Marcas apostam em subcompactos com tecnologia de gama alta

Modelos novos, mais tecnologia e ênfase na personalização estão a ajudar fabricantes de automóveis como a Volkswagen, Ford e Nissan a aumentar as suas vendas e extrair mais rentabilidade das suas gamas mais baixas através de versões mais caras e melhor equipadas.

Com 1,7 milhões de unidades vendidas, o hatchback subcompacto manteve-se como o tipo de veículo mais vendido na Europa durante a primeira metade de ano. Vendas aumentaram 5% e representam actualmente 21% do mercado total europeu (informação JATO Dynamics ).

O aumento das vendas ocorreu apesar do lançamento de novas gerações do Volkswagen Polo e Ford Fiesta (segundo e terceiro na lista de mais vendidos, respectivamente). Estes novos modelos pressionarão o Renault Clio, o subcompacto mais vendido na Europa.

Os novos Polo e Fiesta disponibilizam opções de equipamento que incluem as mais recentes inovações tecnológicas. As marcas apostaram em consumidores do segmento que procuram equipamento normalmente disponível apenas em gamas mais altas. Resultados empíricos mostram que os fabricantes decidiram correctamente.

De acordo com informação da JATO Dynamics, tem-se verificado um aumento da procura por subcompactos mais caros. Dados recolhidos no mercado alemão demonstram que subcompactos comercializados entre 17.000 e 20.000 euros, dos mais caros da gama, representaram 34% das vendas do segmento durante a primeira metade do ano, um aumento de 5 pontos percentuais comparativamente com o período homólogo do ano passado.

VW Polo (2018) – Assistência ao estacionamento

A tendência também se verificou no Reino Unido, a procura por subcompactos mais caros aumentou, enquanto as vendas de versões mais baratas diminuíram. Em contraste, no Sul da Europa as versões base foram as mais vendidas, principalmente devido às frotas de veículos de aluguer de curta duração.

Segundo Felipe Munoz, analista da JATO Dynamics, “é um segmento tradicional, mas mesmo assim os consumidores procuram veículos mais refinados e melhor equipados.”

Apesar do grande avanço tecnológico no segmento dos subcompactos, um aspecto resiste à evolução, segundo a JATO, 94% dos veículos vendidos na primeira metade do ano estavam equipados com transmissão manual em vez de automática.