além dos estribos laterais.
Globalmente, uma imagem bastante atraente, fruto também do Azul Canvasite Metalizado (630€) que a nossa unidade ostentava, e mesmo com uma caixa de carga que é também o aspecto mais notório da vocação laboral que a Classe X exibe – são 2.141 metros quadrados para acomodação de qualquer carga, com uma capacidade máxima de 1,1 de toneladas. E que pode receber um Hard-Top fixo, ou então, uma cobertura da caixa em plástico rígido ou enrolável.
Interior
Eis um dos parâmetros em que a Classe X mais se destaca da concorrência e, ao mesmo tempo, se aproxima dos SUV da marca da estrela. Desde logo, graças a uma boa qualidade de construção e principalmente de materiais, entre os quais, alguns pouco usuais neste tipo de propostas — alumínio escovado, pele e até madeira (opcional, com um custo acrescido de 275€), são apenas alguns exemplos.
Semelhanças com os SUV e crossovers da marca alemã surgem também no volante, comandos, botões e hastes, já para não falar no acesso sem chave Keyless Go ou do sistema de info-entretenimento mais evoluído Comand Online (2.740€), com joystick e ecrã digital a cores de dimensões maiores. Além de incluir sistema de navegação com imagens tridimensionais, reconhecimento por voz e 10GB para armazenamento de dados.
Com um design interior em muito idêntico à dos modelos de passageiros do construtor, a pick-up oferece ainda bancos dianteiros em pele castanha (1.096€) bastante confortáveis e reguláveis eletricamente, além de com ajuste lombar e aquecidos. No caso do do condutor, a garantir um posicionamento alto e com pouco apoio lateral, além de conjugado com um volante em pele de óptima pega e também ele de ajustável em altura e profundidade, assim como com um apoio de pé esquerdo a que apenas falta um pouco mais de firmeza.
Difícil, a visibilidade traseira, ainda que, no caso da Classe X, atenuada por mais uma solução importada dos veículos de passageiros: o sistema de câmaras 360º, de série na versão Power, e muito bem-vinda!
Disponível em versão de cabine dupla, elogios não apenas para um acesso fácil, graças à presença dos estribos, mas também para a habitabilidade proposta nos lugares traseiros, com bastante espaço em todos os sentidos para três adultos, mesmo com os bancos colocados tipo anfiteatro. Sendo que, para os momentos de maior calor, existe não apenas um sistema de ar condicionado automático Thermotronic, como outras soluções mais simples como os quatro vidros laterais de accionamento elétrico e janela no óculo traseiro, deslizante eletricamente.
Equipamento
Especialmente quando equipada com o nível mais elevado, Power, é caso para dizer que esta pick-up pouco fica a dever aos SUV da marca da estrela. Ostentando praticamente todas as mais-valias reconhecidas a propostas à partida menos vocacionadas para actividades de trabalho pesado.
A título de exemplo, também pela sua importância, recordamos, no domínio da segurança e apoio à condução, a presença do Active Brake Assist, sistema de monitorização da pressão dos pneus, sistema Parktronic, assistente de sinais de trânsito, assistente de faixa de rodagem, sensor de chuva, sistema de assistência no arranque, Cruise Control e regulação de velocidade em descida.
Opcionais, além dos já referidos, o bloqueio do diferencial traseiro (610€), caixa de velocidades automática de 7 velocidades (1.400€), equipamento elétrico de tomada de reboque (160€), Pacote Style (1.660€), Pacote Winter (420€) e pneu sobressalente com jante em liga leve (280€). Este último, uma imitação (dispensável!) daquilo que hoje em dia acontece nos SUV e crossovers.
Consumos
Equipada com as mesmas motorizações da “irmã” Nissan Navara, a Mercedes-Benz Classe X que tivemos oportunidade de testar exibia a versão mais potente do conhecido quatro cilindros 2.3 turbodiesel de origem Renault-Nissan, com 190 cv de potência. Neste caso, acoplado à mesma opcional caixa automática de variação contínua de sete relações existente na Navara.
Com força, disponibilidade desde os regimes mais baixos, mas também um pouco ruidoso, este 250d revela-se, contudo, um pouco guloso em demasia, ao exibir médias a rondar os 10 l/100 km. Valor, sem dúvida, elevado, ainda que conseguido com uma utilização naquele que será, à partida e até pelos olhares de admiração que o conjunto capta, o habitat mais improvável para esta Mercedes-Benz Classe X: a cidade.
Ao volante
Mesmo com todos os condicionalismos decorrentes do facto de se tratar de um carro de trabalho, concebido para uma utilização nos terrenos mais difíceis e, muitas vezes, com elevadas cargas na caixa metálica, este foi, sem dúvida, um dos aspectos em que a Mercedes-Benz Classe X 250d 4MATIC mais impressionou. Porquê? Pela facilidade de condução, estabilidade e segurança, mesmo naquele que é, tradicionalmente, o piso menos adequado para este tipo de propostas: o alcatrão liso e perfeito.
Membro de uma família de modelos – as pick-ups – conhecidos pela instabilidade que revelam, da parte do eixo traseiro, quando a velocidades um pouco mais elevadas, em alcatrão, a verdade é que a Classe X desmistifica, por completo, tal ideia, mostrando-se, também aqui, mais próxima dos SUV. “Culpa”, sem dúvida, do trabalho feito pelos engenheiros da Mercedes ao nível das molas e amortecedores traseiros, os quais conseguem praticamente anular a falta de peso atrás, mantendo estável e segura uma traseira que teria tudo para “dançar” – em particular, sob chuva intensa, conforme tivemos oportunidade de constatar!
“Certinha” na forma como se entrega à estrada, fruto também da presença de um opcional bloqueio do diferencial traseiro (610€), a pick-up alemã conta ainda com uma direcção pesada e – essa, sim — muito à imagem de um carro de trabalho, a que se junta depois um sistema de travagem competente, a complementar um motor com chama, sempre disponível, mas também algo ruidoso. Mesmo com a caixa automática a procurar manter o ponteiro do conta-rotações distante do red-line, logo às 4.200 rpm, funcionando, inclusive, no modo semi-manual, com accionamento através da manche revestida a couro, de forma quase imperceptível e razoavelmente rápida.
Fora de estrada, o argumento não apenas da tracção integral 4×4 acoplável com redutoras, com engrenagem por botão, mas também de uns excelentes ângulos de ataque (30,1º), ventral (22º) e inclinação lateral (49,8º), além de na passagem a vau (600 mm), e que permitem à pick-up alemã exibir a mesma eficácia, já comprovada, da “irmã” Navara. Não lhe faltando sequer a mais-valia de tecnologias como é o caso da regulação da velocidade em descida, ou DSR, para enfrentar – e vencer! -, praticamente todos os obstáculos que lhe ponhamos à frente.
Concorrentes
Nissan Navara 2.3 dCi 160 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 23.776€
(Veja o ensaio AQUI)
Ford Ranger Limited 2.2 TDCI 160 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 29.925€
(Veja o ensaio AQUI)
Mitsubishi L200 Strakar 2.4 DI-D 133 cv 4WD, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 31.650€
Volkswagen Amarok Highline Kingcab V6 3.0 TDI 224 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 39.565,68€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Toyota Hilux Lazer 2.4 D-4D 150 cv 4×4, Cabina Dupla, Caixa Metálica, 41.680€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Balanço final
Não prescindindo de todo e qualquer argumento que fazem deste tipo de propostas uma excelente proposta de trabalho, a Mercedes-Benz Classe X 250d 4MATIC junta-lhes a presença, a qualidade, a imagem de distinção que qualquer modelo da marca da estrela tradicionalmente ostenta. Confortável e bem equipada, só mesmo as questões relacionadas com a carteira, nomeadamente o valor de aquisição elevado e os custos de utilização, fazem pensar duas vezes; por exemplo, como amortizar rapidamente o investimento. Dito isto… vamos ao trabalho, e depressa!
Comportamento em alcatrão / Qualidade de construção e de materiais / Habitabilidade
Menos
Utilização em cidade / Escassez de espaços de arrumação / Consumos
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler
Cilindrada (cm3): 2.299
Diâmetro x curso (mm): 85×101,3
Taxa compressão: 15,4:1
Potência máxima (cv/rpm): 190/3.750
Binário máximo (Nm/rpm): 450/1.500-2.500
Transmissão e direcção: tracção integral comutável, com caixa automática de 7 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Suspensão (fr/tr): Independente, de travessas duplas/Independente, do tipo Multi-link
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados
Prestações e consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 11,8
Velocidade máxima (km/h): 176
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 9,6/6,9/7,9
Emissões de CO2 (g/km): 207
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 5,340/1,920/1,819
Distância entre eixos (mm): 3,150
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.632/1.625
Peso (kg): 2.234
Depósito de combustível (l): –
Pneus (fr/tr): 255/55 R19 / 255/55 R19
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