A Lotus está à venda?
O Grupo Lotus poderá mudar de proprietário no futuro, ou pelo resultar numa associação entre o atual proprietário e um construtor com acesso ao mercado mundial. A Geely apressou-se a negar um rumor que ia adquirir parte da empresa malaia DRB-Hicom, onde estaria incluído o controlo da Lotus e da Proton, mas não negou que uma parceria seria interessante. Seja como for, os malaios continuam à procura de um investidor sério que possa adquirir uma parte da empresa.
A Proton, construtor automóvel fundado pelo governo da Malásia, adquiriu a Lotus em 1996, mas nunca soube tirar partido das capacidades de engenharia do construtor britânico, continuando a produzir clones de veículos Mitsubishi sob licença durante anos. Depois de uma tentativa de aquisição por parte da VW, o controlo da Proton, incluindo a Lotus, foi dado à Hicom, envolvida na distribuição e produção sob licença de outras marcas no sudeste asiático.
Com uma importância reduzida fora do país de origem, mantendo uma presença residual no Reino Unido, a Proton tem aproveitado a Lotus para transformar a antiga tecnologia da Mitsubishi em automóveis originais, com melhor comportamento dinâmico e motores mais eficientes, mas ninguém no mundo ocidental prestou atenção e a Lotus continuou a fazer o construtor malaio perder dinheiro, mesmo com a divisão de engenharia da Lotus.
Prestámos, no entanto, atenção aos planos megalómanos de Dany Bahar, revelados em 2010, de transformar a Lotus numa rival direta da Porsche, Ferrari e Aston Martin, com quatro protótipos que nunca chegaram à produção. Bahar foi despedido em 2012, quando a Hicom tomou conta das operações, e a Lotus continuou a produzir os mesmos modelos, o Elise (desde 1996), o Exige (desde 2000) e o Evora (desde 2009), com motores Toyota ligeiramente modificados.
A Geely poderia aproveitar a divisão de engenharia da Lotus no desenvolvimento de nova tecnologia não só para a Volvo mas também para a nova marca de carros elétricos e autónomos Lynk & Co. A Proton, por seu lado, poderia ter acesso à distribuição mundial da Volvo para alguns dos seus modelos. A Geely não está interessada em acrescentar a marca Proton ao seu portfólio, mas os malaios avançam que têm mais quatro propostas para analisar, tendo como objetivo internacionalizar a Proton e ter lucro com a Lotus.
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