Hyundai Kauai: tudo sobre o novo modelo
Apresentação Internacional: Hyundai Kauai
Texto: André Duarte ([email protected])
Chegar para vencer
Os SUV representam um dos pilares centrais da Hyundai e para reforçar a aposta nesse segmento, a marca tem um novo membro na família. Chama-se Kauai e chega ao mercado em novembro com um preço de lançamento de fazer franzir o sobrolho… várias vezes. O AutoSport esteve presente na apresentação internacional, em Barcelona, e dá-lhe a conhecer todos os pormenores nas próximas linhas.
Design, tecnologia e dinâmica foram os elementos centrais no desenvolvimento deste SUV do segmento B. Um modelo criado sob o mote “You drive it. You define it” e destinado a um público moderno, jovem, exigente e atento às novas tendências.
Esta proposta amplia para quatro (juntando-se ao Grand Santa Fe, Santa Fe e Tucson) a oferta SUV da Hyundai, que almeja ser a marca asiática nº 1 na Europa até 2021. Disponível com duas motorizações a gasolina na fase de lançamento, 1.0 T-GDi e 1.6 T-GDi, a marca teve especial atenção à concorrência, de forma a apresentar uma proposta o mais competitiva possível. Desse modo, a versão 1.0 tem um preço base de 20.150€ e a 1.6 de 29.250€ (ambos sem despesas de logística e pintura metalizada).
Porém, a campanha de lançamento abate o preço em 2000€, com o 1.0, modelo que a marca acredita que irá garantir 95% a 98% do total de vendas em Portugal, a ficar nos 18.150€. Mas não é tudo. Se o cliente optar por recorrer ao financiamento da própria marca, há um acréscimo na redução do preço em mais 1250€. Em suma, a Hyundai coloca assim no mercado um SUV do segmento B, com uma motorização que garante 120 cv e um nível equipamento de respeito (as campanhas em vigor, até 31 de dezembro, incluem uma oferta extra de equipamento) por um muito competitivo preço de 16.900€. Número que posiciona desde o primeiro momento o Hyundai Kauai como um concorrente de peso no mercado nacional.
Exterior
O Kauai é um modelo compacto (largura 1,80m; altura 1,55m; comprimento 4,16m; distância entre eixos 2,60m; distância ao solo de 17cm) que se apresenta com uma estética arrojada e laivos de off road, cunho garantido pela linha acentuada na lateral, a proteção inferior do pára-choques na traseira, os aros nas cavas das rodas e as barras de tejadilho. Detalhes que conferem personalidade a um conjunto globalmente marcado por um design de linhas modernas e cativantes.
A frente é aguerrida e ostenta a nova grelha, em cascata, da marca, a par de faróis duplos, com luzes LED de circulação diurna posicionadas por cima dos faróis LED, enquanto as cortinas de ar no pára-choques contribuem para melhorar a aerodinâmica ao reduzirem a turbulência nos arcos das rodas. Na traseira sobressaem os contornos dos piscas e luzes de marcha atrás, a par dos faróis traseiros slim em LED e do aileron traseiro que integra a luz de travagem superior em LED.
Característica deste modelo, a personalização, é garantida no exterior por 10 cores de carroçaria – Phantom Black, Chalk White, Lake Silver, Dark Knight, Pulse Red, Tangerine Comet, Acid Yellow, Blue Lagoon, Ceramic Blue e Velvet Dune – e duas de tejadilho – preto e banco – garantindo assim um amplo leque de possíveis combinações. A compor o conjunto estão as jantes de liga leve de 18’’ bi-color (235/45R18), 17’’ (215/55R17) ou 16’’ (205/60R16).
Interior
O interior transporta a ideia do exterior, de um modelo jovial, pragmático e moderno. Uma vez no habitáculo, a personalização volta a assumir particular destaque, através das opções Orange, Lime ou Red que podem ornar as molduras das saídas de ventilação, a zona circundante da alavanca das velocidades, o anel do botão para ligar o motor e os pespontos dos assentos e volante. As tonalidades Lime e Red são ainda opção para personalizar os cintos de segurança (único modelo do segmento que o permite, segundo avança a marca), bem como a manete interior das portas e os raios do volante.
O habitáculo reveste-se de agradáveis materiais, com nota mais em termos de cotas de habitabilidade, tanto nos lugares dianteiros como traseiros (para o que contribui a nova plataforma, K2, e os seus 2,60m de distância entre eixos). À frente o espaço para as pernas é de 1054mm e atrás de 880mm. Nas portas há espaço para garrafas até 1,5l. A bagageira proporciona 361l, aumentando para os 1143l com os bancos traseiro rebatidos (na proporção 60:40).
O ecrã tátil tipo flutuante no tablier, disponível de 5” a 8’’ (opcional), integra todas as funcionalidades de navegação, media e conectividade, estando devidamente posicionado para uma fácil consulta das informações por parte de quem segue ao volante. Há ainda à disposição volante aquecido (opcional), chave inteligente com botão on/off permite, bancos elétricos (com oito posições de ajuste e duas de apoio lombar) e sistema de ventilação com três níveis, que a marca destaca como sendo uma característica única no segmento.
Conectividade e infoentretenimento
Neste capítulo, cada vez mais importante nos dias de hoje, a novidade está no Display Áudio, o qual permite aos passageiros poderem escolher passar o conteúdo dos seus smartphones para o ecrã tátil de 7” através do Apple CarPlay e Android Auto. Com esta funcionalidade podem utilizar a navegação do smartphone, fazer chamadas, ditar mensagens e ouvir as músicas favoritas. Está ainda disponível, como opcional, o carregador wireless para smartphones (Qi standard) que permite carregar o telemóvel em viagem.
Para quem opte pelo sistema de navegação de 8”, que inclui câmara de marcha-atrás com orientações dinâmicas, acresce a subscrição dos serviços LIVE (oferece informação atualizada em tempo real sobre meteorologia, trânsito e radares) durante 7 anos, mapas 3D e Lifetime Mapcare TM com um mapa anual gratuito e atualizações de software incluídas. Já o Áudio Standard cinge-se a um ecrã tátil LCD de 5” que inclui rádio, Bluetooth e porta USB .
Existe ainda um ecrã informativo localizado no centro do painel de instrumentos entre os dois mostradores, disponível com um display LCD Mono TFT de 3.5” (standard) ou um display TFT a cores de 4.2” (opcional).
Para os apreciadores de música, há também um forte argumento deste novo modelo, o sistema de som premium da Krell composto por oito colunas, incluindo dois tweeters de 20mm, quatro colunas woofer de 160mm, uma coluna central de 100mm e subwoofer com 200mm, a par de um amplificador de oito canais que entrega 45 Watt por canal para maximizar a experiência de áudio dentro do carro.
Motorizações e componentes mecânicas
Na fase de lançamento o Kauai surge apenas com motores turbo a gasolina: 1.0 T-GDi de três cilindros com 120 cv, tração dianteira e transmissão manual de seis velocidades; 1.6 T-GDi de quatro cilindros com 177cv, tração integral (assiste o condutor em qualquer situação com binário de até 50% nas rodas traseiras) e caixa 7DCT. O bloco 1.6l garante um registo de 7,7s dos 0 aos 100km/h.
Para 2018 o modelo irá receber uma nova geração do motor diesel 1.6l CRDi com dois níveis de potência: 115 cv com tração dianteira e caixa manual de 6 relações; 133 a 136 cv (ainda não está definido) com tração dianteira ou integral e caixa 7DCT. Devido à introdução dos novos testes de consumo e emissões, WLTP, em setembro passado, a marca preferiu aguardar para saber quais as alterações que irá sofrer a legislação e só depois lançar a sua gama diesel. No próximo ano irá também surgir um Kauai totalmente elétrico, não estando previstas quaisquer versões híbridas.
A possibilidade do Kauai contar com uma versão de tração integral e ter na bagagem uma proposta elétrica deve-se à utilização da nova plataforma, K2, derivada do Elantra. Já na conceção da carroçaria foi utilizado 51 % de aço de elevada resistência, algo que garante maior rigidez de torção, enquanto a grande utilização de hot stamping e 115 metros de adesivo estrutural aumentam a sua rigidez e reduzem o peso (1233 kg versão 2WD e 1401 kg versão 4WD). Em termos de suspensão, além do sistema McPherson à frente, a versão de tração dianteira conta com barra de torção no eixo traseiro, enquanto a de tração integral equipa um eixo traseiro multi-link.
Sistemas de assistência à condução
Em termos de sistemas de segurança e assistência à condução o maior destaque vai para a inclusão do head-up display, uma novidade na Hyundai, no caso, de 8”. A par disso, o Hyundai SmartSense, entre equipamento de série e opcional, garante: travagem autónoma de emergência com deteção de peões, sistema de manutenção na faixa de rodagem (de série), faróis full LED com sistema de controlo automático dos máximos e luz de iluminação em curva (estática), alerta de fadiga do condutor (de série), detetor de ângulo morto e alerta de tráfego na retaguarda do veículo.
Primeiro contacto
As linhas exteriores deixam de imediato uma agradável sensação visual. Percebemos que estamos diante de um modelo com um design arrojado e a apontar ao futuro. Uma ideia ajudada pela conjugação da cor da carroçaria em contraste com a tonalidade do tejadilho e os plásticos pretos que o revestem de uma imagem descontraída, moderna e aventureira. Aquando no interior percebemos que as características percecionadas com a porta ainda fechada, continuam a acompanhar-nos.
Premindo o Start & Stop, damos início à viagem com o bloco 1.0l a gasolina, aquele que a marca acredita que em Portugal irá garantir 95% a 98% das vendas à luz das duas propostas existentes nesta fase inicial. O três cilindros de 120 cv de imediato revela-se um bloco que suporta bem as necessidades do conjunto, com um binário adequado, a que se junta uma caixa manual de 6 velocidades bem escalonada, com as relações a terem uma interessante faixa de utilização. A suspensão joga também a seu favor e a direção apresenta-se em sintonia com os demais elementos.
É, no fundo, um modelo que garante uma imagem distintiva aos seus ocupantes, e se adequa bem a vários ambientes, tanto num passeio citadino, como numa incursão a pisos fora de estrada, obviamente, desde que não muito exigentes nesse particular. À luz dos quilómetros que o primeiro contacto nos proporcionou, entendemos ser, para o dia a dia, uma proposta racional que ganha contornos de franco peso à luz do preço de lançamento, que se pode cifrar nos 16.900€. Já quanto à versão 1.6l, os apenas 10 km realizados mal deram para ‘aquecer’. Porém, o brevíssimo teste deixou no ar a ideia de uma resposta decidida a um pisar fundo do acelerador e de uma caixa, 7DCT, que agrada numa utilização urbana, mas, de facto, não foi possível aferir muito mais. Resta esperar pela chegada do modelo a Portugal, para um contacto mais apurado, depois uma uma breve e agradável primeira impressão.
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