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Kia cee’d SW 1.6 CRDi 136 cv GT Line – Poder de atração

By on 27 Dezembro, 2015

O semblante desportivo da versão GT Line da cee’d SW não deixa ninguém indiferente. Gira, fácil de utilizar e espaçosa, a carrinha da Kia é uma boa opção para fugir da monotonia em família

Já diz o ditado que aquilo que os olhos gostam, o coração compra. E logo por aí a coreana Kia tem metade do trabalho feito na tentativa de atrair os consumidores para as novas versões GT Line, acompanhadas por uma ligeira reformulação da gama cee’d que as recebe. Disponível em três tipos de carroçaria (cinco portas, três portas e carrinha), optamos pela última por ser aquela que mais se identifica com o mercado nacional. E a verdade é que não nos sentimos defraudados – longe disso.

As bonitas jantes de 17 polegadas, os vidros escurecidos e a dupla ponteira de escape são o remate perfeito para as linhas dinâmicas que fluem até à traseira. A frente, arrojada, apresenta a grelha (pintada de negro e com acabamentos cromados na versão GT Line) comum a todos os modelos da marca, mas conta agora com uma nova malha oval que realça o seu caráter desportivo. Sobressai ainda pelo conjunto de quatro LED que dão corpo às luzes diurnas e pintam cada uma das extremidades do para-choques dianteiro, mais angular e amplo na reformulação operada pela Kia. E igualmente pelos acabamentos cromados que passam a envolver as luzes de nevoeiro. A traseira também foi ligeiramente aprumada e apresenta desta feita farolins em LED que melhoram a assinatura visual do modelo.

 

O KIA Cee’d SW inclui a tradicional garantia da marca de sete anos ou 150 000 km

 

CONFORTÁVEL

O interior do cee’d mantém-se harmonioso, com os materiais sólidos a misturarem-se com os acrílicos. Esta versão GT Line acrescenta ao já extenso equipamento de série (MP3 e Bluetooth fazem parte da gama desde o modelo base) soluções como o ar condicionado automático bi-zona com ventilação traseira, bancos dianteiros com ajuste em altura e da zona lombar, espelhos retrovisores elétricos aquecidos, o apoio de braço traseiro com suporte para copos, volante e fole da caixa de velocidades em couro, e bancos específicos em tecido e pele. Mas também travão de mão elétrico, cruise control com limitador de velocidade, sensor de luz, pedais em alumínio e o ‘Navigation Pack’ que inclui o sistema de navegação e a câmara e os sensores de estacionamento traseiros.

Ao volante, o comportamento é sempre muito neutro e confortável, embora a traseira tenha tendência para levantar nas travagens em apoio. Mesmo equipado com jantes de 17 polegadas, a renovada suspensão (conta com novos batentes e uma alteração à barra estabilizadora traseira) do cee’d SW filtra de forma assertiva as irregularidades da estrada, enquanto os três modos (‘Comfort’, ‘Normal’ e ‘Sport’) da direção elétrica garantem que podemos ajustar a sensibilidade do volante aos nossos ímpetos, ora mais entusiasmantes e virados para a condução desportiva; ora mais apaziguadores e indicados para uma verdadeira viagem em família. A facilidade de condução é mesmo a nota dominante, e talvez isso explique a ‘leveza’ da direção elétrica no modo ‘Comfort’ ou a posição de condução elevada, mesmo com o banco o mais para baixo possível.

 

Todas as versões cee’d são produzidas na fábrica da marca em Žilina, Eslováquia

 

Debaixo do capot também existem mudanças: além do novo sistema de injeção de alta pressão e da bomba de óleo de doseamento variável com comando permanente, o motor a gasóleo 1.6 CRDi ganhou mais 4 cv de potência e um novo sistema de vectorização do binário. Os seus 136 cv fazem-se sentir às 4000 rpm, enquanto o binário máximo de 285 Nm (em vez de 265 Nm) exprime-se mais cedo, entre as 1500 e as 3000 rpm. Se os ganhos ao nível do desempenho são notórios, já o consumo médio de 4,0 l/100 km parece-nos exagerado. Não é difícil rodar nos 5,5 litros a um ritmo cuidado, mas numa condução normal ficamo-nos pelos 6,0 litros. Nesta atualização do cee’d SW, os técnicos da Kia reforçaram ainda todas as versões do seu familiar médio com uma maior percentagem de materiais isolantes, o que significa que a insonorização foi melhorada. Nas variantes Diesel, tal aplica-se ao bloco do motor, cárter e filtro de partículas, enquanto o sistema de ventilação e o painel do tablier recebeu uma maior quantidade de espuma anti-vibrações.

O aproveitamento da distância entre eixos de 2,65 m e o espaço para os ocupantes da segunda fila é uma das grandes vantagens do cee’d SW, tal como a capacidade da bagageira: 528 litros com as duas filas e 1642 litros com os bancos rebatidos. Já o sistema de navegação desta versão caracteriza-se pela facilidade de funcionamento, num sistema multimédia completo onde não falta o rádio/MP3. Em conjunto com o pacote de embelezamento exterior, a versão GT Line é a indicada para quem não dispensa a emoção de um produto, nesta caso carrinha, tendencionalmente racional. Para tê-la na garagem só precisa de 28 790€, aos quais terá de juntar mais 950€ no caso de não dispensar o teto panorâmico.

Ficha técnica:

Dimensões (compr./larg./alt.) 4,50m/1,78m/1,48m; Motor 4 cil em linha; inj direta, turbo, intercooler, gasóleo, 1582 cc; Potência 136 cv/4000 rpm; Binário 285 Nm entre 1500-3000 rpm; Transmissão dianteira cx. Manual 6 velocidades; Suspensão McPherson à frente com barra estabilizadora e amortecedores a gás, multibraços com molas helicoidais, amortecedores a gás e barra estabilizadora atrás; Travagem DV/Discos; Peso 1389 kg; Mala 528-1642 litros, Depósito 53 litros; Vel. Máxima 194 km/h; 0-100km/h 10,5s; Consumo médio; 4,0 l/100km; C02 104 g/km; Consumo médio Autosport: 6,0 l/100 km; A partir de 28 790€

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