Jeep Compass 1.6 Multijet 120 cv 4×2 – Ensaio
Jeep Compass 1.6 Multijet 120 cv 4×2
Texto: João Tomé
Um valor seguro da Jeep chamado Compass
A Jeep mantém aposta nos SUV compactos, com a segunda geração do Compass. O aspeto é americano, está mais moderno e aliciante do que nunca, mas (ainda) não é perfeito.
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A Jeep está bem e recomenda-se, ao ponto apresentar uma rentabilidade notável no seio do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA). O Compass está entre o pequeno e muito eficaz e convincente Renegade (foi o primeiro modelo que resulta das parcerias do novo grupo) e o, maior, Cherokee. Dando, assim, o ‘alimento’ necessário para fazer a Jeep crescer no meio que é o seu, dos jipes (4×4) e SUV.
Como rivais, o Compass pelo seu tamanho e tipo de carroçaria enfrente o Kia Sportage, o Seat Ateca, o Renault Kadjar, o Nissan 3008 ou o Nissan Qashqai – o segmento dos SUV compactos está ao rubro!
Bem longe dos tempos do primeiro Compass, de 2007, que resultava numa parceria entre Mercedes e Mitsubishi, o novo Compass é muito mais aliciante do ponto de vista estético. Menos retilíneo do que o Renegade e mais próximo da estética do Cherokee, a famosa grelha frontal de sete entradas mostra-nos que este é um verdadeiro Jeep. O tejadilho em preto, que contrasta com a cor do resto da carroçaria (neste caso vermelho) também o torna mais distintivo e dá-lhe um aspeto mais baixo do que ele é. Não lhe falta personalidade.
A plataforma é a mesma do Renegade, com mais 12 cm do que o pequeno irmão, o que lhe dá 4m39 metros de comprimento e uma eficácia notável. O interior vem do Cherokee, o que até é positivo, não faltando elementos típicos do ADN da Jeep. Além de um volante grosso e bem conseguido, os materiais usados têm qualidade, a posição de condução elevada é ótima e tudo está ao alcance do condutor. Os bancos em pele, não sendo poltronas de luxo, têm conforto de bom nível e não falta espaço para quatro ocupantes.
O ecrã multimédia tátil é completo e funciona bem, como um tablet (é dos melhores dentro do género e inclui um útil botão para desligar o ecrã – dá jeito na condução à noite). A versão que testámos tinha a versão de 8,4 polegadas de alta definição e já com Android Auto a Apple CarPlay, mas há uma mais em conta de de 5,7 polegadas. A bagageira, com 438 litros, é versátil e tem um fundo falso que dá para adaptar com alturas diferentes.
Comportamento
O comportamento, à semelhança do que já sentimos com o Renegade, é surpreendente para um SUV, especialmente no equilíbrio e agilidade que demonstra nas curvas. A direção também é convincente e não desilude, embora não transmita grandes sensações da estrada. O Compass, também por ser maior, consegue ser mais suave e confortável do que o Renegade. É eficaz a travar, às vezes até demais.
O travão de ‘mão’ automático, apesar do nome não se desliga automaticamente, quando arrancamos, o que é pena, mas nada que prejudique em demasia os excelentes argumentos que o Compass evidencia.
A caixa manual de seis velocidades também cumpre bem a sua missão. Conduzimos a versão base do motor a diesel de 1.6 litros, com 120 cv, apenas com tração dianteira (há a opção 4×4, com mais argumentos em todo o terreno). Com acelerações e recuperações bem razoáveis, mesmo neste motor diesel menos potente, o Compass só não passa no crivo da insonorização.
O motor diesel é demasiado audível no interior do habitáculo, o que é de lamentar num veículo repleto de argumentos convincentes. Os consumos são razoáveis, com médias entre cidade e autoestrada a aproximarem-se dos 6l/100 km. A suspensão não é das mais eficientes a nível de conforto, mas não compromete.
Só fora de estrada, especialmente em subidas mais pronunciadas, é que o motor – e a ausência, nesta versão, de tração integral –, sofreu mais para conseguir cumprir. Mas quem quer um Jeep mais jipe tem motores mais potentes e a opção de escolher a versão 4×4.
Veredito
Com uma estética ao estilo Jeep bem atrativa e um ar aventureiro bem presente, o Compass tem muito para se elogiar. Além do exterior moderno e a respeitar a tradição Jeep, o interior é convincente (incluindo em tecnologia de segurança), o motor diesel de 120 cv chega bem para o dia a dia em asfalto e a agilidade é cativante, só peca na insonorização – também podia ser mais suave em estradas em pior estado. Ainda assim, a Jeep parece estar no bom caminho e é um player a ter em conta no maravilhoso mundo dos SUV, que continua a crescer (em vendas e opções).
FICHA TÉCNICA
Motor
Tipo – 4 cilindros em linha, turbo
Cilindrada (cm3) – 1598
Potência máxima (cv/rpm) – 120/3750
Binário máximo (Nm/rpm) – 320/1750
Transmissão e suspensão
Tipo Transmissão – manual de seis velocidades
Suspensão (fr/tr) – tipo McPherson / tipo McPherson
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 10,7
Velocidade máxima (km/h) – 188
Consumo misto (l/100 km) – 4,4
Emissões de CO2 (g/km) – 117
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4394 / 1819/ 1635
Peso (kg) – 1519 kg
Capacidade da bagageira (l) – 438
Depósito de combustível (l) – 60
Preço da versão ensaiada (Euros) €33.001
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 33001€
Preço da versão base (Euros): €
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