ENSAIO: BMW X1 sDrive 18d

By on 16 Maio, 2016

Tendo em conta o sucesso comercial da versão anterior do X1, este novo modelo tem responsabilidades acrescidas, mas a nova plataforma e os novos motores devem permitir dar boa sequência ao que o modelo anterior alcançou…

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Com este novo BMW X1 sDrive de tração dianteira, a marca bávara continua a mudar de paradigma na procura por uma maior eficiência de consumos de combustível e aproveitamento de espaço. Para o público, o que importa é que é muito agradável de guiar, os consumos são baixos E embora aumentem o preço, gostamos dos extras que podem ser incluído. Num nicho de mercado muito forte, o X1 renasce com argumentos renovados, está agora mais pequeno, mas também mais largo e alto que o seu antecessor, num modelo que dá muito ‘ares’ aos big brothers X3 e X5, ao mesmo tempo que segue a mesma direção técnica dos rivais Audi Q3, Mercedes GLA e Range Rover Evoque.

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Esteticamente o carro foi bem conseguido, a habitabilidade melhorou claramente e, num mundo cada vez mais ‘ligado’ em rede, este carro acompanha bem essa tendência, com um bom nível de conectividade. O interior, no entanto, é menos vistoso do que se podia supor, e a lista de equipamento onera bastante o modelo, por exemplo, nesta versão o valor sem opcionais queda-se pelos 42 700 € mas quando começamos a montar o carro no configurador, rapidamente podemos ultrapassar os 60 mil no preço final.

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A vantagem de ter uma plataforma de tração dianteira é que permite aproveitar melhor a arrumação de todos os componentes de modo a melhorar a vida a bordo. E é precisamente aí que o X1 ganhou. Mesmo sendo um carro mais pequeno por fora, a habitabilidade é melhorada em quase toda a linha, com bancos dianteiros (que revelam ser um pouco estreiros) com uma maior amplitude movimento e a montagem de um bom número de compartimentos de arrumação.

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Nos bancos traseiros, o túnel de transmissão (que só está ocupado nas versões xDrive), os passageiros acomodam-se bem, mas o bando do meio ainda tem pouco espaço para as pernas. O painel de instrumentos é bastante intuitivo, ainda que a posição do joystick de comando esteja demasiado atrás, o que obriga a alguma ginástica do braço.

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O X1 tem um ‘pisar’ forte, embora no mau piso se note alguma aspereza da suspensão. Numa viagem mais longa e por estradas mais sinuosas, o condutor também vai notar algum cansaço, devido a uma coluna de direção onde a atuação do sistema de direção assistida não se faz sentir com a leveza que devia. O rolamento da carroçaria não é demasiado evidente, mesmo quando afinamos os amortecedores para o modo de utilização mais confortável.

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O motor 2.0 de 150 cv chega para as ‘encomendas’, apesar da tonelada e meia do X1. Tem um comportamento suave, com uma curva de binário que está quase constantemente disponível. Caso não abusemos do acelerador, é muito fácil controlar os consumos e mantê-los em níveis simpáticos para a carteira, à volta dos 6 litros por cada 100 Km. Em resumo, este X1 dá gosto conduzir, está agora mais virado para a ‘família’, devido à habitabilidade e à versatilidade, é económico e confortável o suficiente. Provavelmente, quem não precisar tanto do espaço, nem sequer precisa de pensar no X3…

Preço 42 698€

65 617€ full extras

Motor: 4 cil. em linha, Injeção direta, Common Rail, Turbo Diesel, 1995 cm3

Potência: 150 cv/4000 rpm

Binário: 330 Nm/1750-2750 rpm

Transmissão: dianteira, cx. aut. 8 veloc.

Suspensão: MacPherson, eixo de torção

Travagem: DV/DV

Peso: 1545 kg

Mala: 505-1550 l

Depósito: 51 l

Vel. máx.: 205 km/h

Aceleração 0-100 km/h: 9,2s

Consumo médio: 4,3 l/100 km

Consumo: médio AutoSport: 6,0 l/100 km

Emissões de CO2: 114 g/km