Ensaio: Nissan Juke N-Connecta DIG-T 115
A Nissan propõe para o Juke um maior nível de personalização, introduzindo a série especial N-Connecta, com um equipamento reforçado, tornando o crossover japonês mais exclusivo em termos de imagem
À medida que um automóvel vai ganhando idade, a marca vai introduzindo melhoramentos para manter o carro interessante junto do público. No caso do Nissan Juke, o seu design exclusivo continua atual o suficiente para a marca japonesa não necessitar de muitas ‘invenções’ para rejuvenescer o carro. Aliás, as formas do Juke até jogam a seu favor na criação de edições especiais, contribuindo para dar alguma exclusividade às séries especiais.
Neste caso, a Nissan introduziu a versão N-Connecta, que acrescenta muito equipamento adicional, na prática tornando cada exemplar do carro um modelo único. As principais mudanças são a nível estético, com cores exclusivas para elementos decorativos da carroçaria, bem como novos faróis em LED para condução diurna. No interior, as hipóteses de personalização são ainda maiores, incluindo várias cores para os revestimentos em pele e elementos cromados.
O equipamento é excelente para um automóvel do seu género e com o seu preço, não só por causa dos revestimentos em pele, mas também pelo equipamento de informação e entretenimento, com uma evolução do sistema Nissan Connect, controlado através de um ecrã tátil de 5,8 polegadas, que tem não só os controlos do rádio, navegação e computador de bordo, mas também melhora a segurança nalgumas manobras, graças à câmara de visão traseira, ideal para contrariar a fraca visibilidade traseira que sempre fui algo a rever no Juke.
Mesmo com o nível N-Connecta, o Juke continua a ser um carro individualista. O automóvel japonês tem uma posição de condução apropriada, pelo que o condutor está sempre confortável, mas o banco traseiro continua a ser pequeno no espaço para as pernas e para a cabeça. A bagageira já e mais interessante e versátil, com mais de 350 litros de capacidade.
Dois motores estão disponíveis nesta versão, o tradicional dCi 110 em que mais pessoas devem estar interessadas, mas neste caso o motor gasolina, o 1.2 DIG-T, com injeção direta e turbo, é mais interessante. A potência de 115 cv é mais que suficiente, até porque o binário está disponível logo às 2000 rpm, conseguindo boas recuperações, apesar do peso algo elevado do Juke. Mesmo os consumos não desiludem, com o motor a gasolina a permitir uma média na casa dos sete litros, talvez um pouco menos se o condutor conseguir manter um controlo mais apertado sobre o seu andamento. Com o motor 1.2 turbo e campanha de desconto com retoma do carro usado, o Juke N-Connecta pode ser adquirido abaixo dos 18 mil euros.
Ficha Técnica
Motor 4 cil., 16 v., inj. direta e turbo, 1197 cm3
Potência 115 cv/4500 rpm
Binário 190 N.m/2000 rpm
Transmissão Dianteira, cx. man. 6 vel.
Suspensão McPherson à frente e eixo de torsão atrás
Travagem DV/D
Peso 1307 kg
Mala 354 litros
Depósito 46 litros
Velocidade máxima 178 km/h
Aceleração 0 a 100 km/h 10,8s
Consumo médio 5,6 l/100 km
Consumo médio AutoSport 7,2 l/100 km
Emissões CO2 129 g/km
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