Audi Q5 2.0 TDI 150 cv – Ensaio
Audi Q5 2.0 TDI 150 cv
Texto: André Duarte ([email protected])
Começar na base
Lançado em 2008 e a atravessar desde 2016 a sua segunda geração, o Q5 é a aposta da marca dos quatro anéis no segmento dos SUV compacto premium. Fomos conhecer a versão 2.0 TDI com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Nota: imagens da versão quattro com caixa automática
Conforto / Chassis / Suspensão / Habitabilidade
Relação peso/potência / Preço
Exterior
De dimensões generosas (4,66 metros de comprimento/1,89 metros de largura/1,66 metros de altura), apresenta linhas elegantes que amenizam a sensação de grandeza exterior, com uma linha de cintura que transmite a ideia de um conjunto menos imponente do que na realidade é. A secção dianteira é visualmente a mais forte, com uma frente expressiva fruto do capot em formato tridimensional e uma redesenhada grelha Singleframe com frisos horizontais que, associada aos grupos óticos definidos, lhe atribui vigor e imponência.
Na lateral sobressai de imediato a distância entre eixos de 2,82 metros e a própria harmonia e elegância do perfil do conjunto. A traseira destaca-se pela bagageira que circunda os pilares C, a par de um difusor em alumínio com uma dupla saída de escape, que lhe atribuem caráter e robustez. No global é um modelo que cativa pela simplicidade, numa imponência amenizada pela suavidade que as linhas lhe atribuem.
Interior
O interior é marcado por materiais agradáveis ao olhar e ao toque. Os adornos decorativos em prata micrometálica que preenchem algumas zonas das portas, tablier e consola central, a par dos próprios puxadores e contornos no volante, seletor e botões, fazem um belo contraste com o preto que dá tom ao habitáculo. A elegância é assim tónica dominante, a par da sensação de espaço em todos os lugares.
A consola central de generosas dimensões não impede que tenhamos espaço para as pernas. Os bancos são muito confortáveis, com várias hipóteses de regulação. O apoio de braços é amplo, extensível e dá para ser partilhado em simultâneo por condutor e passageiro sem que a comodidade seja comprometida. Quando levantado, somos prendados com uma bela zona de arrumação com boas proporções para se colocar carteira e telemóvel, a qual incorpora entradas USB e que, quando deslocada, faz descobrir dois locais extra para a colocação de dois copos. A isto juntam-se também os espaços de arrumação nas portas.
Nos lugares traseiros a sensação de espaço aumenta. Os passageiros podem fazer uma viagem com conforto e à vontade, dado que os bancos são igualmente cómodos – apenas para o passageiro do lugar central traseiro o banco é mais rijo e não tão confortável como os demais. Há ainda pormenores interessantes, como cortinas para o sol nos vidros, uma tomada de 12V na consola central ou a possibilidade de regularem o ar condicionado. Os espaços de arrumação, além de nas portas, são oferecidos por redes colocadas nas costas dos bancos dianteiros.
Os bancos traseiros (com regulação longitudinal) podem ser rebatidos (na proporção 40:20:40), com a bagageira a passar de 550l para uns enormes 1550l.
Em termos de conectividade e infoentretenimento, através do ecrã MMI, podemos aceder a várias funcionalidades: veículo, som, rádio, dispositivos, telefone, navegação, mapa, Audi Connect, Audi Smartphone, ajustes. O ecrã de 8,3” no tablier está bem destacado e pode ser acedido através do stick rotativo na consola central e dos botões que lhe estão próximos (e nos dão acesso direto às opções de navegação/mapas, telefone, media e rádio) ou do volante. Há ainda um outro stick rotativo, mais pequeno, exclusivo para aumentar o volume do rádio ou silênciá-lo. No global temos um interior que joga entre o pragmático e utilitário, sem descurar o requinte de utilização e o conforto de classe
Equipamento
Sistemas de Assistência à Condução e Segurança
De série temos: pre sense city, limitador de velocidade programável, câmara multifunções, travão de estacionamento eletromecânico. Entre os opcionais, destaque para: sensores de estacionamento atrás e à frente, com assistência ao parqueamento 1240€; reconhecimento dos sinais de trânsito 355€; pacote city plus (inclui Audi pre sense rear; sensores de estacionamento atrás e à frente, com assistência ao parqueamento; câmeras 360º; Audi side assist 2755€; head-up display 1155€; cruise control 355€; Audi Virtual Cockpit 590€; pacote MMI navegação (1765€).
Equipamento Opcional
Em termos de opcionais (partindo da versão base), consideramos ter-se em conta, primordialmente, os seguintes: suspensão pneumática adaptativa (2295€); Audi Virtual Cockpit (590€); pacote MMI navegação plus (3320€); bancos em couro e alcantara (1530€); pacote advance (1435€) – inclui pacote porta objetos, retrovisores exteriores elétricos, aquecidos e rebatíveis, sensores de estacionamento atrás e à frente e abertura e fecho eléctrico da bagageira; pacote business (2050€) – inclui sensores de estacionamento traseiros, cruise control com limitador de velocidade, pacote MMI Navegação, computador de bordo top e cortinas laterais traseiras manuais; pacote high tech (1950€) – inclui pacote City, advanced key, assistente de máximos, sistema de som Audi, vidros acústicos; faróis full led (1400€); banco traseiro e deslizante (40:20:40) (415€); teto de abrir elétrico, em vidro panorâmico (1755€) e ar condicionado automático de três zonas (820€).
Consumos
Os consumos realizados foram de 6,8l. No entanto, é necessário notar que são 150 cv a mover um conjunto com 1660 kg de peso, o que obriga a um certo dispêndio de ‘energia’.
Ao Volante
O local destinado ao condutor é cómodo e tudo está à nossa disposição. O volante é de imediato uma agradável surpresa e espelha bem a aura interior, sendo bastante ‘despido’, visualmente apelativo, permitindo-nos aceder a uma série de funcionalidades sem dele retirarmos as mãos – atender chamadas, aceder à navegação, aumentar o volume do rádio, aceder ao painel de instrumentos ou ao comando por voz.
A visibilidade é outro dos aspetos que se destaca, e, apesar de obviamente os SUV terem uma posição de condução elevada, fruto das suas características, a relação desta com as proporções do Q5 parece estar no ponto de equilíbrio exato para colocar o condutor numa relação privilegiada com a estrada.
O Audi Q5 é um modelo muito equilibrado. O comportamento em estrada é um franco agrado, com uma grande nota mais para o conforto, fruto de um trabalho exímio da suspensão que, em consonância com o chassis, nos transmite um conjunto que gera um reduzido movimento de massas em curva. A suspensão absorve todo o tipo de irregularidades, gerando um conforto em toda a linha para todos os ocupantes.
No entanto, a presente versão, com motor 2.0 TDI de 150 cv, fica a dever algo em potência nesta proposta de entrada de gama. O conjunto de generosas dimensões e um peso de 1660 kg exige do bloco de quatro cilindros diesel, e apesar de alocado a uma caixa manual de 6 velocidades que agrada, e permite uma boa gestão das relações, nota-se que seriam bem vindos algo mais que os 150 cv disponíveis. Ainda assim não esquecer que esta é uma proposta de entrada de gama.
Nesse sentido, há a considerar a opção de 190 cv, disponível unicamente com tração integral, na versão com caixa manual de 6 relações, que, por mais 7619€, se apresenta muito mais conforme à arquitetura do Q5. Potência bem vinda, num modelo de cariz familiar, e que por isso com propensão a circular-se com vários ocupantes regularmente e, à partida, bagagem. Outra nota, é que a opção pela caixa automática, é sempre um bom aliado neste particular.
Claro que aí já falamos de uma proposta com custos superiores face à versão do presente ensaio que, contudo, não se pense que não dá conta do conjunto. Numa utilização quotidiana, agrada e não compromete. Voltemos por isso ao Q5 de 150 cv e caixa manual de 6 velocidades…
Os travões adequam-se às exigências e apenas na direção sente-se o peso do conjunto e o ‘deslocar’ dos pneus 235/60 R18 em manobras a baixa velocidade. Esta poderia também dar-nos um maior conhecimento da estrada.
O Drive Select oferece-nos cinco modos – Individual, Offroad, Comfort, Dynamic, Auto – sendo o auto (gestão automática mediante o andamento imprimido) o mais aconselhável para o dia a dia. Numa experiência offroad, em piso de terra algo degradado e, aqui e ali, com buracos devidamente pronunciados, a satisfação não poderia ser maior. A forma como o Q5 encara o mau piso anula quase a diferença entre circularmos em alcatrão ou em terra. Permite-nos chegar aos 100 km/h com todo o conforto e como se não tivéssemos saído do asfalto. Uma maravilha. No geral é um modelo que permite circular-se com um grande de sorriso no rosto em todos os ocupantes e nos transmite a sensação de domínio do asfalto, na conta, peso e medida certas.
Motor
O Audi Q5 está neste momento disponível com motores TDI ( 2.0 de 150 cv e 190 cv e 3.0 de 286 cv) e TFSI (2.0 com 252 cv). Em termos de níveis de equipamentos estão disponíveis as linhas Base, Sport e Design. Há ainda o pacote desportivo S line e os pacotes de equipamento Advance, Business Line e High Tech. A diesel os preços começam nos 52.049€ para a versão 2.0 TDI de tração dianteira e caixa manual de 6 relações, no caso, a do presente ensaio. Já a gasolina está unicamente disponível a versão 2.0 TFSI quattro S tronic a partir de 64.709€.
Balanço Final
O Audi Q5 exibe as valências da marca dos quatro anéis. Qualidade de construção, conforto e prazer ao volante são sensações garantidas, assim como um bem estar a bordo inegavelmente apreciável, num habitáculo em que espaço não falta. No entanto, a proposta de entrada de gama, com motor 2.0 TDI de 150 cv, associado a uma caixa manual de 6 velocidades, apresenta algumas limitações de potência dado o seu peso – 1660 kg – que podem fazer justificar despendermos algo mais pela proposta mais encorpada imediatamente acima, de 190 cv, disponível com tração integral unicamente. A isto junta-se um preço final mais elevado que a concorrência que pode dar que pensar. No entanto, o Audi Q5 tem uma identidade própria. É uma proposta equilibrada e direcionada para registos tranquilos e em família, proporcionando sempre belas viagens, sozinho ou acompanhado. No global, um belo representante no capítulo dos SUV compacto premium.
Concorrentes
Entre a concorrência destaque para:
Volkswagen Tiguan 2.0 TDI com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades por 40.736€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Kodiaq 2.0 TDI com 150 cv e caixa automática DSG de 7 velocidades por 39.860€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Land Rover Discovery Sport 2.0 TDI com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades por 44.161€.
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Este é um capítulo onde o Q5 pode perder para a concorrência. Apesar das qualidades que lhe são intrínsecas, e do equipamento, a diferença para a concorrência, direta ou indireta, é significativa, com um preço que pode dar que pensar.
Ficha Técnica
Motor
Tipo – gasóleo, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1968
Diâmetro x curso (mm) – 81,0 x 95,5
Taxa de compressão – 16,2:1
Potência máxima (cv/rpm) – 150/3250-4200
Binário máximo (Nm/rpm) – 320/1500-3250
Transmissão e direcção – dianteira, caixa manual de 6 velocidades; direção eletromecânica com servo-assistência em função da velocidade
Suspensão (fr/tr) – Eixo Multibraços
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 9,7s
Velocidade máxima (km/h) – 206 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,0/5,2/4,5
Emissões de CO2 (g/km) – 117
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4663/1893/1659
Distância entre eixos (mm) – 2819
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1616/1609
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos ventilados
Peso (kg) – 1660
Capacidade da bagageira (l) – 550 (1550 c/ bancos rebatidos)
Capacidade do depósito (l) – 70
Pneus (fr/tr) – 235/65 R17
Mais/Menos
Mais
Conforto / Chassis / Suspensão / Habitabilidade
Menos
Relação peso/potência / Preço
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 52049€
Preço da versão base (Euros): €
Exterior
De dimensões generosas (4,66 metros de comprimento/1,89 metros de largura/1,66 metros de altura), apresenta linhas elegantes que amenizam a sensação de grandeza exterior, com uma linha de cintura que transmite a ideia de um conjunto menos imponente do que na realidade é. A secção dianteira é visualmente a mais forte, com uma frente expressiva fruto do capot em formato tridimensional e uma redesenhada grelha Singleframe com frisos horizontais que, associada aos grupos óticos definidos, lhe atribui vigor e imponência.
Na lateral sobressai de imediato a distância entre eixos de 2,82 metros e a própria harmonia e elegância do perfil do conjunto. A traseira destaca-se pela bagageira que circunda os pilares C, a par de um difusor em alumínio com uma dupla saída de escape, que lhe atribuem caráter e robustez. No global é um modelo que cativa pela simplicidade, numa imponência amenizada pela suavidade que as linhas lhe atribuem.
Interior
O interior é marcado por materiais agradáveis ao olhar e ao toque. Os adornos decorativos em prata micrometálica que preenchem algumas zonas das portas, tablier e consola central, a par dos próprios puxadores e contornos no volante, seletor e botões, fazem um belo contraste com o preto que dá tom ao habitáculo. A elegância é assim tónica dominante, a par da sensação de espaço em todos os lugares.
A consola central de generosas dimensões não impede que tenhamos espaço para as pernas. Os bancos são muito confortáveis, com várias hipóteses de regulação. O apoio de braços é amplo, extensível e dá para ser partilhado em simultâneo por condutor e passageiro sem que a comodidade seja comprometida. Quando levantado, somos prendados com uma bela zona de arrumação com boas proporções para se colocar carteira e telemóvel, a qual incorpora entradas USB e que, quando deslocada, faz descobrir dois locais extra para a colocação de dois copos. A isto juntam-se também os espaços de arrumação nas portas.
Nos lugares traseiros a sensação de espaço aumenta. Os passageiros podem fazer uma viagem com conforto e à vontade, dado que os bancos são igualmente cómodos – apenas para o passageiro do lugar central traseiro o banco é mais rijo e não tão confortável como os demais. Há ainda pormenores interessantes, como cortinas para o sol nos vidros, uma tomada de 12V na consola central ou a possibilidade de regularem o ar condicionado. Os espaços de arrumação, além de nas portas, são oferecidos por redes colocadas nas costas dos bancos dianteiros.
Os bancos traseiros (com regulação longitudinal) podem ser rebatidos (na proporção 40:20:40), com a bagageira a passar de 550l para uns enormes 1550l.
Em termos de conectividade e infoentretenimento, através do ecrã MMI, podemos aceder a várias funcionalidades: veículo, som, rádio, dispositivos, telefone, navegação, mapa, Audi Connect, Audi Smartphone, ajustes. O ecrã de 8,3” no tablier está bem destacado e pode ser acedido através do stick rotativo na consola central e dos botões que lhe estão próximos (e nos dão acesso direto às opções de navegação/mapas, telefone, media e rádio) ou do volante. Há ainda um outro stick rotativo, mais pequeno, exclusivo para aumentar o volume do rádio ou silênciá-lo. No global temos um interior que joga entre o pragmático e utilitário, sem descurar o requinte de utilização e o conforto de classe
Equipamento
Sistemas de Assistência à Condução e Segurança
De série temos: pre sense city, limitador de velocidade programável, câmara multifunções, travão de estacionamento eletromecânico. Entre os opcionais, destaque para: sensores de estacionamento atrás e à frente, com assistência ao parqueamento 1240€; reconhecimento dos sinais de trânsito 355€; pacote city plus (inclui Audi pre sense rear; sensores de estacionamento atrás e à frente, com assistência ao parqueamento; câmeras 360º; Audi side assist 2755€; head-up display 1155€; cruise control 355€; Audi Virtual Cockpit 590€; pacote MMI navegação (1765€).
Equipamento Opcional
Em termos de opcionais (partindo da versão base), consideramos ter-se em conta, primordialmente, os seguintes: suspensão pneumática adaptativa (2295€); Audi Virtual Cockpit (590€); pacote MMI navegação plus (3320€); bancos em couro e alcantara (1530€); pacote advance (1435€) – inclui pacote porta objetos, retrovisores exteriores elétricos, aquecidos e rebatíveis, sensores de estacionamento atrás e à frente e abertura e fecho eléctrico da bagageira; pacote business (2050€) – inclui sensores de estacionamento traseiros, cruise control com limitador de velocidade, pacote MMI Navegação, computador de bordo top e cortinas laterais traseiras manuais; pacote high tech (1950€) – inclui pacote City, advanced key, assistente de máximos, sistema de som Audi, vidros acústicos; faróis full led (1400€); banco traseiro e deslizante (40:20:40) (415€); teto de abrir elétrico, em vidro panorâmico (1755€) e ar condicionado automático de três zonas (820€).
Consumos
Os consumos realizados foram de 6,8l. No entanto, é necessário notar que são 150 cv a mover um conjunto com 1660 kg de peso, o que obriga a um certo dispêndio de ‘energia’.
Ao volante
O local destinado ao condutor é cómodo e tudo está à nossa disposição. O volante é de imediato uma agradável surpresa e espelha bem a aura interior, sendo bastante ‘despido’, visualmente apelativo, permitindo-nos aceder a uma série de funcionalidades sem dele retirarmos as mãos – atender chamadas, aceder à navegação, aumentar o volume do rádio, aceder ao painel de instrumentos ou ao comando por voz.
A visibilidade é outro dos aspetos que se destaca, e, apesar de obviamente os SUV terem uma posição de condução elevada, fruto das suas características, a relação desta com as proporções do Q5 parece estar no ponto de equilíbrio exato para colocar o condutor numa relação privilegiada com a estrada.
O Audi Q5 é um modelo muito equilibrado. O comportamento em estrada é um franco agrado, com uma grande nota mais para o conforto, fruto de um trabalho exímio da suspensão que, em consonância com o chassis, nos transmite um conjunto que gera um reduzido movimento de massas em curva. A suspensão absorve todo o tipo de irregularidades, gerando um conforto em toda a linha para todos os ocupantes.
No entanto, a presente versão, com motor 2.0 TDI de 150 cv, fica a dever algo em potência nesta proposta de entrada de gama. O conjunto de generosas dimensões e um peso de 1660 kg exige do bloco de quatro cilindros diesel, e apesar de alocado a uma caixa manual de 6 velocidades que agrada, e permite uma boa gestão das relações, nota-se que seriam bem vindos algo mais que os 150 cv disponíveis. Ainda assim não esquecer que esta é uma proposta de entrada de gama.
Nesse sentido, há a considerar a opção de 190 cv, disponível unicamente com tração integral, na versão com caixa manual de 6 relações, que, por mais 7619€, se apresenta muito mais conforme à arquitetura do Q5. Potência bem vinda, num modelo de cariz familiar, e que por isso com propensão a circular-se com vários ocupantes regularmente e, à partida, bagagem. Outra nota, é que a opção pela caixa automática, é sempre um bom aliado neste particular.
Claro que aí já falamos de uma proposta com custos superiores face à versão do presente ensaio que, contudo, não se pense que não dá conta do conjunto. Numa utilização quotidiana, agrada e não compromete. Voltemos por isso ao Q5 de 150 cv e caixa manual de 6 velocidades…
Os travões adequam-se às exigências e apenas na direção sente-se o peso do conjunto e o ‘deslocar’ dos pneus 235/60 R18 em manobras a baixa velocidade. Esta poderia também dar-nos um maior conhecimento da estrada.
O Drive Select oferece-nos cinco modos – Individual, Offroad, Comfort, Dynamic, Auto – sendo o auto (gestão automática mediante o andamento imprimido) o mais aconselhável para o dia a dia. Numa experiência offroad, em piso de terra algo degradado e, aqui e ali, com buracos devidamente pronunciados, a satisfação não poderia ser maior. A forma como o Q5 encara o mau piso anula quase a diferença entre circularmos em alcatrão ou em terra. Permite-nos chegar aos 100 km/h com todo o conforto e como se não tivéssemos saído do asfalto. Uma maravilha. No geral é um modelo que permite circular-se com um grande de sorriso no rosto em todos os ocupantes e nos transmite a sensação de domínio do asfalto, na conta, peso e medida certas.
Concorrentes
Entre a concorrência destaque para:
Volkswagen Tiguan 2.0 TDI com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades por 40.736€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Kodiaq 2.0 TDI com 150 cv e caixa automática DSG de 7 velocidades por 39.860€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Land Rover Discovery Sport 2.0 TDI com 150 cv e caixa manual de 6 velocidades por 44.161€.
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Este é um capítulo onde o Q5 pode perder para a concorrência. Apesar das qualidades que lhe são intrínsecas, e do equipamento, a diferença para a concorrência, direta ou indireta, é significativa, com um preço que pode dar que pensar.
Motor
O Audi Q5 está neste momento disponível com motores TDI ( 2.0 de 150 cv e 190 cv e 3.0 de 286 cv) e TFSI (2.0 com 252 cv). Em termos de níveis de equipamentos estão disponíveis as linhas Base, Sport e Design. Há ainda o pacote desportivo S line e os pacotes de equipamento Advance, Business Line e High Tech. A diesel os preços começam nos 52.049€ para a versão 2.0 TDI de tração dianteira e caixa manual de 6 relações, no caso, a do presente ensaio. Já a gasolina está unicamente disponível a versão 2.0 TFSI quattro S tronic a partir de 64.709€.
Balanço final
O Audi Q5 exibe as valências da marca dos quatro anéis. Qualidade de construção, conforto e prazer ao volante são sensações garantidas, assim como um bem estar a bordo inegavelmente apreciável, num habitáculo em que espaço não falta. No entanto, a proposta de entrada de gama, com motor 2.0 TDI de 150 cv, associado a uma caixa manual de 6 velocidades, apresenta algumas limitações de potência dado o seu peso – 1660 kg – que podem fazer justificar despendermos algo mais pela proposta mais encorpada imediatamente acima, de 190 cv, disponível com tração integral unicamente. A isto junta-se um preço final mais elevado que a concorrência que pode dar que pensar. No entanto, o Audi Q5 tem uma identidade própria. É uma proposta equilibrada e direcionada para registos tranquilos e em família, proporcionando sempre belas viagens, sozinho ou acompanhado. No global, um belo representante no capítulo dos SUV compacto premium.
Conforto / Chassis / Suspensão / Habitabilidade
Menos
Relação peso/potência / Preço
Ficha técnica
Motor
Tipo – gasóleo, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1968
Diâmetro x curso (mm) – 81,0 x 95,5
Taxa de compressão – 16,2:1
Potência máxima (cv/rpm) – 150/3250-4200
Binário máximo (Nm/rpm) – 320/1500-3250
Transmissão e direcção – dianteira, caixa manual de 6 velocidades; direção eletromecânica com servo-assistência em função da velocidade
Suspensão (fr/tr) – Eixo Multibraços
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 9,7s
Velocidade máxima (km/h) – 206 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,0/5,2/4,5
Emissões de CO2 (g/km) – 117
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4663/1893/1659
Distância entre eixos (mm) – 2819
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1616/1609
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos ventilados
Peso (kg) – 1660
Capacidade da bagageira (l) – 550 (1550 c/ bancos rebatidos)
Capacidade do depósito (l) – 70
Pneus (fr/tr) – 235/65 R17
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